(20-25) A Total Devoção a Cristo Às Vezes Custa o Martírio.
"No sentido do evangelho, martírio é a aceitação voluntária da morte nas mãos de homens ímpios, para não rejeitar a Cristo e seu santo evangelho. É o supremo sacrifício terreno, pelo qual o ser humano atesta a sua absoluta fé e o anseio de justiça e de obter a vida eterna que habita em seu coração.
Podemos encontrar mártires da religião em todas as épocas em que existiram homens justos e perversos sobre a terra. Mesmo Cristo foi um mártir que voluntariamente entregou sua vida, de acordo com o plano do Pai, a fim de que seus irmãos pudessem ganhar a imortalidade e a vida eterna. (João 10:10-18.) "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." (João 15:13.)
"Muitos apóstolos, profetas e santos têm sido martirizados pela causa do evangelho. (Mateus 23:29-33; Lucas 11:47-51; Atos 7:22; 20; Helamã 13:24-28; D&C 135.) O Profeta e o Patriarca desta dispensação deram suas vidas por amor ao evangelho, assim como literalmente milhares de outros santos fizeram. Homens, mulheres e crianças, jovens e adultos, fracos e fortes, enfermos e sadios, foram expulsos de seus lares do Missouri e Illinois, muitos para encontrar a morte prematura em consequência das perseguições e enfermidades que lhes sobrevieram. É um santo menos mártir o que é arrastado de seu leito de enfermo ao furor da nevasca para, enregelado, morrer, do que seria se uma bala assassina lhe trouxesse a misericordiosa morte em um breve e aniquilador momento?
Milhares de pessoas que viveram nesta dispensação tomarão assento com "todos os mártires, sob o altar que João viu" (D&C 135:7). Eles serão classificados entre os que' 'não amaram as suas vidas até à morte" (Apocalipse 12: 11); eles são "as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram." (Apocalipse 6:9.) Eles repousarão "ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram." [Apocalipse 6: 11.)
O martírio não é algo pertencente apenas ao passado, mas também ao presente e futuro, pois Satanás ainda não foi amarrado, e a voz dos servos do Senhor não silenciará nesta época final de advertência e julgamento. Existem forças e poderes no mundo, hoje em dia, que gostariam de silenciar a língua e derramar o sangue' de toda verdadeira testemunha de Cristo existente no mundo, se tivessem o poder e os meios para tanto. Existem muitos que, se pudessem, destruiriam cada profeta de Deus. Mártires da religião ainda derramarão o seu sangue em Jerusalém. "E jazerão seus corpos mortos, na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado." (Apocalipse 11:1-12.) Realmente ela é "a mulher", a que João se referiu, que "estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus." (Apocalipse 17:6.)
Os verdadeiros mártires da religião recebem a vida eterna. "E quem perder a sua vida por minha causa, por amor ao meu nome, tomará a achá-la, mesmo a vida eterna." (D&C 98:13; Marcos 8:35; João 12:25; Apocalipse 2:10.) Contudo, a mera perda da vida, por si sê, não se constitui em martírio pelo evangelho. Tanto os justos como os iníquos têm sacrificado suas vidas pelos amigos ou o país, sem, com isto, ganhar qualquer esperança ou certeza de exaltação. Por outro lado, os que possuem a verdade e poderiam escapar de ser mortos, negando-a, são os mártires que receberão a recompensa de seu martírio - a vida eterna. Quando eles selam o seu testemunho com o seu sangue, são honrados, e seus algozes condenados. (D&C 136:39.)" (McConkie, Mormon Doctrine, pp. 469-470.)
O Salvador ensinou aos Doze Apóstolos que a perseguição naturalmente a eles se seguiria neste mundo. (João 15:18-27; 16:1-3.) Por que assim acontece? A resposta nos é dada, pelo menos em parte, ainda pelo Salvador em João 15:19, onde ele declara, "Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, ... o mundo vos aborrece. " Em seguida, ele nos deu esta sinistra profecia: "Vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus." (João 16:2.) Muitos julgam que os profetas procuraram voluntariamente o martírio. Ao ler acerca do martírio de Abinadi, percebeu qualquer evidência de que ele estava ansioso para morrer? O que vemos é justamente o contrário. (Ver Mosias 12:1.) O que realmente acontece não é que os discípulos do Senhor estejam ansiosos para morrer, mas sim que estão dispostos a fazê-lo, Por quê? Embora venham ainda a existir circunstâncias que façam sobrevir a alguns santos o martírio, é bem provável que poucos de nós seremos chamados a dar a vida por nossas crenças. Mas, em última análise, o martírio não é a questão fundamental. O fator mais importante é o de compromisso assumido. As situações peculiares em que Abinadi foi colocado, eventualmente o levaram à morte. Mas esse comprometimento teria sido menor, se ele não fosse martirizado? O Senhor nos julgará pelo compromisso que temos com ele, o qual pode ser dramaticamente demonstrado através do martírio ou de maneira de igual validade por meio de toda uma vida de dedicação. A pergunta que todo santo dos últimos dias deve fazer a si próprio é esta: O compromisso que assumi é tão poderoso, que permanecerei fiel, não importa quais sejam as circunstâncias?
O LIVRO DE MÓRMON – MANUAL DO ALUNO - CURSO DE RELIGIÃO 121-122 – INSTITUTO – pp.196-197.
