A Vida E
O Tempo ou
O Tempo E
A Vida
Qual é mais importante, a vida ou o tempo?
A vida mortal
é temporária e, comparada à eternidade, infinitamente pequena.
Se uma
gotícula microscópica de água representasse a duração da vida mortal, por
comparação,
todos os
oceanos da terra juntos não poderiam sequer começar a representar a vida
imortal.
Élder Boyd K.
Packer – A Liahona julho de 1991, p.9.
Muitas pessoas
morrem com suas sinfonias ainda inacabadas.
E qual será o
motivo? Em geral é porque elas estão sempre se preparando para viver.
E antes que se
apercebam, já não há mais tempo.
Tagore (Sir
Rabindranath Tagore – Poeta Hindu – 1861-1941)
expressou
pensamento similar nestas palavras:
“Passei meus
dias encordoando e desencordoando meu instrumento,
enquanto que a
canção que vim para executar continua sem ser executada.”
Oliver Wendell
Homes – Médico e Autor Norte Americano – 1809-1894, O Milagre do Perdão p.27.
O desperdício
é injustificável, especialmente o desperdício de tempo –
limitado como
ele é durante os dias de nossa provação.
O ser humano
deve viver, não apenas existir; ele deve agir,
não apenas
ser; ele deve crescer, não apenas vegetar.
Presidente
Spencer W Kimball – O Milagre do Perdão p.94.
Veja mais em –
Morrer, Sem Antes Viver - http://riquezasdaeternidade.blogspot.com.br/2017/01/morrer-sem-antes-viver.html
Conheci um homem, deveras,
um homem muito bom; por estar perto dele durante consideráveis partes de minha vida,
muito em mim, espelhei-me nele. Posso dizer que ele era realmente um homem honesto,
muito trabalhador e nunca o vi mentir; tinha força e determinação em fazer o
que desejava, quando resolveu abandonar certos maus hábitos que lhe faziam mal
a saúde, o fez de forma firme e decidida; era totalmente um homem de família e
uma generosidade como a poucos conheci nesta vida; não tenho nenhuma lembrança
dele agredindo alguém, seja em palavras ou fisicamente; mas era bem posicionado
no que acreditava e bastante crítico, principalmente quando o assunto, era religião.
Viveu bem e morreu idoso, mas, em sua velhice, percebi que em alguns momentos
em sua vida, parecia estar um pouco preocupado com a possível chegada da morte.
Esse, o dia da morte, é um dia que todos nós iremos experimentar, sim, a
sensação de que o nosso tempo está se esgotando e que tudo o que fizemos ou
foi, por nós produzido nesta terra,
talvez não seja o suficiente para uma viagem perfeita e agradável além da
morte.
“O descrente se
agarrará a tudo que puder até encarar a morte e então sua incredulidade
desaparecerá, porque as realidades do mundo eterno estarão diante dele com
vigorosa força; e, quando todo apoio e auxílio terrenos falharem, então sentirá
profundamente a veracidade eterna da imortalidade da alma. Devemos tomar
cuidado e não esperar até o leito da morte para arrepender-nos; porque vemos
bebês serem levados pela morte, e também os jovens e os de meia-idade, tal como
o bebê podem ser subitamente chamados para a eternidade. Que seja um aviso para
todos não procrastinar o arrependimento ou esperar até o leito de morte, porque
é a vontade de Deus que o homem deve arrepender-se e servi-Lo na saúde, força e
poder de sua mente, para assegurar Suas bênçãos, e não esperar até que seja
chamado para morrer.”
Profeta Joseph
Smith – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, Lição 05, p.78.
Há um tempo para todas as
coisas, -”Tudo tem o seu tempo determinado, e todo propósito debaixo
do céu tem o seu tempo:” (Eclesiastes
3:1) - disto todos nós sabemos, mas
infelizmente, como dá a entender em uma das citações acima, passamos nossa vida
“fazendo um monte de coisas que somando, é igual a nada” e não fazemos
aquilo para o qual fomos enviados a realizar nesta terra.
