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Arca do Convênio - Uzá – VT

TENTA “FIRMAR A ARCA DE DEUS”
D&C 85:8 – “Enquanto o homem que foi chamado por Deus e designado, que estende a mão para firmar a arca de Deus, cairá pela flecha da morte como uma árvore que é atingida pela flecha vívida do relâmpago.”
O QUE SIGNIFICA “FIRMAR A ARCA DE DEUS”?
Esta frase se refere a um evento ocorrido durante o reinado do Rei Davi, na antiga Israel (ver II Samuel 6:1-11). Quando a arca do convênio estava sendo transportada a seu lugar oficial, depois que foi devolvida pelos filisteus que dela se haviam apoderado, o carro que a conduzia passou sobre uma falha do terreno, e a arca começou a pender. Um homem chamado Uzá tentou firmá-la e foi ferido de morte. À primeira vista este castigo nos parece por demais severo, porém o vemos de uma perspectiva diferente, ao nos recordarmos de que a arca era um objeto tangível que simbolizava a presença de Deus, seu trono, sua glória e divina majestade. Quando Israel a recebeu pela primeira vez, ela foi colocada no Santo dos Santos do tabernáculo, e nem mesmo ao sacerdote era permitido aproximar-se dela. Apenas o Sumo sacerdote, que era uma representação de Cristo, poderia fazê-lo, e isto somente depois de realizar um complicado ritual de purificação pessoal e expiação de seus pecados. Nesta escritura é claramente ensinada a santidade de Deus. Nenhuma coisa impura pode habitar em sua presença (ver Moisés 6:57), pois ela é como um fogo consumidor (ver Hebreus 12:29). Os que portam os vasos do Senhor devem ser puros (ver D&C 133:5).
Por mais intencionado que tenha sido Uzá aproximou-se negligentemente de um objeto que só podia ser tocado sob as mais estritas condições. Ele não tinha fé no poder de Deus; pensou que a arca corria perigo, esquecendo-se de que ela era o símbolo físico do Deus Todo-Poderoso. Que homem tem o direito de presumir que pode salvar a Deus e seu reino por meio de seus próprios esforços?
“A ofensa de Uzá consistia no fato de haver tocado na arca com sentimentos profanos, embora cheio de boas intenções, ou seja, a de impedir que caísse do carro. Tocar na arca, o trono da divina glória e penhor visível da invisível presença do Senhor, era um ultraje cometido contra a majestade do santo Deus. Uzá foi, portanto, um protótipo de todos aqueles que, cheios de boas intenções, humanamente falando, mas que ainda não possuem a mente santificada, interferem nos assuntos do reino de Deus, tendo a falsa noção de que ele está em perigo, e tendo a esperança de salva-lo. (O. V. Gerlach.)” (Keil and Delitzch, Commentary, livro 2.)
Numa revelação moderna, o Senhor se referiu a este incidente, a fim de ensinar o princípio de que ele não precisa do auxílio dos homens para defender o seu reino (ver D&C 85:8). Não obstante, em nossa própria época vemos aqueles que temem que a arca esteja balançando e se dispõem a firmá-la em sua posição original. Ouvimos falar dos que estão plenamente seguros de que as mulheres não estão sendo tratadas com justiça na Igreja, ou daqueles que seriam capazes de estender algumas bênçãos não-autorizadas àqueles que ainda não estão preparados, ou, ainda, dos que gostariam de alterar as doutrinas estabelecidas da Igreja. Não serão estes sustentadores da arca? As melhores intenções não justificam tal interferência nos planos do Senhor. Os Presidentes David O. Mckay e John Taylor aplicaram esta lição aos santos modernos.
“Corremos certo risco ao nos desviarmos de nossa esfera de ação e tentarmos dirigir, sem autorização, os assuntos concernentes à vida de outro irmão. Lembrai-vos do caso de Uzá, que estendeu a mão para firmar a arca. (Veja I Crônicas 13:7-10.) Ele achava que tinha o direito de, no momento em que os bois tropeçaram, erguer a mão e segurar aquele símbolo do convênio. Hoje em dia, julgamos que seu castigo foi por demais severo. Mesmo que tenha sido, o incidente todo transmite uma lição de vida. Olhemos ao nosso redor, e observemos quão rapidamente as pessoas que tentam firmar a arca sem possuírem a devida autoridade, morrem espiritualmente. Sua alma se torna amargurada, sua mente desajustada, suas concepções enganosas e seu espírito deprimido. Esta é a lamentável condição dos homens que, negligenciando suas próprias responsabilidades passam o tempo encontrando defeitos nos outros.” (McKay, Gospel Ideals, p. 258.)
“Encontramos algumas insubordinações em nosso meio mas existe um princípio associado com o reino de Deus que reconhece Deus e o sacerdócio em todas as coisas, e aqueles que não o seguem, devem arrepender-se; caso contrário bem logo terão que parar; eu vos digo isto em nome do Senhor. Não penseis que sois sábios e que podeis receber e usar o sacerdócio como bem entendeis, pois tal não acontece. É Deus quem deve dirigir, regular, ditar e permanecer à testa, ficando cada homem em seu devido lugar. A arca de Deus não precisa ser firmada, especialmente por homens incompetentes, que não desfrutam de revelações nem do conhecimento do reino de Deus e suas leis. Estamos empenhados numa grande obra, e compete a nós nos prepararmos para a obra que temos diante de nós, reconhecendo a Deus, sua autoridade, sua lei e seu sacerdócio em todas as coisas.” (Taylor, Gospel Kingdom, p. 166.)
DOUTRINA E CONVÊNIOS – Manual do Aluno – Curso de Religião 324-325 – Instituto, p

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