(...)
Essa teoria, a da evolução orgânica, foi desenvolvida partindo das idéias e
escritos de Charles Darwin. Ela apresenta diferentes conceitos sobre como a
vida começou e acerca da origem do homem. Com referência a ela, as seguintes
declarações devem ajudá-lo a entender o que a Igreja ensina a respeito desses
dois princípios.
“Há
quem afirme que Adão não foi o primeiro homem criado nesta terra, e que o ser
humano original desenvolveu-se de formas inferiores da vida animal. Tais
idéias, entretanto, são teorias dos homens. A palavra do Senhor declara que
Adão foi ‘o primeiro de todos os homens’ (Moisés 1:34); temos, portanto, o
dever de considerá-lo como o pai da raça humana. O Senhor mostrou ao irmão de
Jarede que todos os homens foram criados no princípio segundo a imagem de Deus;
e quer achemos que tal criação se referia ao espírito ou ao corpo, ou a ambos,
isso nos leva à mesma conclusão: O homem iniciou sua vida neste planeta como um
ser humano, semelhante a nosso Pai Celestial.” (A Primeira Presidência [Joseph
F. Smith, John R. Winder, Anthon H. Lund], citado por Clark, em Messages of the
First Presidency, Vol. 4, p. 5.)
O VELHO TESTAMENTO – Manual do Aluno – Gênesis a II Samuel – p.31.
Sinto-me
profundamente grato pelo fato de que, em meio à enorme confusão que reina entre
os filhos de nosso Pai Celestial, os membros desta grande organização tenham
recebido um conhecimento exato a respeito da origem do homem; que viemos do
mundo espiritual onde nossos espíritos foram organizados pelo Pai que está nos
céus, que ele formou nossos primeiros pais do pó da terra, e que seus espíritos
foram colocados nos corpos que ele criou, e que o homem surgiu, não como tantas
pessoas acreditam ou como muitos preferem crer, de algumas formas inferiores de
vida, mas que nossos primeiros progenitores foram seres que viveram nas cortes
celestiais. Não surgimos de alguma forma inferior de vida, mas somos
descendentes de Deus, nosso Pai Celestial. (George Albert Smith, em Conference
Report, outubro de 1925, p. 33.)
O VELHO TESTAMENTO – Manual do Aluno – Gênesis a II Samuel – p.32.
(2-19)
Que podemos dizer das evidências científicas que supostamente contradizem tais
declarações? Não é convincente a evidência de que toda a vida evoluiu de uma
fonte comum? Harold G. Coffin, professor de paleontologia e pesquisa do
Geoscience Research Institute, da Universidade de Andrews, de Michigan, Estados
Unidos, apresentou o ponto de vista de um cientista sobre como a vida começou.
Os seguintes trechos foram extraídos do folheto intitulado Creation, de sua
autoria.
"Chegou
o momento em que devemos fazer um novo exame das evidências que Charles Darwin
usou para apoiar sua teoria da evolução, à luz das inúmeras informações
científicas recentes. Aqueles que se atrevem a penetrar no emaranhado de
suposições concernentes à origem da vida, logo descobrirão que a ciência
apresenta provas substanciais de que o relato da criação é o que melhor explica
a origem da vida. Quatro considerações nos levam a esse resultado;
1.
A vida, é sem paralelo.
2.
Os animais de estrutura complexa apareceram subitamente.
3.
No passado, a probabilidade de mutação era muito limitada.
4.
No presente, a probabilidade de mutação é muito limitada.
"Qualquer
pessoa que esteja interessada em conhecer a verdade, deve considerar seriamente
estas questões. O desafio que elas apresentam à teoria da evolução levou muitos
cientistas inteligentes e sinceros da época atual a reconsiderarem suas crenças
concernentes à origem da vida." (Coffin, Creation: The Evidence From
Science, p. 1.)
A Vida É sem Paralelo
"O
cientista Homer Jacobson relata o seguinte, na revista American Scientist, de
janeiro de 1955: 'Do ponto de vista da probabilidade, a transformação dos
elementos atuais numa só molécula de aminoácido seria extremamente impossível, mesmo
que dispuséssemos de todo o tempo e espaço necessário para dar origem à vida
terrena.
"Somente
a mais simples dessas proteínas (a salmina) poderia ter-se originado desses
elementos, mesmo que a terra estivesse coberta por uma camada de aminoácidos de
750 metros de espessura durante um bilhão de anos! Por mais fantasiosos que
fôssemos, não poderíamos supor que as condições atuais pudessem dar origem até
mesmo a uma só molécula de aminoácido, e que ela, espontânea e casualmente,
pudesse transformar-se num complexo organismo protoplasmático, dotado de um
metabolismo e com capacidade de auto reprodução." (Homer Jacobson,
"Information, Reproduction and the Origin of Life," American
Scientist, janeiro de 1955, p. 125.)