A medida do tempo é perfeitamente igual para todos,
ricos ou pobres, jovens ou adultos, justos ou injustos; hoje, já em uma idade
mais madura, eu penso no passado, e vejo o quanto desperdicei tempo em minha
vida. Fico preocupado, mas não apavorado, porque imagino que sendo Deus, um Pai
bondoso, Ele já tenha computado este período de desperdício de nossos dias e
assim, nos concedeu um bônus extra em dias a mais de vida.
Há uma multidão de “bons motivos” para que cometamos
o pecado do desperdício do tempo, o nome que se dá a este pecado, é a
procrastinação. O melhor conselho neste caso é não ficar perdendo mais tempo,
principalmente em ficar a lamentar o que já se passou; é preciso parar os maus
hábitos, pois são eles, estes nossos vícios, que consomem mais do nosso tempo.
“Existem
tantas coisas fascinantes e envolventes que deseja fazer ou tantos desafios que
o oprimem a ponto de impedi-lo de dar atenção ao que é essencial? Quando as
coisas do mundo se avolumam, com demasiada frequência as coisas erradas assumem
a maior prioridade. Então, torna-se fácil esquecer o propósito fundamental da vida.
Satanás conta com uma ferramenta eficaz para usar contra as pessoas boas. É a
distração. Ele faz com que as pessoas preencham a vida de “coisas boas” de modo
a não deixar espaço para o que é essencial. Você já caiu inconscientemente
nessa armadilha?”
Élder Richard G.
Scott – Do Quórum dos Doze Apóstolos – “Primeiro o Mais Importante”
– A Liahona Abril/2001.
AS MUITAS MANEIRAS QUE PODEMOS
DESPERDIÇAR O TEMPO DE NOSSOS DIAS NESTA VIDA TERRENA.
DESPERDIÇANDO NOSSO TEMPO COM FUTILIDADES
“Conheci,
recentemente, um rapaz inteligente e com grande potencial. Ele estava indeciso
quanto à missão e resolveu não frequentar a universidade agora. Em seu tempo
livre, só faz o que gosta de fazer. Não trabalha porque não precisa e porque
isso lhe roubaria horas de lazer. Passou pelas aulas do seminário sem se
preocupar muito em aplicar na vida pessoal o conhecimento adquirido.
Aconselhei: “Você está fazendo escolhas hoje que parecem dar-lhe tudo o que
quer: uma vida fácil com entretenimento abundante e pouco sacrifício. Pode
fazer isso por algum tempo, mas cada decisão que tomar limitará seu futuro.
Você está eliminando possibilidades e opções. Muito em breve chegará o dia em
que passará o resto da vida fazendo coisas que não quer e em lugares em que não
deseja estar, pois não se preparou. Você não está aproveitando suas
oportunidades.”
Élder Richard G.
Scott – Do Quórum dos Doze Apóstolos – “Primeiro o Mais Importante”
– A Liahona Abril/2001.
Creio que o desperdício, não se dá, tanto pelo fato “do
que fazemos”, mas sim, é mais, “por quanto tempo o fazemos”. Não há
nada de errado em passear, dormir, divertir, descansar, navegar na web e ler; o
mal se somará na medida em que insistimos naquilo que nada nos edifica e ou, que
não contribua para o valor e crescimento de sua ou da alma de nosso próximo. O
nome que damos a insistência em fazer coisas sem significância para a alma, é o
mesmo nome que se dá para aquele que passa os seus dias na preguiça, é o, ócio,
ou seja, o ocioso.
O tempo despendido na ociosidade, é tudo que não
soma, não edifica e não contribui para o bem; pode-se ser comparada a situação
imaginária de um homem que recebeu uma pequena fortuna, e ao longo de sua vida,
desfrutou do consumo de muitas coisas boas, mas, supérfluo; e chegando o fim de
sua riqueza, vendo-se rodeado de dívidas, resolveu vender algum de seus bens
adquiridos para saldar compromissos e manter-se vivo; qual foi sua surpresa, ao
perceber que não havia adquirido bem algum que fosse de interesse ou de natureza
comercial. Não adquiriu nenhum imóvel, não fez nenhum investimento em ações ou na
bolsa de valores, nenhuma reserva em uma conta de poupança, nada que fosse
sólido; ele possuía muita coisa, mas ao final, tudo não passava de futilidades.
