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(NÃO MEXER)

Parábola

Existe um elemento de misericórdia que se evidencia no método de ensino parabólico adotado por nosso Senhor, sob as condições predominantes da época. Tivesse ele sempre ensinado por declarações explícitas, que não requeressem qualquer interpretação, muitos de seus ouvintes estariam condenados, uma vez que a fé que possuíam era fraca, e que seus corações não estavam preparados para quebrar os laços do tradicionalismo e o preconceito advindo do pecado, aceitando a palavra de salvação e obedecendo a ela. A sua incapacidade de compreender os requisitos do Evangelho lhes daria algum direito à misericórdia, enquanto que, se rejeitassem a verdade com pleno entendimento, a justiça inflexível certamente exigiria sua condenação. (Ver, do autor, “Regras de Fé”, capítulo 3, Livro de Mórmon, 2 Néfi 9:25-27; Romanos 2:12; doutrina e Convênios 45:54; 76:72.)
JESUS, O CRISTO – James E. Talmage, Capítulo XIX, p.287.

Outro exemplo da adaptação misericordiosa da palavra à capacidade variada do povo que ouvia as parábolas é o fato psicológico de que os incidentes de uma história impressionante, embora simples, permanecem vivos, mesmo na mente daqueles que, na ocasião, são incapazes de compreender qualquer significado além da história em si. Muitos camponeses que ouviriam o pequeno incidente do semeador e das quatro espécies de solo, do joio semeado por um inimigo, durante a noite, da semente que cresceu apesar de o semeador tê-la esquecido temporariamente, teriam a memória reavivada pelas circunstâncias periódicas de seu trabalho diário. O jardineiro recordar-se-ia da história do grão de mostarda cada vez que plantasse, ou quando contemplasse a frondosa planta com passarinhos pousados nos seus galhos; a dona de casa pensaria na história do fermento, enquanto estivesse trabalhando em sua cozinha; e o pescador com sua rede pensaria novamente nos peixes bons e maus, comparando a escolha de seus peixes ao julgamento futuro. E então, quando o tempo e a experiência, e talvez o sofrimento, os tivessem preparado para pensamentos mais profundos, encontrariam o grão vivo da verdade do Evangelho dentro da casca seca da história simples que lhes fora contada.
JESUS, O CRISTO – James E. Talmage, Capítulo XIX, p.288.

Parábolas em Geral - A característica essencial de uma parábola é a comparação ou semelhança através da qual algum incidente comum e bem compreendido é usado para ilustrar um fato ou princípio não expresso diretamente na história. A ideia de que a parábola se baseia necessariamente em um incidente fictício é incorreta; pois, embora a história ou circunstância da parábola deva ser simples e realmente constituir lugar comum, precisa também ser real. Não existe ficção nas parábolas que estudamos até agora – as histórias básicas são verdadeiras, e as circunstâncias apresentadas, fatos experimentados. A narrativa ou incidente sobre o qual a parábola é construída pode ser um acontecimento real ou fictício, mas, se fictício, a história deve ser consistente e provável, sem adições de circunstâncias incomuns ou miraculosas. Neste aspecto, a parábola difere da fábula, sendo esta última imaginativa, exagerada e improvável quanto ao fato; ademais, a intenção não é a mesma nas duas, uma vez que a parábola tem por objetivo transmitir alguma grande verdade espiritual, enquanto a assim chamada moral da fábula sugere, na melhor das hipóteses, apenas realizações materiais e vantagens pessoais. Histórias de árvores, animais e coisas inanimadas falando umas com as outras ou com homens são totalmente fantásticas; são fábulas ou apólogos, o seu resultado, seja apresentado como bom ou mau – apresenta contraste com as parábolas, não semelhança. O propósito reconhecido da fábula é mais divertir do que ensinar. A parábola pode conter uma narrativa, como nos casos do semeador e do joio, ou meramente um incidente isolado, como o com o grão de mostarda e o fermento.
As alegorias distinguem-se das parábolas pela sua maior extensão e pelos detalhes da história, como também pelo entrelaçamento da narrativa com a lição que tem o propósito de ensinar. Na parábola, esses elementos são distintamente separados. Os mitos são histórias fictícias, algumas vezes com base históricas de fatos, mas destituídas de simbolismo de valor espiritual. Um provérbio é um dito curto e sentencioso, da natureza das máximas, implicando em uma verdade explícita ou sugerida por comparação. Os provérbios e as parábolas estão intimamente relacionados, e na Bíblia os termos são algumas vezes usados alternadamente. (Nota 10, no final do capítulo.) O Velho Testamento contém duas parábolas, algumas fábulas e alegorias, e numerosos provérbios. Destes últimos, possuímos um livro completo. (Nota 10, no final do capítulo.) Natã, o profeta, reprovou o Rei Davi através da parábola da ovelha do homem pobre, e tão convincente foi a sua história, que o rei decretou que se punisse o rico ofensor, sendo dominado pela tristeza e arrependimento, quando o profeta fez a aplicação de sua parábola usando as fatídicas palavras: “Tu és este homem.” (2 Samuel 12:1-7, 13.) A história da vinha, que, embora cercada e bem cuidada, produziu somente uvas bravas e imprestáveis, foi usada por Isaías para retratar o estado pecaminoso de Israel, em sua tentativa para desertar o povo para uma vida de retidão. (Isaías 5:1-7.)
As parábolas do Novo Testamento, proferidas pelo Mestre dos mestres, possuem tal beleza, simplicidade e eficácia, que conquistaram um lugar sem parelho na literatura.
JESUS, O CRISTO – James E. Talmage, Capítulo XIX, pp.289-290.