"Outro
cientista, impressionado com as probabilidades contrárias à formação casual de
proteínas, manifestou sua opinião, declarando o seguinte: 'Podemos calcular
perfeitamente a possibilidade destes cinco elementos (carbono, hidrogênio,
nitrogênio, oxigênio e enxofre) se reunirem e formar uma molécula, a quantidade
de matéria que deve estar em constante vibração e o período de tempo necessário
para se completar a tarefa. Charles Eugene Guye, matemático suíço, fez os
cálculos e descobriu que as possibilidades contrárias a tal ocorrência são de 10160
contra 1, ou somente de uma chance favorável em cada 10160; isto é,
10 multiplicado por si mesmo 160 vezes, um número tão grande, que mal podemos
expressá-lo em palavras. O volume de matéria que deveria combinar-se para
produzir uma única molécula de proteína seria milhões de vezes maior que o que
encontramos em todo o universo. Para que isso ocorresse na Terra, somente
seriam necessários muitos, quase que incontáveis bilhões (10243) de
anos.' (Frank Allen, "The Origin of the World by Chance or Design?"
citado por John Clover Monsma, em The Evidence of God in an Expanding Universe,
p. 23.)" (Coffin, Creation, pp. 3-4.)
Os Animais de Estrutura Complexa
Apareceram Subitamente
"Em
19l0, Charles Walcott, quando cavalgava pelas Montanhas Rochosas canadenses,
fez uma importante descoberta de fósseis marinhos. O local forneceu a mais
completa coleção de fósseis do período cambriano que conhecemos. Walcott
encontrou animais de corpo mole preservados no lodo de fina textura. Muitas
espécies de vermes, camarões e crustáceos deixaram a impressão de suas formas
na argila, que posteriormente endureceu. Entre as impressões, foram encontradas
até mesmo marcas das partes internas, como a dos intestinos e estômagos. As
criaturas eram cobertas de pelos, espinhos e apêndices, inclusive maravilhosos
detalhes das estruturas tão características dos vermes e crustáceos.
"Ao
examinar as partes duras visíveis desses fósseis, é possível aprender muita
coisa sobre esses animais. Seus olhos e antenas indicam que possuíam um perfeito
sistema nervoso. Suas guelras demonstram que extraíam oxigênio da água, e para
que ele circulasse por seu corpo, era preciso que fossem dotados de corrente sanguínea;
"Alguns
desses animais cresciam pelo processo de muda (processo pelo qual insetos e
moluscos perdem suas cascas e carapaças, substituindo-as por novas; o mesmo
processo se verifica em outras espécies animais. ocorrendo a muda de penas,
pelos e pele) como os gafanhotos. É um processo complicado que os biólogos
ainda estão procurando entender. Eles possuíam partes bucais complexas, para
poderem extrair tipos especiais de alimentos da água. Não havia nada de simples
ou primitivo naquelas criaturas. Elas poderiam ser comparadas aos vermes e
crustáceos que hoje conhecemos. Não obstante, elas são encontráveis nas rochas
mais antigas que contenham um número bastante significativo de fósseis. Onde
estão os ancestrais deles? ..
"O
que você acabou de ler até aqui, não é novidade. Este problema é conhecido pelo
menos desde a época de Charles Darwin. Se a evolução progressiva dos organismos
simples aos mais complexos for correta, deveriam ser encontrados os ancestrais
dessas criaturas vivas plenamente desenvolvidas do período cambriano; mas eles
não foram encontrados, e não existe a menor perspectiva de que venham a sê-lo.
"Baseando-nos
apenas nos fatos e nas evidências que encontramos atualmente sobre a terra, a
teoria de um súbito ato criador em que as formas maiores de vida foram colocadas
neste planeta, se encaixa melhor no contexto histórico." (Coffin,
Creation, pp. 5-6.).
As Espécies Básicas de Animais Não
Mudaram
"Os
cientistas que estudam os fósseis, descobriram outra informação interessante.
Os animais de estrutura complicada não apenas aparecem subitamente nas rochas
inferiores do período cambriano, mas também as formas básicas de animais não
sofreram grande alteração desde aquela época
... Esclarecendo melhor, este é o problema dos elos perdidos. Não é o caso de
apenas um elo faltando, nem mesmo de diversos deles. Os evolucionistas se
defrontam agora com o problema de toda uma série de seções de elos faltando na
corrente da vida.
