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(NÃO MEXER)

Zorã – Servo De Labão - LM

Quando ele (Zorã) viu os irmãos e ouviu a verdadeira voz de Néfi, teve um choque muito grande e, tomado de pânico, resolveu fugir rumo à cidade. Em tal situação, restava a Néfi apenas uma alternativa para poupar a vida de Zorã e evitar que se desse o alarme – e nenhum ocidental pode ou poderia imaginar que alternativa era essa. Néfi, que era um homem forte, segurou firmemente o aterrorizado Zorã por tempo suficiente para fazer ao seu ouvido um juramento solene, de que, “assim como o Senhor vive e vivo eu” (I Néfi 4:32), ele não o feriria, se o atendesse. Zorã, de imediato, se tranquilizou, e Néfi jurou-lhe de novo que ele seria um homem livre, se acompanhasse o grupo: “Se quiseres, portanto, descer ao deserto, ao encontro de meu pai, terás lugar conosco.” (I Néfi 4:34). O que mais causa assombro ao leitor ocidental é o efeito milagroso que o juramento de Néfi produziu em Zorã, que, ao ouvir umas poucas palavras convencionais, prontamente se acalmou; e quanto aos irmãos de Néfi, tão logo Zorã fez o “seu juramento para com eles, seus temores cessaram a seu respeito”. (I Néfi 4:35,37). A reação de ambas as partes faz sentido, quando se sabe que os povos do deserto e seus descendentes consideravam o juramento como algo sagrado e inviolável: Dificilmente um árabe quebra seu juramento, mesmo se tiver de arriscar a própria vida, pois entre os nômades, nada é mais forte ou sagrado que um juramento; e o mesmo se dá entre os árabes que habitam as cidades, quando o juramento é proferido em circunstâncias especiais. Aceitar um juramento é uma coisa muito sagrada para os beduínos, afirmou certa autoridade, pois amaldiçoado é aquele que jura falsamente; sua posição social será prejudicada, e sua reputação arruinada. Se viola-lo, ninguém mais aceitará seu testemunho, como também terá de pagar uma multa em dinheiro. Mas nem todo juramento é de tal natureza. Para ser solene e obrigatório, deve ser feito pela vida de alguém, mesmo que seja de uma simples folha de grama. O único juramento mais terrível do que “por minha vida” ou “(o que é mais comum) “pela minha cabeça”, é o Wa Hayat Allah “pela vida de Deus” ou como o “Senhor vive”, o exato equivalente árabe da antiga expressão hebraica Hai e Elohim... Vemos, assim, que a única maneira de Néfi conseguir acalmar instantaneamente o apavorado Zorã, era proferir o juramento que homem algum sonharia quebrar, o mais solene de todos os juramentos para um semita: “Assim como o Senhor vive e vivo eu!”(I Néfi 4:32).
HUGH NIBLEY – LIVRO DE MÓRMON – MANUAL DO ALUNO – CURSO DE RELIGIÃO 121-122 - [Edição 1979], p.17,18.

LIVRO DE MÓRMON – Zorã decide unir-se à família de Leí no deserto pela confiança na palavra de Néfi – 1 Néfi 4:38:
18 – Obedeci, portanto, à voz do Espírito e peguei Labão pelos cabelos e cortei-lhe a cabeça com sua própria espada.
19 – E depois de ter-lhe cortado a cabeça com sua própria espada, tirei-lhe as vestimentas e coloquei-as sobre o meu próprio corpo; sim, cada uma delas; e cingi meus lombos com a sua armadura.
20 – E depois de haver feito isso, dirigi-me ao tesouro de Labão. E quando me dirigia ao tesouro de Labão, eis que vi o servo de Labão que guardava as chaves do tesouro. E, com a voz de Labão, ordenei-lhe que me seguisse ao tesouro.
21 – E ele supôs que eu fosse seu amo Labão, porque viu as vestimentas e também a espada que eu levava à cintura.
22 – E falou-me a respeito dos anciãos dos judeus, pois sabia que seu amo, Labão, havia estado com eles durante a noite.
23 – E eu falei-lhe como se fora Labão.
24 – E disse-lhe também que eu levaria as gravações que estavam nas placas de latão a meus irmãos mais velhos, que estavam fora das muralhas.
25 – E também ordenei-lhe que me seguisse.
26 – E supondo ele que eu me referisse aos irmãos da igreja e que eu verdadeiramente fosse Labão, a quem eu havia matado, seguiu-me.
27 – E falou-me muitas vezes sobre os anciãos dos judeus, enquanto eu me dirigia para meus irmãos, que estavam fora das muralhas.
28 – E aconteceu que quando me viu, Lamã ficou com muito medo e também Lemuel e Sam. E fugiram de mim, porque pensaram que eu fosse Labão e que ele me houvesse matado; e que procurasse também tirar-lhes a vida.
29 – E aconteceu que os chamei e eles me ouviram; portanto pararam de fugir de mim.
30 – E aconteceu que quando o servo de Labão viu meus irmãos, pôs-se a tremer e estava para fugir de mim e voltar para a cidade de Jerusalém.
31 – E agora eu, Néfi, sendo um homem de grande estatura e havendo também recebido muita força do Senhor, lancei-me sobre o servo de Labão e segurei-o para que não fugisse.
32 – E aconteceu que eu lhe disse que, se ouvisse minhas palavras, assim como o Senhor vive e vivo eu, se ouvisse minhas palavras, poupar-lhe-íamos a vida.
33 – E disse-lhe, sob juramento, que não precisava temer; que seria um homem livre como nós, se descesse conosco ao deserto.
34 – E também lhe disse: Certamente o Senhor nos ordenou que procedêssemos assim; e não seremos diligentes em guardar os mandamentos do Senhor? Se quiseres, portanto, descer ao deserto, ao encontro de meu pai, terás lugar conosco.
35 – E aconteceu que Zorã criou coragem com minhas palavras. Ora, Zorã era o nome do servo; e ele prometeu que desceria para o deserto até o lugar onde estava nosso pai. Sim, e jurou também que permaneceria conosco daquele momento em diante.
36 – Ora, desejávamos que ele permanecesse conosco para que os judeus não soubessem de nossa fuga para o deserto, com receio de que nos perseguissem para destruir-nos.
37 – E aconteceu que quando Zorã nos fez o juramento, nossos temores cessaram a seu respeito.
38 – E aconteceu que tomamos as placas de latão e o servo de Labão e partimos para o deserto; e viajamos até a tenda de nosso pai.

LIVRO DE MÓRMON - Leí, pouco tempo antes de sua morte, quando na terra prometida, fala a seus filhos e depois, diretamente a Zorã e a seus descendentes em 1Néfi 1:30-32:
30 – E agora, Zorã, falo a ti: Eis que tu és o servo de Labão; não obstante, foste trazido da terra de Jerusalém e sei que és um verdadeiro amigo de meu filho Néfi para sempre.
31 – Como tens, portanto, sido fiel, teus descendentes serão abençoados com os dele, para que prosperem por muito tempo na face desta terra; e nada, a não ser a sua iniquidade, prejudicará ou perturbará sua prosperidade para sempre na face desta terra.
32 – Portanto o Senhor consagrou esta terra para a segurança de tua descendência com a descendência de meu filho, se guardardes os seus mandamentos.




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