“De todo o tempo
que foi concedido ao homem na terra, nenhum lhe foi dado para perder ou
desperdiçar. Depois que obtemos o descanso que nos é necessário, não existe um
dia, hora ou minuto que possamos passar ociosamente. Devemos usar cada minuto
de todos os dias da vida para desenvolver nossa mente e aumentar a fé no santo
evangelho, em caridade, paciência e boas obras, para que possamos crescer no conhecimento
da verdade, conforme foi dito, escrito e profetizado.”
Presidente
Brigham Young – Discursos de Brigham Young p.290.
DESPERDIÇANDO NOSSO TEMPO FAZENDO
DÍVIDAS E PRATICANDO A DESONESTIDADE
“Samuel Johnson
disse: "Se não se acostumarem a considerar a dívida como uma
inconveniência, descobrirão que ela se tornará uma calamidade".”
Élder Joe J.
Christensen - A Liahona julho de 1999, p.11.
Pouca coisa na vida me consumiu mais tempo do que
quando nas vezes em que me endividei. Talvez, o desonesto não sofra este
tormento em pensar como vai saldar isto ou aquilo que deva; mas, para mim,
muito de meu tempo ficou perdido em buscar “um momento mágico de dentro da
cartola” para que aparecesse algum recurso financeiro e pagasse minhas dívidas
e pudesse voltar a viver novamente em paz. Em certo altura de minha juventude,
quando estando consideravelmente endividado, perdia tempo em planejar um
trajeto pelo qual iria passar, para que assim pudesse “fugir” dos cobradores. As
dívidas assumidas nunca acontecem bruscamente, mas geralmente começa com os desejos
de consumos inapropriados; seria o mesmo que desejar algo, por que não tenho,
mas meus amigos possuem; nestas horas, há uma frase perigosa que se faz vencer em
nossa mente, “Eu mereço”; enfim, as dívidas de compras inadequadas são frutos
de nossa inveja, orgulho e cobiça e geralmente são objetos e serviços de
supérfluos.
“É uma regra em
nossa vida financeira e econômica, em qualquer lugar do mundo, que devemos
pagar juros pelo dinheiro que tomamos por empréstimo. (...)
O juro nunca
dorme, nem fica doente nem morre; ele nunca vai para o hospital; trabalha nos
domingos e feriados; nunca tira férias; nunca visita alguém, nem viaja; nunca
se diverte; nunca deixa de trabalhar nem é despedido do emprego; nunca reduz
sua carga de trabalho. (...) Quando você faz uma dívida, o juro é seu
companheiro a cada minuto do dia e da noite; você não pode fugir nem escapar
dele; não pode mandá-lo embora; ele não cede a súplicas, exigências ou ordens;
e sempre que você ficar em seu caminho, cruzar a frente dele, ou deixar de
cumprir suas exigências, ele o esmaga.”
Presidente
J. Reuben Clark Jr. – Citado Por Presidente Thomas S. Monson – A Liahona maio de 2005,
p.20.
Outra lembrança de quando estava seriamente
endividado, foi quando minha mãe passando ao lado do meu quarto e vendo-me
deitado, percebeu que eu estava por demais concentrado e com um olhar
penetrante e fixo no teto, então me perguntou: “_ Tá devendo né meu filho?”.
As dívidas, além do nosso tempo, consomem também a
nossa paz, atormenta a própria alma, não dá descanso; rompe nossa rotina e
bagunça nossos planos; tira o sabor e a alegria do dia a dia, é como um câncer,
pois por mais que desejamos dele fugir e ou enganar, no final, lá está ele, o
companheiro indesejado. Passava eu os
meus dias, aborrecido, alterava o meu viver, adiava os meus sonhos.
