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(NÃO MEXER)

Tentação

As Tentações de Cristo - Logo após seu batismo, imediatamente a seguir, como declara Marcos, Jesus foi impelido pela inspiração do Espírito a apartar-se dos homens e das distrações da vida em comunidade, retirando-se para o deserto, onde estaria livre para se comunicar com seu Deus. Tão vigorosa foi a influência daquela força compulsora, que ele foi levado ou, como dizem os evangelistas, impelido a uma reclusão solitária, na qual permaneceu por quarenta dias, “entre as feras” do deserto. Esse notável episódio da vida de nosso Senhor é descrito, embora não com a mesma amplitude, em três dos Evangelhos; (Mateus 4:1-11; Marcos 1:12,13; Lucas 4:1-13.) João silencia a respeito do assunto.
As circunstâncias que envolveram esses dias de exílio e provação devem ter sido relatadas pelo próprio Jesus, pois não houve qualquer outra testemunha humana. As narrativas registradas tratam principalmente dos fatos que marcaram o encerramento do período de quarenta dias, mas, consideradas em sua totalidade, deixam fora de dúvida o fato de que aqueles foram dias de jejum e oração. A compreensão de que era o Messias escolhido e preordenado chegou a Cristo gradualmente. Como o demonstram as palavras à sua mãe, por ocasião da memorável entrevista com os doutores no pátio do templo, ele sabia, quando apenas um garoto de doze anos, que, em um sentido particular e pessoal, ele era o Filho de Deus; entretanto, é evidente que a compreensão do significado pleno de sua missão terrena se desenvolveu em seu íntimo somente na medida em que aumentava, passo a passo, a sua sabedoria. Seu reconhecimento pelo Pai e a companhia permanente do Espírito Santo abriram-lhe a alma para o glorioso fato de sua divindade. Ele tinha muito em que pensar, muita coisa que exigia oração, e a comunhão de Deus, que somente a prece pode proporcionar. Durante todo o período de recolhimento, não comeu, mas decidiu jejuar, a fim de que o corpo mortal pudesse, mais completamente, sujeitar-se a seu espírito divino.
Então, quando estava faminto e fisicamente enfraquecido, o tentador apresentou-se-lhe com a insidiosa sugestão de que fizesse uso de seus poderes extraordinários para obter alimento. Satanás havia escolhido o momento mais propício para seu propósito maligno. Que não farão os mortais, a que ponto os homens não tem chegado, para aplacar os tormentos da fome? Esaú vendeu sua primogenitura por um prato de comida. Homens já lutaram como feras por causa de alimento. Mulheres têm trucidado e devorado seus próprios filhos, para aplacar o tormento da fome. De tudo isto tinha consciência Satanás, quando se apresentou a Cristo naquela hora de extrema necessidade física e lhe disse? “Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem pães.” Durante as longas semanas de recolhimento, nosso Senhor fora sustentado pela exaltação do espírito que, naturalmente, acompanharia tão absorvente concentração mental com a que seu prolongado refletir e comunhão com os céus, sem dúvida alguma, produzira; em tão profunda devoção espiritual, os apetites corporais foram subjugados e superados; mas a reação da carne era inevitável.
Faminto como estava Jesus, encerravam as palavras de Satanás uma tentação ainda maior que a sugestão de que provesse alimento para seu corpo esfaimado – a tentação de pôr à prova a possível dúvida implicada na palavra “Se” do tentador. O Pai Eterno havia proclamado a Jesus como seu Filho; o demônio tentava fazer o Filho duvidar do parentesco divino. Por que não provar o interesse do Pai por seu Filho, neste momento de extrema necessidade? Seria próprio que o Filho de Deus padecesse fome? Teria o Pai tão depressa se esquecido dele, a ponto de permitir que seu Filho Amado assim sofresse? Não seria razoável que Jesus, debilitado pela longa abstinência, provasse para si mesmo, particularmente quando isto lhe era facultado, por meio de uma simples ordem, se a voz ouvida em seu batismo havia sido realmente a do Pai Eterno? Se em verdade tu és o Filho de Deus, demonstra teu poder e ao mesmo tempo satisfaze tua fome – eis o sentido da diabólica sugestão. Consentir teria significado manifestar dúvida positiva sobre a proclamação do Pai.