Nosso Senhor empregou parábolas em muitas ocasiões durante seu ministério, para ensinar verdades do Evangelho. O seu propósito, entretanto, ao contar essas histórias curtas, não eram o de apresentar as verdades do Evangelho claramente. Para que todos os ouvintes as compreendessem. Pelo contrário, eram contadas de modo que se escondesse a doutrina envolvida. Para que somente os espiritualmente letrados pudessem compreendê-las, enquanto as pessoas de entendimento obscurecido permaneceriam nas trevas. Nunca é apropriado ensinar a qualquer pessoa mais do que a sua capacidade espiritual lhe permite assimilar.
ÉLDER BRUCE R. MCONKIE – Manual do Aluno Livro de Mórmon p.136.

Há algo que me auxilia a entender as escrituras. Pergunto: Qual foi o problema que ocasionou a resposta, ou o que levou Jesus a relatar a parábola? (…) Enquanto Jesus ensinava o povo, todos os publicanos e pecadores aproximavam-se para ouvi-Lo. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: ‘Este recebe pecadores, e come com eles’. Eis a chave que esclarece a parábola do filho pródigo. Essa parábola foi dada como resposta às queixas e perguntas dos fariseus e saduceus, que estavam investigando, criticando e dizendo: ‘Como é que este homem, tão grande como afirma ser, senta-se e come com publicanos e pecadores?’
PROFETA JOSEPH SMITH - Ensino, Não Há Maior Chamado, p.54.

(…) O povo (…) não [recebeu] suas palavras (…) Porque não quis ver com seus olhos nem ouvir com seus ouvidos; não porque não podia nem porque não tinha o privilégio de ver e ouvir, mas seu coração estava cheio de iniqüidade e abominação. (…) O motivo por que a multidão (…) não recebeu um esclarecimento de Suas parábolas foi a incredulidade.” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pp. 93–94.)
PROFETA JOSEPH SMITH – O Novo Testamento – Manual do Professor de Doutrina do Evangelho, lição 11, p.45.

O que é uma parábola? Uma história simbólica que ensina verdades do evangelho comparando-as com coisas terrenas. Qual disse Jesus ser Seu propósito ao ensinar por meio de parábolas? Ensinar Sua mensagem aos discípulos e, ao mesmo tempo, ocultá-la dos descrentes. (Mateus 13:10–13.)
O NOVO TESTAMENTO – Manual do Professor de Doutrina do Evangelho, lição 11, p.45.

Parábolas são histórias curtas que ressaltam e ilustram verdades espirituais. As parábolas relatadas por Jesus retratam acontecimentos reais, ou, quando imaginários, são de tal consistência e naturalidade, que podem ser comparados às experiências cotidianas de muitas pessoas.
“Quando se tornou mais intensa a oposição a sua mensagem, o Mestre achou melhor apresentar muitas das verdades de salvação por meio de parábolas, para ocultar sua doutrina daqueles que não estavam preparados para recebê-la. Ele assim procedeu para não jogar sua pérola aos porcos.” (McConkie, Doctrinal New Testament Commentary, volume 1, p. 283.)
“Àquele que é espiritualmente sensível às verdades do evangelho, as parábolas ensinam princípios belos e poderosos. Mas, aos que não têm o espírito alerta, conforme o Élder McConkie salientou, ‘as parábolas raramente esclarecem a verdade; pelo contrário, escondem a doutrina envolvida, para que somente os letrados espirituais possam compreender os preceitos nelas contidos, e sejam aptos a entender seu inteiro significado. Em nenhuma parábola este fato é melhor ilustrado que na do trigo e do joio. Quando Jesus a apresentou pela primeira vez, nem mesmo os discípulos conseguiram entendê-la. Eles pediram ao Salvador que lhes desse a interpretação, e ele assim o fez, pelo menos parcialmente. E finalmente, depois de dar a parábola e sua interpretação ao mundo, o Senhor se dispôs a conceder uma revelação especial nos últimos dias, para que a total significação desta maravilhosa parábola ficasse profundamente gravada em nosso coração’. [D&C 86]” (Doctrinal New Testament Commentary, volume 1, pp. 283-284.)
DOUTRINA E CONVÊNIOS – Manual do Aluno – Curso de Religião 324-325 – Instituto, p. 189.






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