Torna-nos, um escravo; as coisas ainda podem em muito
piorar, pois a nossa tendência é procurar a quem nos possa socorrer, geralmente
os amigos; passamos a fase dois da desonestidade; a primeira, comprar sem ter
garantias reais de recursos para saldar os compromissos assumidos, a segunda,
tornar o nosso fardo, o fardo no ombro do alheio; já cometemos um erro no
primeiro passo, agora, para descanso próprio, assumimos outro compromisso para
tampar um “buraco negro” que nos suga o descanso e a paz; mas fazer isto, pedindo
emprestado para outra pessoa, pior ainda, sabendo que as chances reais de
cumprir este pagamento são mínimas ou nulas, é canalhice e deslealdade nossa.
“Um homem que
contrai dívidas, quando não tem qualquer meio de pagá-las, não compreende os
princípios que devem prevalecer numa comunidade bem organizada, ou é
propositadamente desonesto.”
Presidente
Brigham Young – Discursos de Brigham Young p.304
“Já é uma atitude
bastante degradante ao caráter de qualquer ser humano tomar emprestado de um
inimigo e não reembolsá-lo, porém todos os que tomam emprestado de um amigo,
especialmente de um que é pobre, e não lhe pagam, não merecem conviver com os
santos.”
Presidente
Brigham Young – Discursos de Brigham Young p.304.
DESPERDIÇANDO NOSSO TEMPO
QUANDO NÃO PERDOAMOS
Conheci uma pessoa certa vez quando estava em viagem,
mal sabia eu que ele seria um de meus maiores amigos; durante nossa amizade,
trabalhamos juntos e percebemos o quanto um era tão honesto quanto o outro. Por
vezes, trocamos favores em ajuda mútua, e nunca vimos um ou o outro usar de má
fé, seja com os outros, e ou, mesmo entre nós.
Mas, em certa ocasião, uma grave crise financeira se
instalou sobre o nosso país, ele endividou-se de uma forma que nem ele e nem
mesmo eu podíamos juntos, saldar seus compromissos. Quando percebeu que nada
mais poderia fazer, e vendo que sua dívida crescia rapidamente devido aos
juros, ligou-me com sentimentos de profunda instabilidade emocional e, como um
leal amigo, ofereci-lhe a única coisa que possuía no momento, um conselho. Disse-lhe,
que deveria vender a sua casa, saldar suas dívidas e procurar outro imóvel mais
barato para comprar, e assim, encontrar paz para viver. Por telefone fiz isso,
mas deu claramente para perceber sua profunda decepção. Por considerável tempo
ele não mais se comunicou comigo e eu respeitei os seus sentimentos e a delicada
situação, mantendo-me afastado.
Minha preocupação se tornou em alegria, quando enfim
ele me procurou e com felicidades visíveis, mostrou-me sua nova casa, ainda que
um pouco menor, mas muito mais bem localizada, e disse-me, “agora, não devo a mais
ninguém”.
Como um bom homem que era este meu amigo, ainda que a
princípio sentiu-se abandonado e ou ofendido por não lhe poder estender uma
ajuda financeira e sim, um conselho assustador e de difícil aceitação, superou-se
e percebeu que a situação somente poderia ser resolvida se fizesse o que era
mais prudente e sensato, vender seu único imóvel. Para mim, não havia
dificuldades em apenas dar o conselho, mas para quem já estava em agonia e
atormentado pelo peso da dívida, precisou vencer sua arrogância e orgulho para
receber luz e poder do alto.
Qual é a nossa reação, quando
somos ofendidos, mal interpretados, tratados injusta ou maldosamente, quando
alguém peca contra nós, quando nos acusam de ofender alguém por algo que
dissemos, quando somos desprezados, magoados por aqueles a quem amamos, ou
nossas ofertas rejeitadas?
Nós nos
ressentimos, tornamo-nos amargos, guardamos rancor? Ou resolvemos o problema,
se pudermos, perdoamos, e livramo-nos da carga?
