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(NÃO MEXER)

Lamanitas

3 – Nefitas e Lamanitas – Os progenitores da nação nefita partiam de Jerusalém em 600 A.C., guiados por Leí, profeta judeu da tribo de Manassés. Sua família, na época da partida de Jerusalém, consistia na esposa, Saria, e os filhos Lamã, Lemuel, Sam e Néfi; numa etapa posterior da história, algumas filhas são mencionadas, mas não se sabe se haviam nascido antes do êxodo da família. Além dos seus, a colônia de Leí incluía Zoram e Ismael, este último um israelita da tribo de Efraim. Ismael, com sua família, juntou-se a Leí no deserto; e seus descendentes foram contados entre a nação da qual estamos falando. O grupo viajou em direção sudeste, mantendo-se perto das margens do Mar Vermelho; depois, mudando o curso para o leste, atravessou a península da Arábia; e lá, nas praias do Mar da Arábia, construiu e abasteceu um barco no qual se lançou às águas, confiando na proteção divina. A viagem levou-os na direção leste através do Oceano Índico, seguindo pelo Pacífico Sul em direção as costas ocidentais da América do Sul, onde desembarcaram (590 A.C.)... O povo se estabeleceu na que, para eles, era a terra prometida; nasceram-lhes muitos filhos e, no curso de poucas gerações, numerosa posteridade habitava a terra. Após a morte de Leí, verificou-se uma divisão. Uns aceitaram Néfi como líder, que havia sido devidamente designado para o ofício profético, enquanto os demais proclamaram chefe a Lamã, o mais velho dos filhos de Leí. A partir daí, estes povos divididos foram conhecidos como nefitas e lamanitas, respectivamente. Havia ocasiões em se observaram relações amistosas entre eles, mas geralmente estavam em disputa, e os lamanitas manifestavam ódio e hostilidade implacáveis a seus irmãos nefitas. Os nefitas progrediram nas artes da civilização, construindo grandes cidades e estabelecendo comunidades muito prósperas. Entretanto, caíam frequentemente em transgressão, e o Senhor, para castigá-los, permitia que seus inimigos triunfassem sobre eles. Estenderam-se em direção ao norte, ocupando a região setentrional da América do Sul; cruzaram, então, o Istmo, espalhando, seus domínios pelo sul, centro e leste do que são hoje os Estados Unidos da América. Os lamanitas, aumentando em número, sofreram um anátema; sua pele tornou-se escura e seu espírito coberto de trevas, esqueceram-se do Deus de seus pais e degeneraram até o estado decaído em que os índios americanos – seus descendentes diretos – foram encontrados por aqueles que redescobriam o continente ocidental, em época posterior. Ver Regras de Fé, do autor, capítulo 14.
ÉLDER JAMES E. TALMAGE – Do Quórum dos Doze Apóstolos – Jesus, O Cristo, Notas do Capítulo V, pp.53-54.