"G.
G. Simpson, bastante cônscio desse problema, declarou: 'Uma característica
invariável dos fósseis que conhecemos demonstra que a maioria deles apareceu
subitamente. Eles não são, de maneira geral, o resultado de uma sequência de
precursores mutantes, como Darwin acreditava, no caso da evolução.' (The
Evolution of Life , p. 149.)
"Vemos,
assim, que não só o aparecimento de animais de estrutura completa e intrincada
é um problema para os que defendem a evolução, mas que é igualmente sério o
problema da ausência de mutação de uma espécie maior para outra. Repetimos que
este não é um problema novo. Logo depois que os colecionadores começaram a
reunir fósseis, tomou-se óbvio que pertenciam às mesmas categorias maiores,
assim como as plantas e animais da época moderna. Alguns cientistas comentaram,
recentemente, sobre a falta de mutação e a ausência de elos de ligação entre
espécies especificas de animais ...
"Todo
estudante colegial, já teve a oportunidade de ver gravuras, talvez até mesmo em
seus livros de biologia, retratando um ser cabeludo e seminu, o homem de
Neanderthal, de pescoço curto, ombros caídos, pernas arqueadas e aparência
bestial. Tal gravura é fruto da descrição do homem de Neanderthal feita pelo
francês Boule, em 1911-13. (Marcellin Boule, Fossil Men.) Esse retrato tem sido
publicado sem alterações, de um livro para outro, ano após ano, durante quase
sessenta anos. Porém, Boule baseou sua descrição originalmente num esqueleto
cujos ossos, segundo se verificou recentemente, haviam sido gravemente
deformados pelo artritismo.
"William
Straus e A. J. E. Cave, os dois cientistas que descobriram o fato declararam:
'Assim sendo, não existe uma razão aceitável para crermos que a postura do homem
de Neanderthal, do quarto período glacial, diferia significativamente da do
homem moderno... Não obstante, se pudéssemos revivê-lo e colocá-lo num metrô de
Nova loque - desde que tivesse tomado banho, feito a barba e vestisse roupas
modernas – duvido muito ele que chamasse mais atenção que qualquer um de seus
concidadãos.' (William L. Straus, Jr., e A. J. E. Cave, "Pathology and the
Posture of Neanderthal Man", Quarter/y Review of Biology, dezembro de
1957, pp. 358-59.) Esse parecer foi escrito há alguns anos. Hoje em dia, mesmo
sem se barbear, o homem de Neanderthal nilo atrairia a menor atenção!"
(Coffin, Creation, pp. 6, 10.)
Atualmente a Mutação É Limitada
"Num
programa de televisão que comemorava o centenário do livro A Origem das
Espécies, de Charles Darwin, Sir Julian Huxley iniciou seus comentários,
dizendo: 'A coisa mais importante que podemos dizer a respeito da teoria de
Darwin é que ela já não é uma teoria, mas um fato. Nenhum cientista
consciencioso poderia negar o fato de que a evolução realmente aconteceu, como
não negaria o fato de que a terra gira em volta do sol.' (Sol Tax e Charles
Callender, lssues in Evolution, p. 41.) Esta declaração é bastante confusa,
pois diz apenas parte da verdade. Em primeiro lugar, devemos definir o que
significa a palavra evolução.
"Este
vocábulo significa simplesmente 'transformação' e baseando-nos nesse conceito,
a evolução é uma realidade. Não obstante, a maioria das pessoas entende que
evolução significa uma transformação progressiva através do tempo, de
organismos mais simples para mais complexos, de formas primitivas para formas
com características mais avançadas. Esta definição desse termo não é baseada em
fatos. O estudo da hereditariedade já revelou princípios e fatos que podem
provar a evolução, se entendermos a palavra evolução no sentido de 'mudança’.
Mas as aparentes e pequenas transformações que ocorrem hoje em dia nos
organismos vivos não nos fornecem base alguma para concluirmos que, no passado,
houve uma ilimitada mutação...
"Sim,
hoje em dia estão-se formando novas espécies de plantas e animais. A quase
infindável intergradação (N.T. Mutação contínua, através de formas
intermediárias de uma espécie para outra. de animais e plantas que existe no
mundo, a fantástica degeneração entre os parasitas e as adaptações para ataque
e defesa, levam-nos à conclusão inevitável de que tem havido uma transformação.