A natureza de
nossa reação a tais situações poderá determinar a natureza e a qualidade de
nossas vidas, aqui e eternamente.
Élder Marion D
Hanks – Guia De Estudo Pessoal Do Sacerdócio De Melquisedeque – 4 – lição 10
p.30.
Tenho comigo, a opinião que o
mandamento mais difícil de cumprir nesta vida, é o ato de perdoar ao nosso
próximo. De todas as ofertas que podemos oferecer a Deus como prova suprema de nosso
amor a Ele, é o perdão. É desafiador; exige o mais alto refino da alma, um ato supremo
que define e separa e desafia o verdadeiro discípulo do Mestre; com certeza, é
aqui, nesta prova de fogo, onde limites e barreiras são rompidos, nesta hora,
se torna o passo mais importante de nosso aproximar de Jesus Cristo; de todas
as obras do Salvador, perdoar ao próximo, foi a mais sublime e eficaz de todas,
e Ele, o fez de tal maneira e poder, que necessitou ser exposto ao alto de uma
cruz após já ter sido esmagado e moído, física e espiritualmente, no Jardim do
Getsêmani.
É difícil não ver um grande
homem, quando profundamente decidido a obedecer a Deus, ajoelhar-se, e em lágrimas
sinceras, suplicar forças, para enfim, perdoar em definitivo, a seu próximo.
“Mesmo que possa
parecer que alguém mereça nosso ressentimento ou ódio, nenhum de nós pode
dar-se ao luxo de pagar o preço do ressentimento e do ódio, por causa de suas
consequências sobre nossa pessoa.”
Élder Marion D. Hanks – Curso B,
Mestres, p.19.
Percebi ao longo de minha
vida, após ouvir e vivenciar, tanto a mim, em situações pessoais, quanto também
nos momentos da vida alheia, que de todas, a mais difícil e desafiadora hora ou
momento, é a de perdoar, particularmente, nosso cônjuge, filho, pais,
familiares e amigos próximos; estes, a quem muito oferecemos, e aqueles dos quais,
jamais imaginávamos vir, o pior do ser humano, a traição.
Perdoar a alguém que mora longe
e quase não os encontramos; perdoar a quem para nos é um tanto estranho, ou,
que não o veremos mais; perdoar a aquele que pouco nos doamos por ele, é bem
mais fácil; o desafio final, é perdoar o mais próximo de nosso próximo.
Será necessário um esforço sobre-humano,
será preciso recorrer à ajuda divina, quando for preciso aplicar o perdão a
aquele com quem compartilhamos nossa intimidade, a quem expomos nossos sonhos,
dividimos e confessamos nossos desejos e fraquezas e compartilhamos o interior
de nosso coração de portas abertas, e depois, deste, recebemos como recompensa,
a vil traição. São nestas duras, sombrias e longas horas, e, vivendo um profundo
pesar e severa reflexão, que podemos saber “o que”, e “o quanto” de bom existe realmente,
dentro de nossa alma.
De todas as provas que Deus possa
nos oferecer, esta, está sem dúvida entre as mais duras para um imperfeito e
orgulhoso coração humano. O dinheiro roubado, a mentira lançada, o acordo
quebrado, a intimidade dividida, tudo é possível ser esquecido, mas duro, é
esquecer quem foi o autor de todas estas coisas, e além de tudo, perdoar, e na
maioria das pessoas deste grupo, ainda precisamos com ele, conviver, amar e
socorrer no futuro. Será preciso usar o mais nobre que em ti existe, e ainda,
dividir com ele, suas reservas de amor.
“Às vezes o
espírito do perdão é elevado ao seu ponto mais sublime – ajudar o ofensor. Não
ser vingativo, não se importar com o que a justiça ultrajada poderia exigir,
deixar o ofensor nas mãos de Deus, é um ato admirável. Porém, pagar o mal com o
bem é a expressão mais sublime do amor cristão.”
Presidente
Spencer W Kimball – O Milagre do Perdão p.271.
“(...)
