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Milagre - Jesus Cura Servo Do Centurião

A Cura do Servo do Centurião - (Lucas 7:1-10; comparar com Mateus 8:5-13.) - Do monte das Beatitudes, Jesus voltou a Capernaum, se diretamente ou por um caminho mais longo, marcado por outras obras de poder e misericórdia, não é de grande importância. Havia, na época, uma guarnição romana na cidade. Um oficial militar, centurião ou chefe de cem homens, estava estacionado ali. Este oficial tinha um servo a quem muito estimava e que se encontrava enfermo, “quase à morte”. O centurião tinha fé que Cristo podia curá-lo, e solicitou a intercessão dos anciãos judeus junto ao Mestre, para implorar o favor desejado. Estes anciãos pediram com veemência a Jesus, recomendando o homem pelo seu valor, pois, embora gentio, amava o povo de Israel e havia construído, com seus próprios meios, uma sinagoga para eles na cidade, Jesus foi com os anciãos, mas o enfermo, provavelmente tomando conhecimento da aproximação do pequeno grupo, apressou-se a enviar outros emissários, para dizer que não se considerava digno de receber Jesus em seu lar, senso esse de indignidade que o impedira de apresentar seu pedido pessoalmente. (Nota 1, no final do capítulo.) “Porém”, dizia a mensagem de súplica, “dize uma palavra e o meu criado sarará”. Podemos comparar o conceito que este homem tinha do poder de Cristo com o do nobre da mesma cidade, que solicitou a Jesus que corresse em pessoa para o lado de seu filho moribundo. (João 4:46-53; ver página 172.)
O raciocínio do centurião parece ter sido o seguinte: Ele próprio era um homem de autoridade, embora sob a direção de oficiais superiores. Dava ordens aos seus subordinados, as quais eram obedecidas. Não achava necessário estar presente à execução de suas instruções. Naturalmente, uma pessoa que possuía tanto poder quanto Jesus poderia ordenar e ser obedecida. Ademais, o homem talvez tivesse sabido da maravilhosa recuperação do jovem moribundo, filho do nobre, realizada por Jesus a muitas milhas do leito do enfermo. Que a confiança do centurião, sua crença e fé eram genuínas, não é passível de dúvidas, uma vez que Jesus expressamente as elogiou. O aflito foi curado. É-nos dito que Jesus se maravilhou (Nota 1, no final do capítulo.) por ter o centurião assim manifestado a sua fé, e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: “Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta.” Este comentário pode ter surpreendido a algum de seus ouvintes; os judeus não estavam acostumados a ouvir a fé manifestada por um gentio receber tal cumprimento, pois, de acordo com o tradicionalismo da época, um gentio, mesmo que prosélito fervoroso do judaísmo, era considerado essencialmente inferior ao mais insignificante membro do povo escolhido. O comentário de nosso Senhor indicou claramente que os gentios teriam primazia no reino de Deus, se em valor superassem os demais. Referindo-nos ao relato de Mateus, encontramos este ensinamento adicional, introduzido com o costumeiro “Digo-vos” – “que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se assentarão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus. E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.” (Mateus 8:11, 12; ver também Lucas 13:28, 29; comparar com Atos 10:45.) Este ensinamento, de que a supremacia de Israel pode ser atingida somente através de superioridade em retidão, é reiterado e ampliado nas lições do Senhor, como veremos.
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, Capítulo XVIII, pp.242-244.

1. Os Dois Relatos do Milagre. – Em nosso comentário sobre a cura miraculosa do servo do centurião, seguimos, em grande parte, o relato mais circunstancial de Lucas. O registro de Mateus sobre a petição do oficial, mais breve, apresenta o homem indo a Jesus em pessoa, enquanto o de Lucas afirma que foram os anciãos da sinagoga local que formularam o pedido. Não existe discrepância real entre os dois. Era permitido na época, como ainda o é, falar-se de alguém que faz com que algo seja realizado, como tendo-o feito ele mesmo. Pode-se corretamente afirmar que uma pessoa notificou outra, quando ela enviou a notificação por terceiros. Diz-se que um homem construiu uma casa quando, na realidade, outros realizaram o trabalho, embora a seu pedido. Pode-se dizer que um arquiteto construiu um prédio, quando, na verdade, ele fez o desenho e dirigiu outros, que realmente levantaram a estrutura.
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, NOTA 1 DO CAPÍTULO XVIII pp.264-265.


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