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(NÃO MEXER)

A Vaidade Humana

A etimologia da palavra vaidade é latina. Vaidade vem de “vanitatis”, que quer dizer futilidade, orgulho vão.
Cada vez me convenço mais de que os grandes problemas da humanidade são causados por essa característica inata do ser humano. Querer ser sempre mais.
Não é fácil viver numa sociedade onde os valores são reduzidos a dinheiro e poder, mas também não é impossível. Porque o que se é, jamais mudará. Cedo ou tarde, o que fica são os valores éticos, intelectuais, valores que dinheiro algum pode comprar e que, quando são reconhecidos, dificilmente são esquecidos.
Há um filme que ficou muito conhecido por ressaltar a vaidade humana, como um pecado preferido do diabo: "O Advogado do Diabo", com Al Pacino, Keanu Reeves e Charlize Theron. - Um jovem advogado é contratado a peso de ouro por um empresário de Nova York, mas a vida de riquezas, mulheres e festas esconde um terrível segredo. No final, o diabo, representado, por um advogado bem sucedido, diz a famosa frase: "Vaidade, meu pecado favorito".
Na nossa sociedade moderna ao exigir que os homens sejam brilhantes e poderosos, a cultura moderna alimenta sua vaidade. Ao voltar-se para a própria imagem e deixar-se embriagar pelo poder, o homem acaba negando seus sentimentos e se deparando com a incômoda sensação de vazio.
Mas, de que adianta o homem ser rico, famoso, ter grande poder em suas mãos, conquistar o mundo e ser vazio e sem rumo?
Nada melhor do que conviver com alguém que é desprendido de vaidade. Alguém que se percebe como parte de um todo social e que, como parte desse todo, faz, sem muito alarde o que tem que ser feito sem se preocupar com as alterações que sua ação poderá trazer para si. Pessoas que se alegram com a vitória dos outros porque conseguem ver nessas vitórias, as vitórias do coletivo. Pessoas que não têm medo de desfazer o malfeito, ainda que isso lhes valha antipatias pela extrema ousadia de derrubar vaidades e personalismos.
Infelizmente, o normal no mundo de hoje é ser vaidoso.
Tal qual o pior cego, o pior vaidoso é aquele que não quer ver. O vaidoso cego é tão fortemente movido por recalques inconscientes que apaga as razões que o movem. A razão fica cega, como uma faca que não corta. A busca do fim justifica seus meios nada éticos, pequenos, minúsculos e ridículos. E, nada mais ridículo do que o ser humano querer ser maior do que é.

Antonio José Rodrigues
Rio de Janeiro

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