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(NÃO MEXER)

CURTAS - A História Da Cotovia



          O pecado como uma jornada, começa com o primeiro passo; e a sabedoria e a experiência ensinam que é mais fácil resistir à primeira tentação do que às posteriores, quando a transgressão já começou a tomar forma. Isso é demonstrado na história da cotovia. Pousada nos altos ramos de uma árvore, livre de qualquer perigo, viu um viajante caminhando pela floresta com uma misteriosa caixinha preta embaixo do braço. A cotovia voou e pousou no ombro do viajante.
          _ O que você leva nessa caixinha preta? – perguntou o pássaro.
          _ Minhocas – respondeu o viajante.
          _ São para vender?
          _ São, e bem baratas. Só uma pena por minhoca.
          A cotovia pensou um pouco. “Devo ter um milhão de penas. Não vou sentir falta de uma só. Esta é uma boa oportunidade de conseguir um jantar sem nenhum esforço. Então disse que compraria uma. Procurou cuidadosamente embaixo da asa um pena bem pequena. Estremeceu um pouco ao arrancá-la, mas o tamanho e qualidade da minhoca fizeram-na logo esquecer a dor. Lá em cima, na árvore, começou a cantar com a mesma beleza de antes.
          No dia seguinte o homem também apareceu, e mais uma vez ela trocou uma pena por uma minhoca. Que modo maravilhoso e fácil de conseguir um jantar!
          Dali para frente, todo dia a cotovia entregava uma pena, e cada perda parecia doer menos e menos. No começo tinha tantas penas, mas com o passar dos dias sentiu que lhe foi ficando mais difícil voar. Finalmente, após perder uma de suas últimas penas, não conseguia mais alcançar o topo da árvore, muito menos voar tão alto como antes. Esvoaçava no máximo dois metros e via-se forçada a procurar alimento com os belicosos pardais.
          O vendedor de minhocas não apareceu mais, pois não havia mais penas para pagar as refeições. A cotovia deixou de cantar, pois sentia-se envergonhada de seu estado decaído.
          É assim que os hábitos indignos tomam conta de nós – a princípio dolorosamente, depois com maior facilidade, até que por fim nos encontramos destituídos de tudo que nos leva a cantar e voar a grandes altitudes. É assim que se perde a liberdade. É assim que nos envolvemos no pecado.
          Os pecados graves entram em nossas vidas à medida que cedemos às pequenas tentações. É raro alguém envolver-se em transgressões mais sérias sem primeiro ceder às menores, que abrem as portas às maiores. Exemplificando um tipo de pecado, alguém disse: “Um homem honesto não fica repentinamente desonesto, assim como um campo limpo não fica cheio de ervas daninhas de um dia para o outro”.
Spencer W. Kimball - O Milagre do Perdão, p. 206-207.

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