O Senhor não transformará as esperanças, desejos e intenções das pessoas em atos. Compete a cada
um de nós faze-lo por si mesmo. (...).”
Presidente
Spencer W Kimball – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, lição 01, p..9.
Enfim, não
perdoar é viver em um estado de defesa e recuo, de prontidão, é estar armado
minuto a minuto, perdemos a noção do tempo e do espaço por estarmos absorvidos
e presos a um só pensamento; quando não perdoamos, manchamos a alma com a nódoa
do ódio; sujamos nosso coração com o sangue alheio, espiritualmente falando.
Pior do que as dívidas financeiras, são as dívidas espirituais, e o ódio que
nasce pela semente do ato de não aceitar ou perdoar, é um tormento, é um
inferno ambulante que carregamos dentro de nós. Quando mais intenso seja o
nosso ódio advindo pela mágoa e tristeza, mais difícil se torna o ato de
esquecer e enfim perdoar ao nosso semelhante, o segredo então, é agir rapidamente.
O animal maligno dentro de nós não crescerá se não o alimentarmos com as farpas
da raiva, a ira e as razões pessoais. Torna-se mais fácil vencer este
extraordinário desafio e mandamento, se voltarmos nossa mente e coração para o
sacrifício de nosso Salvador e Redentor Jesus Cristo. Imaginar o quanto foi
mais difícil para este Ser tão bondoso e sem mácula, ter de suportar algo a
mais, devido a mais “este pecado que atualmente eu esteja cometendo”. Desfrutar
do espírito que nos convida a volver o nosso coração ao Cristo, é um recurso
divino e redentor, produzido pelo amor de Deus e também, pela expiação do
Mestre.
O MAIOR DE TODOS OS
DESPERDÍCIOS – NÃO AMANDO A DEUS E NÃO RECONHECENDO SUA MÃO EM TODAS AS COISAS
Creio que de todos os pecados do desperdício que eu
possa ter cometido nesta vida, nada me fará mais falta, seja no futuro perante
meus descendentes ou também, mesmo diante do grande tribunal de Deus no último
dia, do que não ter amado a Deus e ao meu próximo da forma mais sublime, relevante
e adequada. Será perturbador para qualquer alma, ser cobrado por algo que sabia
que devia fazer e não o fez, e saber que, não há mais tempo algum para reparar
este mal tão grande de ingratidão. “Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.” (Mateus 25:30).
“Como podeis
dizer se alguém é convertido a Jesus Cristo?... O melhor e mais evidente
indício de que estamos progredindo espiritualmente e achegando-nos a Cristo é a
maneira de como tratamos as pessoas.”
Élder Ashton – Do
Quórum dos Doze – Abril 1992.
“O
orgulho é essencialmente competitivo por natureza. Lançamos nossa vontade
contra a de Deus (…) no sentido de ‘seja feita a minha vontade e não a Tua’.
(…) Nosso desejo de competir com a vontade de Deus dá vazão desenfreada aos
desejos, apetites e paixões. (Ver Alma 38:12; 3 Néfi 12:30.) (…)
Nossa
inimizade para com Deus assume muitos rótulos, como rebeldia, coração
endurecido, obstinação, impenitência, soberba, suscetibilidade [ou disposição
para ressentir-se com facilidade] e incredulidade. Os orgulhosos querem que
Deus concorde com eles. Não estão interessados em mudar de opinião para
concordar com Deus.”
Presidente
Ezra Taft Benson - A Liahona, julho de 1989, p. 3.
“Acredito
que um dos maiores pecados de que os habitantes da terra são culpados,
atualmente, é o da ingratidão... Quando surge um homem dotado de dons
extraordinários ou de grande inteligência, isso acontece para que ele sirva de
instrumento na descoberta de algum princípio importante, e o indivíduo – com o
apoio do mundo – atribui a si próprio a sua grande inteligência e sabedoria. O
sucesso ele deve apenas às suas próprias energias, trabalho e capacidade
mental. Não reconhece a mão de Deus em nada que se relacione com suas vitórias,
mas ignora-a completamente e toma para si a honra. Isto se aplica a quase todo
o mundo. Em todas as grandes descobertas da ciência, da arte, da mecânica e em
todo o progresso material da época, o mundo diz: “Nós fizemos isso”. O
indivíduo diz: “Eu fiz isso”, e não dá honra ou crédito a Deus. Nas revelações
dadas ao profeta Joseph Smith, está escrito que, por causa disso, Deus não está
satisfeito, mas irado com os habitantes da terra, pois não reconhecem Sua mão
em todas as coisas.”