Todavia, o problema das mutações maiores, de uma espécie fundamental para
outra, continua a ser uma das maiores incógnitas com que se defrontam os
evolucionistas. Os animais e plantas modernas podem sofrer transformações, mas
o número de mutações é limitado. Os laboratórios da ciência não foram capazes
de demonstrar que houve transformação de uma espécie maior para outra, nem tal
mutação ocorreu na história passada da terra, se levarmos em conta as
evidências que nos dão os registros fósseis." (Coffin, Creation, pp. 13,
15.)
Conclusão
"A
constante exposição a uma das teorias da origem, somente uma, convenceu muitas
pessoas de que não existe outra alternativa, e que a evolução é a resposta mais
completa. Quão infeliz é o fato de a maioria dos milhões de pessoas que
atravessam os processos educacionais terem pouca oportunidade de avaliar as
evidências que existem em ambos os lados!
"O
exame dos fósseis, registros petrificados do passado, nos ensinam que os
complexos organismos vivos surgiram subitamente (em outras palavras, sem
avisar) sobre a face da terra. Outrossim, o tempo não os modificou o suficiente
a ponto de alterar o relacionamento básico que têm uns com os outros. Os
organismos vivos modernos nos ensinam que a transformação é uma característica
da vida e do tempo, mas também nos esclarecem que há limites que ela não pode
ultrapassar de maneira natural, e que os homens foram incapazes de forçá-la a
tal. Ao considerar as coisas vivas antigas ou modernas, o homem não deve
esquecer-se de que está tratando com a vida, uma força profundamente singular
que ele não tem a capacidade de criar e que está tentando desesperadamente
entender.
"Estes
são os fatos; aqui estão as evidências; eis as razões seguras por que devemos
acreditar que a vida se originou através de um ato criativo. Já é tempo de cada
indivíduo ter a oportunidade de conhecer os fatos e tomar uma decisão
inteligente." (Coffin, Creation, p. 15.)
O VELHO TESTAMENTO – Manual do Aluno – Gênesis a II Samuel – p.33-34.
Alma
12:7-11. Podem os possuidores de mentalidade carnal conhecer os mistérios de
Deus?
“É
impossível ao que possui a mente carnal compreender a razão da queda, e
igualmente compreender a necessidade da expiação de Jesus Cristo. É bem verdade
que nem todos os propósitos de nosso Pai Eterno tenham sido revelados ao homem,
e que há algumas coisas que precisam ser recebidas pela fé. Mas as grandes
verdades mencionadas nos foram dadas a conhecer e temos a segurança de que,
através desse sacrifício realizado na cruz, toda a humanidade e todas as
criaturas, até mesmo a própria terra, são redimidos da morte e receberão a
ressurreição, sendo restaurados à vida imortal.
Os
homens recebem certeza e conhecimento por meio de sua fidelidade e obediência
aos mandamentos de Jesus Cristo. Os que rejeitam seu Redentor e se recusam a
guardar seus mandamentos, não podem conhecer nem compreender essas verdades
eternas. Alma explicou isto a Zeezrom nas seguintes palavras: (Ver Alma
12:9-11.)
Naturalmente
o Senhor não pode revelar os mistérios de seu reino ao escarnecedor, nem
tampouco ao membro da Igreja que não é fiel. Se um homem não exerce fé, por que
deveria ele receber revelações concernentes ao reino de Deus? Eles não podem
compreendê-las, porque são pessoas “decaídas”, e sem a influência esclarecedora
do Santo Espírito; são, como disse o Senhor “carnais, sensuais e diabólicos”.
(Ver Mosiah 16:3.) As escrituras nos ensinam que, quando os discípulos perguntaram
ao Salvador por que falava em parábolas, ele respondeu: “Porque a vós é dado
conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado. Porque
àquele que tem, se dará e terá em abundância; mas àquele que não tem, até
aquilo que têm lhe será tirado.” (Mateus 13:11, 12.) O Senhor disse ainda: “Não
deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; para
que não as pisem, com os pés, e, voltando-se, vos despedacem.” (Mateus 7:6.)
Houve ocasiões em que ele instruiu seus discípulos a não revelarem certas
manifestações antes de sua ressurreição:
Sem
dúvida quem acredita que o homem se originou de formas inferiores de vida, e
através de desenvolvimento gradual, após um longo período de tempo, evoluiu de
peixe para réptil, e depois para macaco, é incapaz de compreender a queda do
homem e a expiação. Estas verdades para ele são mistérios, e de uma pessoa
assim só se pode esperar discórdia e insultos.” (Joseph Fielding Smith, Man,
His Origin and Destiny, pp. 358-360.)
O LIVRO DE MÓRMOM – CURSO DE RELIGIÃO - MANUAL DO ALUNO – p.231.