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(NÃO MEXER)

Aborto

Os pecados decorrentes da pornografia perpetuam infelizmente outras transgressões sérias, incluindo o aborto.
PRESIDENTE SPENCER W. KIMBALL – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, lição 17, p.205.

O aborto não é a solução. Ele só complica ainda mais o problema. É um mal e uma forma de escape repulsiva, que um dia trará arrependimento e remorso.
O casamento é a solução mais honrosa. Significa enfrentar a responsabilidade. Significa dar um nome à criança, com pais que possam cuidar dela, protegê-la e amá-la.
Quando o casamento não é possível, a experiência tem demonstrado que a adoção, apesar de difícil para a jovem mãe, pode dar à criança uma oportunidade maior de ter uma via feliz. Os assistentes sociais sábios e experientes e os bispos devotados podem auxiliar em tais circunstâncias.
PRESIDENTE GORDON B. HINCKLEY – 1º Conselheiro na Primeira Presidência – A Liahona, janeiro de 1995, p. 58.

À luz desse conhecimento e da reverência pela vida, lamentamos a perda de vidas nas guerras. Os dados são alarmantes. Na Primeira Guerra Mundial, morreram mais de oito milhões de militares. Na Segunda Guerra Mundial, mais de 22 milhões de membros das forças armadas perderam a vida. Juntas, essas duas guerras, que se estenderam por um período de 14 anos, custaram a vida de pelo menos 30 milhões de soldados em todo o mundo. Esse número não inclui os milhões de vítimas civis.
Esses dados, porém, parecem irrisórios diante das perdas de outra guerra que mata anualmente mais do que a Primeira e a Segunda Guerra Mundial juntas. Relatórios internacionais indicam que são praticados anualmente mais de 40 milhões de abortos.
Essa guerra, a guerra do aborto, é travada contra seres indefesos e sem voz. É uma guerra contra os que ainda não nasceram. É um conflito que está sendo travado em todo o mundo. Por ironia, sociedades civilizadas que, em geral, protegiam a vida humana agora sancionaram leis que autorizam essa prática.
ÉLDER RUSSELL M. NELSON - Do Quórum dos Doze Apóstolos – A Liahona, Outubro de 2008, p. 14.

Esse é um assunto de grande importância para nós, pois o Senhor declarou repetidas vezes esta ordem divina: “Não matarás”. Posteriormente, acrescentou: “Nem farás coisa alguma semelhante”. Mesmo antes da restauração da plenitude do evangelho, as pessoas esclarecidas compreendiam a santidade da vida humana. João Calvino, reformador protestante do século XVI, escreveu: “Se parece mais horrível matar um homem em sua própria casa do que num campo, (...) deve-se deveras considerar mais atroz destruir um feto no ventre materno, antes de vir à luz”.
ÉLDER RUSSELL M. NELSON - Do Quórum dos Doze Apóstolos – A Liahona, Outubro de 2008, pp. 14-16.

A preocupação com a saúde da mãe é vital, mas as circunstâncias nas quais a interrupção da gravidez é necessária para salvar a vida da mãe são raríssimas, principalmente nos locais que dispõem de recursos médicos modernos. Outra preocupação é a ligada às gestações resultantes de estupro ou incesto. Essa tragédia é agravada pelo fato de ter sido negada a liberdade de escolha a uma mulher inocente. Nessas circunstâncias, o aborto às vezes é considerado aconselhável para preservar a saúde física e mental da mãe. O aborto por esses motivos também é raro.
Alguns defendem o aborto nos casos em que há risco de má-formação congênita. Não há duvidas de que, no primeiro trimestre de gravidez, os efeitos de certos agentes infecciosos ou tóxicos são reais, mas é preciso cuidado ao avaliar a possibilidade de interromper a gestação. A vida tem grande valor para todos, inclusive para as pessoas nascidas com deficiências. Além disso, o resultado pode ser menos grave do que o previsto.
Lembro-me bem de um casal que viveu uma experiência dessa natureza. A mulher tinha apenas 21 anos de idade na época — uma esposa bela e dedicada. Em seu primeiro trimestre de gravidez, contraiu rubéola. Foi recomendado o aborto, pois o bebê em formação certamente seria afetado. Alguns familiares, por preocupação e amor, exerceram ainda mais pressão para o aborto. Em espírito de oração, o casal consultou o bispo. Ele os encaminhou ao presidente da estaca, que, ao ouvir suas preocupações, aconselhou-os a não pôr fim à vida desse bebê, embora fosse provável que nascesse com algum problema. Citou a seguinte escritura:
“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”
Eles optaram por seguir esse conselho e permitiram que o bebê nascesse — uma linda menininha, normal em todos os aspectos, exceto a audição: era totalmente surda. Depois da avaliação da filha numa escola para surdos, os pais ficaram sabendo que ela tinha o intelecto de um gênio. Ela frequentou uma grande universidade com bolsa de estudos. Hoje, cerca de 40 anos  depois, leva uma vida maravilhosa.
Negar a vida a alguém devido à possibilidade de uma deficiência é algo muito sério. Se houvesse leis ditadas por essa lógica, as pessoas que já vivem com tais deficiências também deveriam ser eliminadas. Mais um passo nessa trágica linha de pensamento levaria à conclusão de que as pessoas doentes ou que causam alguma inconveniência também deveriam ser eliminadas. Tal falta de respeito pela vida seria totalmente inconcebível!
ÉLDER RUSSELL M. NELSON - Do Quórum dos Doze Apóstolos – A Liahona, Outubro de 2008, p. 16.