Profeta
Joseph Smith – Manual Da Escola Dominical – O Livro de Mórmon p.158.
Demonstramos, como falta de amor
a Deus, quando não reconhecemos as grandes obras e maravilhas por Ele
realizadas; isto fazemos, quando não damos ouvidos a Seus conselhos e ou
mandamentos, o mais comum destes, é não seguindo os passos de Jesus Cristo.
Ao estar em visita na casa de uma
família, de todas as coisas piores que podemos fazer para trazer a ira dos
presentes, é a de maltratar os filhos; igual maneira, ofendemos em muito a
Deus, ao ignorar o grande sacrifício oferecido por ambos, O Pai por enviar o
Filho, e o Filho, por descer em nosso meio a pedido do Pai, e enfim,
entregar-se a todas as chibatadas, injurias, cuspidas e pedradas sofridas pelos
nossos pecados. Ao nos dirigirmos a Deidade, o façamos com submissão e
santidade; ao olharmos para o alto e buscarmos a atenção celestial, que o
façamos em sublime e reverente oração; ao aspirarmos o auxílio do Alto, curvemos
nossa dura cerviz, e confessemos nossa impureza, reconhecendo uma eterna
dependência dos conselhos do Eterno. Enfim, se não desejas seguir ao Pai
Celestial, e também a não permitir que as bênçãos da expiação do Cristo venham
e lavem sua imundície, jamais, mas jamais mesmo, permita que teus lábios macule
o que santo, que os teus olhos se volte com ira aos céus e o teu dedo se volte
a apontar contra o Sublime Senhor dos Senhores. Aceita que és pequeno, e espera
sempre pela divina misericórdia, há sim, de restar algo para ti.
AFINAL, QUAL É MAIS IMPORTANTE, A VIDA OU O TEMPO?
A vida é, e sempre será mais
importante do que o tempo; no entanto, o tempo é um fator predominantemente
essencial em nossa vida; é o bom uso dele que fará com que benefícios e
progressos nos afetem ou nos atinja o nosso ser e nos erga a céus mais elevados
no decorrer da eternidade. “Conheço um
homem em Cristo que há quatorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo,
não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu.” (2 Coríntios 12:2)
Já o mau uso do tempo, nos fará
um freio espiritual em nossos pés e deixaremos de percorrer caminhos que nos
levariam a alegrias e felicidades perpétuas. O tempo, pode ser a sua oportunidade
de preparação para a maior de todas as felicidades, a exaltação eterna na Casa
do Pai Celeste, desfrutando de todas as bênçãos já prometidas e mencionadas
através das ordenanças e convênios já anteriormente realizadas; mas, este mesmo
tempo, indevidamente vivido, trará imposições negativas em nossa vida. Seremos
sujeitos às consequências das escolhas que fizemos quanto ao uso do tempo a nós
concedido, e de todos os tempos que recebemos, ou que ainda iremos receber no
futuro, nenhum é mais importante ou crucial do que este tempo de agora, sim, hoje,
agora, nesta vida mortal.
“O que temos a
nosso dispor? Nosso tempo. Despendam-no como quiserem. O tempo é dado a vocês.
Quando ele é despendido da melhor maneira possível para promover a verdade
sobre a Terra, receberemos crédito por isso e seremos abençoados. Todavia, se
desperdiçarmos nosso tempo ociosa e tolamente, prestaremos conta disso.”
Presidente
Brigham Young – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, lição 31, p.225.
“...
Na vida nenhuma estrada pode ser percorrida outra vez exatamente como antes.