"No sentido do evangelho, martírio é a aceitação voluntária da morte nas mãos de homens ímpios, para não rejeitar a Cristo e seu santo evangelho. É o supremo sacrifício terreno, pelo qual o ser humano atesta a sua absoluta fé e o anseio de justiça e de obter a vida eterna que habita em seu coração.
Podemos encontrar mártires da religião em todas as épocas em que existiram homens justos e perversos sobre a terra. Mesmo Cristo foi um mártir que voluntariamente entregou sua vida, de acordo com o plano do Pai, a fim de que seus irmãos pudessem ganhar a imortalidade e a vida eterna. (João 10:10-18.) "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." (João 15:13.)
"Muitos apóstolos, profetas e santos têm sido martirizados pela causa do evangelho. (Mateus 23:29-33; Lucas 11:47-51; Atos 7:22; 20; Helamã 13:24-28; D&C 135.) O Profeta e o Patriarca desta dispensação deram suas vidas por amor ao evangelho, assim como literalmente milhares de outros santos fizeram. Homens, mulheres e crianças, jovens e adultos, fracos e fortes, enfermos e sadios, foram expulsos de seus lares do Missouri e Illinois, muitos para encontrar a morte prematura em consequência das perseguições e enfermidades que lhes sobrevieram. É um santo menos mártir o que é arrastado de seu leito de enfermo ao furor da nevasca para, enregelado, morrer, do que seria se uma bala assassina lhe trouxesse a misericordiosa morte em um breve e aniquilador momento?
Milhares de pessoas que viveram nesta dispensação tomarão assento com "todos os mártires, sob o altar que João viu" (D&C 135:7). Eles serão classificados entre os que' 'não amaram as suas vidas até à morte" (Apocalipse 12: 11); eles são "as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram." (Apocalipse 6:9.) Eles repousarão "ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram." [Apocalipse 6: 11.)
O martírio não é algo pertencente apenas ao passado, mas também ao presente e futuro, pois Satanás ainda não foi amarrado, e a voz dos servos do Senhor não silenciará nesta época final de advertência e julgamento. Existem forças e poderes no mundo, hoje em dia, que gostariam de silenciar a língua e derramar o sangue' de toda verdadeira testemunha de Cristo existente no mundo, se tivessem o poder e os meios para tanto. Existem muitos que, se pudessem, destruiriam cada profeta de Deus. Mártires da religião ainda derramarão o seu sangue em Jerusalém. "E jazerão seus corpos mortos, na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado." (Apocalipse 11:1-12.) Realmente ela é "a mulher", a que João se referiu, que "estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus." (Apocalipse 17:6.)
Os verdadeiros mártires da religião recebem a vida eterna. "E quem perder a sua vida por minha causa, por amor ao meu nome, tomará a achá-la, mesmo a vida eterna." (D&C 98:13; Marcos 8:35; João 12:25; Apocalipse 2:10.) Contudo, a mera perda da vida, por si sê, não se constitui em martírio pelo evangelho. Tanto os justos como os iníquos têm sacrificado suas vidas pelos amigos ou o país, sem, com isto, ganhar qualquer esperança ou certeza de exaltação. Por outro lado, os que possuem a verdade e poderiam escapar de ser mortos, negando-a, são os mártires que receberão a recompensa de seu martírio - a vida eterna. Quando eles selam o seu testemunho com o seu sangue, são honrados, e seus algozes condenados. (D&C 136:39.)" (McConkie, Mormon Doctrine, pp. 469-470.)
O Salvador ensinou aos Doze Apóstolos que a perseguição naturalmente a eles se seguiria neste mundo. (João 15:18-27; 16:1-3.) Por que assim acontece? A resposta nos é dada, pelo menos em parte, ainda pelo Salvador em João 15:19, onde ele declara, "Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, ... o mundo vos aborrece. " Em seguida, ele nos deu esta sinistra profecia: "Vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus." (João 16:2.) Muitos julgam que os profetas procuraram voluntariamente o martírio. Ao ler acerca do martírio de Abinadi, percebeu qualquer evidência de que ele estava ansioso para morrer? O que vemos é justamente o contrário. (Ver Mosias 12:1.) O que realmente acontece não é que os discípulos do Senhor estejam ansiosos para morrer, mas sim que estão dispostos a fazê-lo, Por quê? Embora venham ainda a existir circunstâncias que façam sobrevir a alguns santos o martírio, é bem provável que poucos de nós seremos chamados a dar a vida por nossas crenças. Mas, em última análise, o martírio não é a questão fundamental. O fator mais importante é o de compromisso assumido. As situações peculiares em que Abinadi foi colocado, eventualmente o levaram à morte. Mas esse comprometimento teria sido menor, se ele não fosse martirizado? O Senhor nos julgará pelo compromisso que temos com ele, o qual pode ser dramaticamente demonstrado através do martírio ou de maneira de igual validade por meio de toda uma vida de dedicação. A pergunta que todo santo dos últimos dias deve fazer a si próprio é esta: O compromisso que assumi é tão poderoso, que permanecerei fiel, não importa quais sejam as circunstâncias?
O LIVRO DE MÓRMON – MANUAL DO ALUNO - CURSO DE RELIGIÃO 121-122 – INSTITUTO – pp.196-197.
