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(NÃO MEXER)

Páscoa

4. Multidões e Confusão na Festa da Páscoa. – Conquanto seja obviamente impossível que mesmo uma fração razoavelmente grande do povo judeu pudesse estar presente às comemorações anuais da Páscoa em Jerusalém e, em consequência, fossem feitos preparativos para comemorações locais dos festejos, o comparecimento usual à celebração do templo nos dias de Jesus era indubitavelmente enorme. Josefo qualifica as aglomerações da Páscoa como “uma inumerável multidão” (Wars, ii, I:3) e, em outro local (Wars, vi, 9:3), declara que o comparecimento atingia o gigantesco montante de três milhões de almas; tal é o registro, embora muitos autores modernos considerem essa declaração um exagero. Josefo diz que, com o propósito de fornecer ao imperador Nero informação quanto à força numérica dos judeus, particularmente na Palestina, Céstio solicitou aos príncipes dos sacerdotes que contassem o número de cordeiros sacrificados na comemorarão, e o número relatado foi o de 256.000, o que, na base de entre dez e onze pessoas por mesa pascal, indicaria a presença, diz ele, de pelo menos 2.700.200 pessoas, sem incluir visitantes não judeus e membros de Israel a quem era barrada a participação na ceia da Páscoa, em virtude de impedimento cerimonial.
As cenas de confusão, inevitáveis nas condições então existentes, são resumidas admiravelmente por Geikie (Life and Words of Christ, cap. 30), que cita muitas das autoridades antigas em suas declarações: “As ruas eram obstruídas pelas multidões de todas as partes, as quais tinham que abrir caminho até o Templo, através de rebanhos de ovelhas e manadas de gado, empurrando-se em cada rua numa parte central de nível mais baixo, que lhes era reservada, para evitar contato e poluição. Vendedores de todas as categorias imagináveis assediavam os peregrinos, pois a festividade era, como já foi dito, a estação fecunda para todos os negócios em Jerusalém, exatamente como em Meca ainda hoje, a época da grande afluência de adoradores à tumba do Profeta é a de melhor comércio entre os mercadores peregrinos, que formam as caravanas de todas as partes do mundo maometano”.
“Dentro do sítio do Templo, o alarido e a aglomeração eram, se é que possível, ainda piores. Instruções eram afixadas, para que se mantivessem à direita ou à esquerda, como nas mais densas artérias de Londres. O pátio externo, no qual os não-judeus podiam penetrar e que era, portanto, conhecido como o Pátio dos Gentios, ficava, em parte, obstruído por cercados de ovelhas, cabras e bois, para os festejos e as ações de graças. Vendedores apregoavam os méritos de seus animais, ovelhas baliam e bois mugiam. Era, na verdade, a grande feira anual de Jerusalém e as multidões aumentavam o alarido e tumulto, de maneira a perturbar, lamentavelmente, os serviços nos pátios vizinhos. Os vendedores de pombas, para mulheres pobres chegadas de todas as partes do país para purificação, e para outros fins, dispunham de um espaço reservado. Na verdade, a venda de pombas estava, em grande parte, mas em sigilo, nas mãos dos próprios sacerdotes: Anás, o sumo sacerdote, particularmente, auferia grandes lucros com seus pombais no Monte das Oliveiras. Os aluguéis dos cercados para as ovelhas e gado e o lucro obtido com as pombas haviam levado os sacerdotes a sancionarem a incongruência de assim se transformar o próprio templo num barulhento mercado. Mas isto não era tudo. Os oleiros impingiam aos peregrinos seus pratos e fornos de barro para o cordeiro pascal; centenas de mercadores apregoavam seus artigos em altas vozes; armazéns de vinho, óleo, sal e tudo o mais que era necessário para os sacrifícios convidavam os fregueses; e, além disso, pessoas que cruzavam a cidade, com todos os tipos de carga, encurtavam caminho atravessando os terrenos do Templo. A estipulação sobre pagamento do tributo, requerido de todos, para a manutenção do Templo, aumentava a confusão. Em ambos os lados da porta leste do Templo, permitia-se havia muitas gerações, a colocação de bancas para troca de dinheiro. Desde o dia quinze do mês precedente, recebiam os cambistas permissão para montar suas bancas na cidade e, a partir do dia vinte e um – ou seja, vinte dias antes da Páscoa – para exercer seu comércio no próprio Templo. Compradores de matérias para ofertas pagavam o montante em bancas especiais, a um oficial do Templo, e recebiam um cheque de chumbo, com o qual retiravam o que haviam comprado com o vendedor. Além disso, trocavam-se grandes somas, para serem lançadas como ofertas voluntárias em uma das treze arcas que constituíam o tesouro do Templo. De todo o judeu, por mais pobre que fosse, era requerido ainda o pagamento anual de meio siclo, para o resgate de sua alma e manutenção do Templo. Como isto não era recebido, senão num tipo de moeda nativa denominada siclo do Templo, que não era em geral corrente, os estrangeiros tinham que trocar dinheiro romano, grego ou oriental nas bancas dos cambistas, a fim de obter a moeda requerida. A troca facilmente dava margem à fraude, o que era bastante comum. Cobrava-se cinco por cento de taxa, mas isso era indefinidamente aumentado por truques e chicanas, em consequência do que a classe havia conquistado péssimo nome, ao ponto de, como os publicanos, seu testemunho não ser aceito em corte.”
Abordando o assunto da profanação, à qual os pátios do Templo tinham sido sujeitos pelos traficantes que operavam com permissão sacerdotal, Farrar (Life of Christ, página 152) apresenta o seguinte: “E esse era o pátio de entrada ao Templo do Altíssimo! O pátio que era um testemunho de que aquela casa devia ser uma Casa de Oração, para todas as nações, tinha sido rebaixado a um local que, pela sujeira, se assemelha mais a um matadouro e, pelo azafamado comércio, a um apinhado bazar, enquanto os mugidos de bois, os balidos de ovelhas, a Babel de muitas línguas, as discussões e regateios, e o tinido de moedas e balanças (talvez nem sempre exatas) podiam ser ouvidos nos pátios adjacentes, perturbando o canto dos levitas e preces dos sacerdotes.”
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, NOTA 4 DO CAPÍTULO XII p.162.