Não podemos recomeçar de onde estávamos. Temos de começar de onde estamos e na
eternidade da existência, esse é um fato tranquilizador. Não há virtualmente
nada de que o homem não possa afastar-se, desde que deseje de fato fazê-lo
(...) Não existe virtualmente nenhum hábito que ele não possa abandonar, desde
que se determine a agir desse modo...”
Richard
L. Evans – O Milagre do Perdão p.168.
O tempo é como uma chave, serve
tanto para abrir as portas para a nossa liberdade, assim também como, para
trancar-nos e privar-nos da verdadeira e total liberdade. O curioso é que a
chave está exatamente em nossas mãos; podemos iniciar o seu girar dentro da
fechadura de nossa vida, tanto para um lado como para o outro; de um lado,
giramos em direção as coisas que nos agradam e saciam nossos apetites, desejos
e vontade carnal, mas que são contrárias aos desejos de Deus, tornando-nos
indiferentes, ingratos e inimigos do Salvador; por outro lado, giramos a favor
da vontade e conselhos de um Pai amoroso e fiel, tornamo-nos assim, produto
final do que fazemos, homens e mulheres semelhantes ao Cristo, pois Ele, fez
exatamente assim, caminhou os passos quando guiado do Alto.
De todas as coisas, uma é a que
mais me entristece, seja vindo de mim mesmo, ou daqueles que amamos; sabemos,
sim, todos nós sabemos, onde estão as nossas falhas, e sabemos mais, sabemos
quais deveriam ser as nossas devidas atitudes para combatê-las; a maioria das
pessoas prefere adiar estas mudanças, se satisfazem em bebericar na taça “atraente
e saborosa da poção venenosa do maligno” e com o passar do tempo, somos então,
entorpecidos pelo efeito procrastinatório desta bebida sedutora e mortal do
inferno.
Por isto, o Cristo veio a nós,
sim, por tal razão, “o Verbo se fez carne”.
Com isto, se fizeram necessários
a cruz e o jardim do Getsêmani.
Então, rompamos a nossa alma ao
alto, em júbilo glorioso, e brademos o Nome dos Nomes Oh sim, a quem é o grande
e maravilhoso, Jesus Cristo.
“Pois eis
que o Senhor vosso Redentor sofreu a morte na
carne; portanto, sofreu a dor de
todos os homens, para que todos os homens se arrependessem e viessem a ele.” (Doutrina e Convênios 18:11)
“Jamais pedirei
ao Senhor que faça aquilo que não estou disposto a fazer.”
Presidente
Brigham Young – Discursos de Brigham Young p.43.
“Os poderes da fé
são ativados pela ação. Precisamos fazer a nossa parte. Precisamos
preparar-nos. Precisamos fazer tudo o que estiver em nosso alcance, e seremos
abençoados em nossos trabalho e empenho.”
Élder Joseph B Wirthlin – A Liahona ago / 2004 p.19.
“Façam
tudo o que puderem e deixem o restante para Deus, o Pai de todos nós. Não basta
dizer: farei o melhor possível, mas sim tudo o que estiver dentro de minhas
forças; farei tudo o que for necessário.”
Presidente
Harold B. Lee – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, lição 01, p. 8.
“(...)
O mais importante na vida não são as coisas que acontecem conosco, mas nossa
reação diante delas. Isso é o que importa.”
Presidente
Harold B. Lee – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, lição 22, p. 211.
Cássio B.
Piazzarolo
Veja mais em –
Morrer, Sem Antes Viver - http://riquezasdaeternidade.blogspot.com.br/2017/01/morrer-sem-antes-viver.html
Um comentário:
A maior da gratidão é saber que temos um tempo de preparação para eternidade e usarmos este tempo com sabedoria depende de nossa verdadeira devoção ao Salvador. Pois qdo devotamos nossa vida ao Salvador ,vivemos em prol do nosso próximo . " Pois qdo estais ao serviço do próximo estais ao serviço de Deus. "Este é o tempo para nos preparar para a eternidade.
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