1 Néfi 13:14 – Como “a semente” dos irmãos de Néfi foi dispersada diante dos gentios?
O cumprimento da profecia de Néfi da dispersão da semente de seus irmãos, é um tema tão vasto, que encheria muitos volumes; portanto, só podemos fazer aqui uma breve análise. É um dos mais trágicos relatos da história, equiparando-se, em muitos sentidos, à perseguição e padecimento sofrido pelo povo judeu através dos séculos. (Ver 1 Néfi 19:13-15.)
Desde a época em que Colombo aportou nas Índias Ocidentais, teve início a matança e destruição do povo indígena. A extensão dessa destruição só recentemente começou a vir à luz. Por exemplo, Wilbur R. Jacobs, notável historiador, refuta as antigas estimativas de peritos europeus e americanos quanto à população indígena existente ao chegar Colombo ao Hemisfério Ocidental em 1492, as quais calculavam a população indígena dos Estados Unidos em aproximadamente um milhão, e a da América do Norte e do sul em não mais de oito milhões. Todavia, de acordo com Jacobs, projeções modernas largamente aceitas hoje em dia, estimam o total em noventa milhões em todo o Hemisfério Ocidental, sendo cerca de dez milhões só na América do Norte. (The Indian and the Frontier in American History – A Need for Revision”, Western Historical Quartely, Janeiro de 1973, p.45.) Comparando este total de dez milhões de índios que viviam na América do Norte, com perto de duzentos e trinta e cinco mil existentes do início do século XX, podemos começar a avaliar quão vasta foi a tragédia.
“O que aconteceu a todos esses indígenas? As pesquisas de Cook e Dobyns relativas à propagação de enfermidades epidêmicas entre os índios, nos fornecem um convincente argumento de que milhões de nativos foram mortos por catastróficas epidemias como varíola, peste bubônica, tifo, gripe, malária, sarampo, febre amarela e outras doenças que invadiram suas fronteiras. (Além de os contaminarem com vírus e bactérias do Velho Mundo, os europeus trouxeram ervas daninhas, plantas, ratos, insetos, animais domésticos, bebidas alcoólicas e uma nova tecnologia para alterar a vida dos índios e o equilíbrio ecológico.) A varíola, causada por um vírus que se propaga pelo ar, foi e é uma das mais fatais de todas as doenças contagiosas. Epidemias virulentas, transmitidas pelo ar, peças de vestuário, cobertores ou por simples contato (até mesmo por pessoa imune), contaminaram tribos inteiras, deixando apenas um punhado de sobreviventes. Embora algumas espécies de doenças epidêmicas pudessem ser reduzidas a um fraco poder de contaminação entre os índios (como acontece entre os brancos), após algumas gerações de exposição a ela, a varíola foi, sem dúvida, a enfermidade que causou o maior número de mortes entre os índios, pois tornava a atacar inúmeras vezes as gerações sobreviventes, para igualmente aniquila-los.” (Jacobs, “The Indians”, p.46.)
Não foi apenas esse extermínio por doenças infecciosas a única tragédia que sobreveio aos descendentes de Lei. Os indígenas descritos por Colombo eram “seres gentis, almas hospitaleiras, curioso e alegres, sinceros e leais, de belo porte e possuidores de uma religião espiritual”.  (Citado em John Collier, The Indians of the Americas, pp. 97-98.) Eles não estavam preparados para a natureza inclemente e predatória do homem branco, que veio em busca de ouro e conversos. “A situação era como se um estrangeiro misteriosos que se anunciasse com palavras de amor, fosse recebido alegremente como hóspede, abraçado como amigo, admitido livremente na casa e levado a convívio do seio familiar, subitamente se revelasse não como um homem, mas um lobo devorador.” (Collier, The Indians, p.97.) Imediatamente começou a exploração dos índios como uma espécie barata de mão-de-obra escrava. Milhares deles foram embarcados para a Europa, e outros tantos europeus vieram para a América, a fim de receber “um trato de terra, acompanhado de trabalho indígena gratuito e forçado”. (Collier, The Indians, p.98.)
“Mas, nas Índias Ocidentais, não foi apenas a dizimação que sobreveio aos índios – aquela gente que Colombo achou tão gentil, alegre e bela – foi a própria aniquilação. Como a princípio o suprimento fosse considerado ilimitado, os pobres escravos morriam de tanto trabalhar. Sua vida era tão terrível, que foram levados ao suicídio em massa, ao infanticídio em massa e à abstinência generalizada de vida sexual para não gerarem crianças para tal vida de horror. Epidemias letais seguiram-se à vontade de morrer. Os assassinatos e desolações excederam os dos mais impiedosos tiranos de épocas anteriores, como também não foram superados desde aí. (Collier, The Indians, p.98.)
Collier observou também que a população indígena do Haiti e São Domingos, estimada entre duzentas e trezentas mil almas quando Colombo ali chegou, havia diminuído para menos de quinhentos nativos sobreviventes em 1548, somente cinqüenta e seis anos depois! (Collier The Indians, p.99.)
Essa história se repetiu inúmeras vezes pelas mãos de homens como Cortez, Pizarro e DeSoto, no Peru. Colômbia. México e Estados Unidos. As cenas presenciadas por Néfi, seiscentos anos antes de Cristo, se cumpriram com horrível realidade. Como disse certo autor:
“Ali estava uma raça prestes a ser engolfada por uma irresistível avalancha de povos de cultura completamente diferente. Deslocados de seu ambiente natural, transmigrados repetidas vezes, tratados pelos brancos como cobertura hostil do solo fértil, que precisava ser varrida para algum canto, ou destruída, afligidos por um sistema econômico a que não estavam acostumados, dizimados por enfermidades e vícios contra os quais não tinham nenhuma resistência, vendo seguidamente seus solenes tratados serem violados, sujeitos às mudanças da política governamental, oprimidos por funcionários incompetentes e gananciosos, e ás vezes desmoralizados por um excesso de bondade paternalista bem intencionado, porém mal dirigida, é de admirar que os índios tenham conseguido sobreviver.” (Kenneth Scott Latourette, A History of the Expansion of Christianity, The Great Century, vol4, p.323.)
LIVRO DE MÓRMON – MANUAL DO ALUNO – CURSO DE RELIGIÃO 121-122 [Edição 1979], p.34-35.

Helamã 15:1-17. Quando Chegará o Tempo em que os Lamanitas Serão Trazidos ao Verdadeiro Conhecimento do Senhor?
“O dia dos lamanitas é chegado, e o evangelho lhes traz oportunidades. Milhares deles cultivam as íngremes colinas dos Andes e comercializam seus produtos nos mercados, trazidos no lombo de burros e lhamas. Eles devem receber o evangelho de emancipação. Milhões deles, no Equador, Chile e Bolívia trabalham como lavradores, extraindo do árido solo o seu sustento, à custa de muito sacrifício. Eles devem escutar as verdades compelidoras. Milhões de lamanitas, por toda América do Norte, são carentes, despreparados e vivendo muito aquém de seu potencial. Eles devem ter o evangelho esclarecedor. Ele romperá seus grilhões, estimular-lhes-á a ambição, aumentará sua visão e lhes abrirá novos mundos de oportunidades. Seu cativeiro terá fim – o cativeiro das concepções errôneas, do analfabetismo, da superstição e do medo. “As nuvens do erro desaparecem diante dos raios da verdade divina.”
O dia mais radioso amanheceu. A dispersão foi realizada – a coligação está em andamento. Que o Senhor possa abençoar-nos, para que nos tornemos aios de nossos irmãos lamanitas, e apressemos o cumprimento das grandes promessas a eles concedidas.” (Spencer W. Kimball, Faith Precedes the Miracle, p. 358.)
LIVRO DE MÓRMON – MANUAL DO ALUNO – CURSO DE RELIGIÃO 121-122 [Edição 1979], p.376.

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