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(NÃO MEXER)

Siló

Ao pronunciar sua bênção patriarcal sobre a cabeça de Judá, Jacó profetizou: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.” (Gênesis 49:10.) Que Siló significa o Cristo é evidenciado pelo cumprimento das condições mencionadas na predição, quanto ao estado da nação judaica na época do nascimento de nosso Senhor. (Nota 2 no final do capítulo.)
ÉLDER JAMES E. TALMAGE – Do Quórum dos Doze Apóstolos – Jesus, O Cristo, Capítulo V, p.43.

 2 – A profecia de Jacó concernente a “Siló”. – A predição do patriarca Jacó – de que o cetro não seria afastado de Judá, antes da vinda de Siló – tem causado muita disputa entre os estudiosos da Bíblia. Alguns insistem que Siló é o nome de um lugar e não de uma pessoa. Que havia um lugar conhecido por esse nome não há dúvida (ver Josué 18:1; 19:51; 21:2; 22:9; I Samuel 1:3; Jeremias 7:12;); mas o nome, que aparece em Gênesis 49:10, é claramente o de uma pessoa. Deve-se saber que o uso da palavra na versão autorizada da Bíblia é considerado, correto por muitas autoridades bíblicas eminentes. Assim, no Commentary on the Bible de Dummelow, lemos: “Este versículo foi sempre considerado, tanto pelos judeus como pelos cristãos, como uma notável profecia da vinda do Messias... Na Escritura acima citada, o versículo inteiro prediz que Judá manteria a autoridade até o advento do digno legislador, o Messias, a quem todos os povos se unira. E, falando de maneira geral, pode-se dizer que os últimos traços do poder legislativo judeu (como investido sobre o Sinédrio) não desapareceram até a vinda de Cristo e a destruição de Jerusalém, quando seu reino foi estabelecido entre os homens.”
Adam Clark, em seu exaustivo Bible Commentary, analisa, brevemente, as objeções levantadas contra a veracidade desta passagem, como sendo referente ao advento do Messias, e rejeita todas, considerando-as sem fundamento. Sua conclusão a respeito do significado dessa passagem é assim expressa: “Judá continuará como tribo distinta até que venha o Messias; e assim aconteceu; e depois de sua vinda foi confundida com as outras, de maneira que toda a distinção foi perdida.”
O Professor Douglas, citado no Dicionário de Smith, declara “que algo do cetro de Judá ainda permaneceu, uma vez que um eclipse total não constitui prova de que o dia está no fim – e que o cumprimento da profecia não começou até o tempo de Davi, consumando-se em Cristo, de acordo com Lucas 1:32,33.”
O significado aceito da palavra, por derivação, é “pacífico”, o que é aplicável aos atributos de Cristo, que em Isaías 9:6 é designado como o Príncipe da Paz.
Eusébio, que viveu entre 260 e 339 A.D. e é conhecido na história eclesiástica como Bispo de Cesária, escreveu: “No tempo em que Herodes era rei, o primeiro estrangeiro a reinar sobre o povo judeu, cumpriu-se a profecia registrada por Moisés: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos;” (A passagem citada baseia-se no texto de Gênesis 49:10 da Septuaginta.)
Alguns críticos asseguram que Jacó, ao usar a palavra “Siló”, não a empregou, absolutamente, como nome ou substantivo próprio. O autor do artigo “Siló, no Bible Dictionary de Cassel, diz: “Há mais evidências em favor da interpretação messiânica, mas as opiniões são muito divididas com referência ao emprego da palavra “Siló” como nome próprio... Não obstante todas as objeções em contrário, somos da opinião que a palavra é considerada, acertadamente, como nome próprio e que a versão inglesa representa o verdadeiro sentido da passagem. Recomendamos àqueles que desejam aprofundar-se em uma questão, que não pode ser bem discutida sem a crítica hebraica, as excelentes notas sobre Gênesis 49:10, encontradas em “Commentary on the Pentateuch” de Keil e Delitzsch. Ali o texto é traduzido da seguinte maneira: “O cetro não se arredará de Judá, nem o cajado do legislador entre seus pés, até que venha Siló; e a obediência voluntária das nações lhe seja prestada;”
Não obstante a pouca importância dada à interpretação Messiânica por alguns escritores, até daqueles de quem menos esperávamos tal atitude, vemos esta explicação cada vez mais confirmada em lugar de desmentida, pelos fatos da história. O texto não significa que Judá, em tempo algum, deveria ficar sem um legislador próprio, mas que o poder real não cessaria em Judá até que viesse Siló. As objeções baseadas no cativeiro babilônico, e em interrupções semelhantes, não tem fundamento, pois o que é salientado é o fim completo e definitivo, e isso somente aconteceu depois da vinda de Cristo.” Veja ainda The Book of Prophecy de G. Smith, LL.D.; p. 320 e também o Compendium of the Doctrines of the Gospel, de Franklin D. Richards e James A. Little, item “A Primeira Vinda de Cristo.”
ÉLDER JAMES E. TALMAGE – Do Quórum dos Doze Apóstolos – Jesus, O Cristo, Notas do Capítulo V, pp.52-53.

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