Neste dia (de páscoa) nós... celebramos o evento mais significativo da história da humanidade: A ressurreição do túmulo, o retorno do Filho de Deus da morte à vida.
PRESIDENTE GORDON B HINCKLEY – A Liahona julho 1985 p.62.

O conceito mais importante ensinado pela festa da Páscoa era o de que, através de uma cerimônia precisa, Israel possuía um protótipo e um símbolo do Filho Unigênito de Deus, cujo sangue salvaria o homem espiritualmente, assim como o sangue em suas postas no Egito os salvara fisicamente.
O VELHO TESTAMENTO – Manual do Aluno – Gênesis a II Samuel – p.200.

Nestes capítulos de Êxodo, encontra-se uma das maiores e mais profundas prefigurações históricas que podemos encontrar. A libertação de Israel do cativeiro não somente é um dos acontecimentos mais dramáticos da história, como também está repleta de significados simbólicos para os santos de todas as épocas.
(...) Considere o seguinte resumo feito pelo Élder Bruce R. McConkie, sobre seu significado:
“Quando chegou o momento indicado para a libertação de seus filhos do cativeiro do Egito, o Senhor ordenou que cada família de Israel sacrificasse um cordeiro, que aspergisse o sangue nas ombreiras e nas vergas das portas e que, por sete dias, comessem pães asmos – tudo isto para simbolizar o fato de que o anjo destruidor passaria aos israelitas no dia em que tiraria a vida de todo primogênito das famílias egípcias, e também para demonstrar que, às pressas, Israel passaria da escravidão para a liberdade. Servindo de modelo para todas as instruções que Moisés futuramente receberia do Senhor, os detalhes desse cerimonial foram estabelecidos para prestar testemunho tanto da libertação de Israel como de seu Libertador. Entre outros procedimentos ordenados pelo Senhor e registrados em Êxodo 12, encontramos os seguintes:
1 – ‘O cordeiro ou cabrito será sem mácula, macho de um ano’, representando com isto que o Cordeiro de Deus, puro e perfeito, sem mancha ou deformidade, na plenitude de sua vida, como um Cordeiro pascal, seria morto pelos pecados do mundo.
2 – Os israelitas deviam tomar do sangue do cordeiro e aspergi-lo nas ombreiras das portas de suas moradas, recebendo, em conseqüência deste gesto, a promessa de que o ‘sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito’, significando que o sangue de Cristo, que verteria em gotas no Getsêmani e se derramaria também da chaga a ser feita em seu peito, quando fosse pendurado na cruz, purificaria os fiéis e lhes traria salvação; e que, assim como os membros da casa de Israel foram temporalmente salvos em virtude do sangue do cordeiro sacrificial que foi aspergido nas ombreiras e vergas de suas portas, também os justos, de todas as épocas, lavariam suas vestes no sangue do Cordeiro Eteno e dele receberiam perpétua salvação. Podemos dizer ainda que, assim como o anjo da morte passou pelas famílias israelitas em virtude da fé que possuíam – como disse Paulo, falando a respeito de Moisés, ‘pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse’ (Hebreus 11:28) – da mesma forma, o Anjo da Vida dará a vida eterna a todos aqueles que confiarem no sangue do Cordeiro.
