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(NÃO MEXER)

Murmurar

...Murmurar contra a liderança do sacerdócio e das auxiliares é uma coisa mais venenosa que se pode introduzir no lar de um santo dos últimos dias.
PRESIDENTE DAVID O. MCKAY – Improvement Era – março 1969 p.3.

Com freqüência não prestamos atenção à mão do Senhor e murmuramos, reclamamos, resistimos, criticamos e não demonstramos gratidão. No Livro de Mórmon, aprendemos que aqueles que murmuram desconhecem “os procedimentos daquele Deus que os havia (…) criado”. O Senhor nos aconselha a não murmurar porque fica difícil para o Espírito trabalhar conosco.
BONNIE D. PARKIN – Presidente Geral da Sociedade de Socorro, Recém-Desobrigada – A Liahona Maio 2007, p.35.

Entretanto, exatamente como “um bocejo (pode ser) um grito silencioso”, também o murmurar pode ir muito além do resmungo contido. O verdadeiro destinatário de certos murmúrios nossos é claramente o Senhor, como quando o povo se queixava de Moisés. (Vide Êxodo 16:8; 1 Néfi 16:20.)
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.91.

A murmuração parece uma coisa muito natural para o homem natural. Todo o conjunto de escrituras está repleto de reclamações. Precisamos de pão. Precisamos de água. (Vide Números 21:5.) O necessário reforço militar não chegou. (Vide Alma 60.) “Por que saímos do Egito?” (Vide Números 11:20.) “Por que saímos de Jerusalém?” (Vide 1 Néfi 2:11.) Alguns, talvez compreensivelmente, queixavam-se da perseguição por parte de descrentes, e outros reclamavam até quanto ao nome que deveria ter a igreja de Cristo. (Vide Mosias 27:1; 3 Néfi 27:3-4.) E suprema ironia, até o surgimento de mais escrituras de Deus foi motivo de murmuração. (Vide 2 Néfi 29:8.)
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.91.

Um dos primeiros exemplos de murmuração envolveu a oferta de Caim ao Senhor, ilustrando como nossas intenções são pelo menos tão importantes quanto nossos atos. (Vide Moisés 5:20-21.) Caim “irou-se” porque a oferta de Abel foi aceita e a dele não. Às vezes, irmãos, nós também ficamos descontentes quando alguém parece estar sendo mais favorecido do que nós. Pior ainda, queremos ser aceitos pelo Senhor – mas segundo nossos termos, não os dele!
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.91.

Uma causa fundamental da murmuração é que parece a muitos de nós que esperamos que a vida transcorra suavemente, com uma seqüência infindável de luzes verdes e vagas de estacionamento bem defronte de nosso destino!
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.91.

Na parábola dos trabalhadores da vinha, Jesus comenta com os discípulos como aqueles que haviam trabalhado desde a primeira hora, suportando, “a fadiga e a calma do dia”, resmungaram por receberem o mesmo salário daqueles que trabalharam só por uma hora. (Vide Mateus 20:11-12.) Nós, pedintes, somos tão ciosos de nossos “direitos”!
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.91.

Leí censurou Lamã e Lemuel por queixarem-se de Néfi, dizendo que lhes falara “coisas duras”. (1 Néfi 16:3.) Observa Leí: “O que chamais ira era a verdade.” (2 Néfi 1:26.) Quantas vezes vós e eu, irmãos, podemos cometer o mesmo erro! A verdade crua machuca, mas ao lancetá-la conseguimos drenar o orgulho.
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.91.

(...) Muitas vezes falta ao murmurador coragem para expressar abertamente suas queixas. Se ela diz respeito a um companheiro, o murmurador raramente acata o conselho de Jesus: “Se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão.” (Mateus 18:15.)
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.92.

(...) Os murmuradores dão bons detratores dissimulados. Embora não apanhem pessoalmente pedras para atirar, induzem outros a fazê-lo.
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.92.

Quando murmuramos, talvez estejamos inconscientemente nos queixando de não sermos capazes de fazer um trato especial com o Senhor. Nós queremos todas as bênçãos, mas sem a plena obediência às leis nas quais elas se baseiam. Por exemplo, certos murmuradores parecem esperar poder remodelar a Igreja a seu gosto em virtude de seus resmungos. Mas por que iria alguém querer pertencer a uma igreja que pudesse remodelar a sua própria imagem, se é a imagem do Senhor que queremos refletir em nosso semblante? (Vide Alma 5:19.)
As doutrinas são do Senhor, irmãos, não são nossas. É dele o poder de delegar, não nosso para manipular!
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.92.

Um fato especialmente fundamental quanto ao murmurar está contido neste versículo: “E assim Lamã e Lemuel... murmuravam contra seu pai, por desconhecer o procedimento daquele Deus que os havia criado.” (1 Néfi 2:12.)
Como Lamã e Lemuel, nós também às vezes não entendemos os procedimentos de nosso Deus em nossa vida e época. (Vide 1 Néfi 2:12; 17:22.)
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.92.

Os danos que causamos a nós mesmos são razão suficiente para resistirmos à murmuração, mas outro perigo óbvio é o contágio. Até mesmo o fiel pai Leí se deixou contagiar por um breve momento. (Vide 1 Néfi 16:20.) Semelhantemente, quando Moisés caiu por um momento no mesmo erro, foi sob a exasperante pressão de rebeldes. (Vide Números 20:7-12.) Ninguém sabe lidar tão bem com uma multidão como o adversário.
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.93.