Relativamente poucos abortos são realizados devido às circunstâncias especiais que acabei de citar. A maioria deles é realizada mediante solicitação, com o intuito de pôr fim a gestações indesejadas. Esses abortos são simplesmente uma forma de controle de natalidade.
O aborto eletivo foi legalizado em muitos países com base na premissa de que a mulher é livre para escolher o que faz com o próprio corpo. Até certo ponto, isso é verdade e se aplica a todos nós, homens ou mulheres. Somos livres para pensar. Somos livres para planejar. Somos livres para agir; mas depois de praticarmos uma ação, não estamos livres de suas consequências.
Para compreender melhor esse conceito, podemos aprender com os astronautas. A qualquer instante, durante o processo seletivo e a preparação, eles têm a liberdade de abandonar o programa, mas depois do lançamento da espaçonave, o astronauta não se pode esquivar das consequências da escolha feita antes do início da viagem.
O mesmo se dá com quem decide embarcar numa viagem que culmina com a paternidade. Essas pessoas têm liberdade de escolha: podem tomar ou não esse curso. Quando a concepção ocorre, essa escolha já está consumada.
Sim, a mulher é livre para decidir o que fará com seu corpo. Quer sua escolha leve a uma missão espacial ou a um bebê, a decisão de iniciar a jornada impõe as respectivas consequências.
Não é possível desfazê-la depois de consumada.
Quando se debate o tema polêmico do aborto, muitos invocam o “direito individual de escolha”, como se fosse a virtude suprema. Isso só poderia ser verdade se houvesse uma única pessoa envolvida. Os direitos de uma pessoa, seja ela quem for, não justificam que se infrinjam os direitos alheios. Dentro ou fora do casamento, o aborto não é um assunto meramente individual. Interromper a vida de um bebê em formação envolve duas pessoas com corpo, cérebro e coração separados. As escolhas que uma mulher faz com relação a seu próprio corpo não inclui o direito de privar seu bebê da vida — uma vida inteira de escolhas que seu filho faria.
ÉLDER RUSSELL M. NELSON - Do Quórum dos Doze Apóstolos – A Liahona, Outubro de 2008, p. 16-17.

Como membros da Igreja, devemos defender a escolha — a escolha correta — não simplesmente a escolha como fim em si mesma.
Quase todas as legislações relativas ao aborto levam em conta a duração da gestação.
A mente humana tem a pretensão de determinar quando começa uma “vida significativa”. Durante meus estudos de medicina, aprendi que uma nova vida começa quando duas células especiais se unem para tornar-se uma única célula, com 23 cromossomos provenientes do pai e 23 cromossomos da mãe. Esses cromossomos contêm milhares de genes. Num maravilhoso processo que envolve a combinação de códigos genéticos que determina todas as características humanas da pessoa ainda por nascer, forma-se um novo complexo de DNA. O crescimento contínuo resulta num novo ser humano. Cerca de 22 dias após a união das duas novas células, um coraçãozinho começa a bater. Aos 26 dias, começa a circulação sangüínea.10 Legislar sobre o momento em que uma vida em formação passa a ser considerada “significativa” é, a meu ver, presunçoso e bastante arbitrário.
ÉLDER RUSSELL M. NELSON - Do Quórum dos Doze Apóstolos – A Liahona, Outubro de 2008, p. 16-17.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias sempre se opôs à prática do aborto. Há mais de um século, a Primeira Presidência escreveu: “Novamente aproveitamos esta oportunidade para advertir os santos dos últimos dias contra (…) as práticas de feticídio e infanticídio”.
No início de sua presidência, o Presidente Spencer W. Kimball (1895–1985) declarou: “Afirmamos repetidas vezes a postura da Igreja em sua oposição inalterável à prática do aborto em todas as suas formas, exceto em duas raras circunstâncias: Quando a concepção resultar de estupro e quando o parecer das autoridades médicas competentes indicar que a saúde da mãe ficaria seriamente comprometida”.14 As normas atuais incluem duas outras exceções: o incesto e o caso em que o bebê não sobreviverá após o parto, conforme constatado pelas autoridades médicas competentes. E mesmo essas exceções não justificam automaticamente o aborto. O aborto “deve ser [levado] em consideração somente depois de as pessoas responsáveis terem consultado o bispo e recebido confirmação divina por meio da oração”.
ÉLDER RUSSELL M. NELSON - Do Quórum dos Doze Apóstolos – A Liahona, Outubro de 2008, p. 18-19.

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