3 – Quanto ao que se refere à maneira como o cordeiro deveria ser sacrificado, o mandamento era de que ‘nem dela (da carne do cordeiro) quebrarei osso (Êxodo 12:46). Isto significava que, quando o Cordeiro de Deus fosse sacrificado sobre a cruz, embora fossem quebradas as pernas dos dois ladrões, para apresentar-lhes a morte, as suas não seriam partidas, ‘para que se cumprisse a escritura: ‘Nenhum dos seus ossos será quebrado. ’ (João 19:31-36.)
4 – No que diz respeito ao modo como seria comida carne do cordeiro sacrificial, a ordem do Senhor era a de que ‘nenhum estrangeiro comerá dela’, representando assim que as bênçãos do evangelho são reservadas àqueles que entram para o rebanho de Israel, que se filiam à Igreja, que executam a parte que lhes compete na sustentação do reino; significa também que aqueles que comem de sua carne e bebem de seu sangue, como ele declarou, alcançarão a vida eterna e serão levantados no último dia. (João 6:54.)
5 – Assim como ‘o Senhor feriu todos os primogênitos na terra do Egito’ por não terem dado ouvidos à palavra do Senhor que lhes fora enviada através de Moisés e Aarão, também o Primogênito do Pai, que dá vida a todos os que acreditam em seu nome, aniquilará todos os incrédulos que se encontram nas trevas de um Egito espiritual, cujo coração se encontra endurecido como o do faraó e dos que o cercavam.
6 – No primeiro e no sétimo dias da Festa dos Pães Asmos, os israelitas deveriam realizar santas vocações, e não se executaria trabalho algum, a não ser a preparação do que haveriam de comer. Tais ocasiões eram usadas para pregar a palavra, esclarecer, exortar e testificar. Hoje em dia, assistimos às reuniões sacramentais para sermos edificados no que concerne à fé e testemunho. A antiga Israel participava de santas convocações com o mesmo objetivo. Sabendo que todas as coisas funcionam pela fé, seria assim tão inadequado chegarmos a conclusão de que é tão fácil para nós voltarmos nossa atenção para Cristo e o sangue por ele vertido, a fim de alcançarmos a salvação, como era para os israelitas daquela época olharem para o sangue de um cordeiro sacrificado, aspergido nas ombreiras e vergas das portas a fim de lhes proporcionar a salvação temporal, quando o anjo da morte varreu a terra do Egito?
Naturalmente foi quando Jesus e os Doze Apóstolos celebravam a Festa da Páscoa que nosso Senhor instituiu a ordenança do sacramento, para que servisse essencialmente aos mesmos objetivos dos sacrifícios que vinham sendo feitos há quatro mil anos. Depois daquela Páscoa final e do subseqüente levantamento na cruz do Cordeiro Pascal, chegou o tempo em que cessaria por completo a celebração daquela festa, outrora requerida. Numa época futura, Paulo poderia dizer com muita propriedade: ‘Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós’, e dar aos santos a exortação natural decorrente desse conceito: ‘Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos a sinceridade e da verdade. ’ (I Coríntios 5:7-8.)” (The Promised Messiah, pp. 429-31.)
O VELHO TESTAMENTO – Manual do Aluno – Gênesis a II Samuel – p.117-118.

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