Em lugar de murmurar, portanto, é necessário ter bom ânimo, e ter bom ânimo é igualmente contagiante. Temos a clara obrigação de nos fortalecermos mutuamente, fazendo as coisas com “corações e rostos alegres.” (D&C 59:15; vide também 81:5.)
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.93.

Obviamente existem meios aprovados – formais e informais – para expressar legítimas preocupações e queixas, e fazê-lo de forma construtiva. Esses caminhos ficam muitas vezes esquecidos, particularmente quando nosso verdadeiro desejo é alardear nosso descontentamento. Aliviar a pressão sempre produz mais calor do que luz. (Vide Mateus 18:15.) Em verdade, podemos meramente reclamar ou resmungar de passagem. Podemos até fazê-lo com inteligência. Ainda assim, até mesmo a murmuração moderada pode ser mais contundente do queremos admitir.
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.94.

Portanto, murmurar pode ser outra forma de escarnecer do divino plano de salvação. (Vide 3 Néfi 29:6.)
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.94.

Ademais, visto que Deus nos disse que pretende pôr a prova nossa fé e paciência, as situações de pressão e tensão não são exatamente de onde emana essa murmuração? (Vide Mosiah 23:21.) Naturalmente – a menos que tenhamos cuidado.
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.94.

Deus realiza coisas, irmãos, no “decorrer do tempo”. Isto exige paciência. Além disso, fazer coisas no decorrer do tempo é muitas vezes a sua maneira de preservar nosso arbítrio ou de dar-nos a necessária oportunidade. De fato, certas experiências contra as quais talvez murmuremos compreensivelmente, podem em verdade ser para o nosso bem. (Vide D&C 105:10; 122:7; Gênesis 30:27.) Assim, pois, vós e eu podemos pensar que Deus está apenas marcando passo quando na verdade nos está dando oportunidades extremamente necessárias. Mesmo então, nós somos tão lerdos em aproveitar tais oportunidades de escapar da conhecida cela do egoísmo!
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.94.

A murmuração pode também fazer barulho suficiente para abafar os vários sinais espirituais que recebemos, sinais que em certos casos nos mandam deixar de envolver-nos indulgentemente no banho quente da autocomiseração! Murmurar reclamando do peso de nossa cruz não só consome energia necessária para carregá-la, mas também pode levar outro a largar sua cruz. Além disso, irmãos, se não estivéssemos carregando tantas outras coisas, nossa cruz seria bem mais leve. O fardo mais pesado que muitas vezes sentimos provém do peso de promessas não cumpridas e pecados não resolvidos, que nos pressionam sem cessar.
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.94.

Independentemente do que as coisas pareçam ou possam vir a parecer em tempos difíceis, “mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (II Reis 6:14-17.). Meus irmãos, se nossos lábios se fecharem contra a murmuração, nossos olhos poderão ser abertos.
ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.94.

De nada adianta as pessoas fazerem as coisas, simplesmente por terem sido aconselhadas a fazê-lo, mas murmurando o tempo todo; seria melhor que não as fizessem. Há pessoas que professam ser santos mas estão muito propensas a murmurar e a apontar defeitos, quando lhes é dado um conselho contrário a seus sentimentos, mesmo quando elas próprias pediram esse conselho; muito mais quando lhes é dado um conselho sem que tenha sido pedido e ele não concorda com a noção que elas têm das coisas; mas irmãos, esperamos coisas melhores de muitos de vocês; confiamos que desejem conselhos, de tempos em tempos, e que os aceitarão com alegria, sempre que os receberem da devida fonte.
PROFETA JOSEPH SMITH – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, Lição 16, p.208.

Apesar de todo o conhecimento, literalmente falando, ser proveniente de Deus, na ocasião em que foi revelado nem todos os homens acreditaram nele como revelação. (...)
Noé foi um homem perfeito e seu conhecimento ou revelação do que estava para acontecer na Terra deu-lhe a capacidade de preparar-se e salvar a si mesmo e a sua família da destruição causada pelo dilúvio. Os habitantes da Terra não acreditaram (...) nesse conhecimento, ou revelação. Eles sabiam que Adão tinha sido o primeiro homem, feito à imagem de Deus; que ele tinha sido um bom homem; que Enoque tinha andado com Deus por trezentos e sessenta anos e havia sido transladado para o céu sem provar a morte. Mas não podiam suportar uma revelação nova: Acreditamos nas velhas porque nossos pais acreditavam; mas não queremos saber de novas revelações. Então o dilúvio os varreu da Terra. (...)
O mesmo princípio (...) manifestou-se de modo significativo entre os judeus, quando o Salvador viveu na mortalidade. [Eles] se vangloriavam das antigas revelações, adornavam os sepulcros dos mortos, davam o dízimo da hortelã e do cominho, faziam longas orações para parecer piedosos e cruzavam terras e mares para fazer prosélitos, mas quando uma nova revelação foi dada pela boca do próprio Eu Sou, não puderam suportar. Era demais. Ela expunha as corrupções daquela geração, como as outras antes delas, e eles clamaram: Fora com Ele! Crucifiquem-No! (...)
Novamente, a mesma atitude e linguagem foram usadas quando o Livro de Mórmon foi dado a esta geração. A revelação antiga, os antigos patriarcas, os peregrinos e os apóstolos eram abençoados. Cremos neles, mas não podemos suportar os novos.
PROFETA JOSEPH SMITH – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, L

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