E, mais que isto, o poder superior que Jesus possuía não lhe tinha sido dado para satisfação pessoal, mas para serviço ao próximo. Ele deveria experimentar todas as provações da mortalidade; outro homem, tão faminto quanto ele, não poderia prover para si miraculosamente; e mesmo que por milagre tal pessoa fosse alimentada, a provisão miraculosa teria que lhe ser dada, não obtida por si própria. Era uma consequência necessária da natureza dupla de nosso Senhor, que abrangia os atributos tanto de Deus quanto do homem, que ele devesse suportar e sofrer como um mortal, embora possuísse, durante todo o tempo, a capacidade de invocar o poder de sua própria divindade, pelo qual todas as necessidades corporais poderiam ser supridas ou sobrepujadas. Sua réplica ao tentador foi sublime, e positivamente conclusiva: “Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mateus 4:4; Comparar Deuteronômio 8:3.) A palavra proveniente da boca de Deus, sobre a qual Satanás pretendia lançar dúvida, fora a de que Jesus era o Filho Amado em quem o Pai se comprazia. O demônio havia sido derrotado; Cristo triunfara.
Compreendendo que havia fracassado totalmente na tentativa de induzir Jesus a empregar, em benefício pessoal, o poder que lhe era inerente, confiando em si próprio, ao invés de contar com a providência do Pai, Satanás passou ao outro extremo, tentando induzir Jesus a atirar-se caprichosamente à proteção do Pai. (Nota 4, no final do capítulo.) Jesus achava-se em um dos lugares altos do templo, num pináculo ou parapeito que dava para os espaçosos pátios, quando o demônio lhe disse: “Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito: e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.” Novamente a implicação da dúvida. (Nota 5, no final do capítulo. Ver também, capítulo XXXV 6ª parágrafo do tópico: A Crucificação.) Se Jesus era de fato o Filho de Deus, não poderia confiar em que seu Pai o salvasse, particularmente estando escrito (Mateus 4:6; Salmos 91:11,12.) que anjos o guardariam e susteriam? A réplica de Cristo ao tentador, no deserto, incluíra a citação de uma Escritura, que ele introduzira com a expressiva fórmula comum aos expositores da Sagrada Escritura – “Está escrito.” Na segunda tentativa, o demônio procurou apoiar sua gestão nas escrituras e empregou expressão semelhante – “pois está escrito.” Nosso Senhor refutou e retrucou à citação diabólica com uma outra, dizendo: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.” (Mateus 4:5-7; comparar Deuteronômio 6:16.)
Além da provocação para que pecasse desafiando o perigo por capricho, para que o amor do pai pudesse manifestar-se num salvamento miraculoso, ou, através da recusa em pôr à prova a interferência do Pai, revelar dúvida quanto a sua posição como o Filho Amado, ocultava-se ali um apelo ao lado humano da natureza de Cristo, sob a forma da fama que tão extraordinária façanha, qual seja a de projetar-se das alturas estonteantes do pináculo do templo, pousando ileso, certamente lhe traria. Não podemos resistir ao pensamento, apesar de não sermos justificados em dizer que tal ideia tenha nem momentaneamente encontrado eco no Salvador, de que o agir conforme a sugestão de Satanás, convindo-se naturalmente em que o resultado fosse o previsto por ele, teria assegurado o reconhecimento público de Jesus como um Ser superior aos mortais. Teria sido verdadeiramente um sinal e um assombro, cuja fama se alastraria como o fogo na grama seca; e toda a comunidade judaica se inflaria de entusiasmo e interesse pelo Cristo.
A fulgurante sofística da citação de Satanás não era digna de uma resposta categórica; sua doutrina não merecia lógica nem raciocínio; a falseada aplicação da palavra escrita anulava-se com uma escritura adequada; as linhas do salmista foram confrontadas com o comando categórico do profeta do Êxodo, no qual ordenara a Israel que não provocasse nem tentasse o Senhor a obrar milagres entre eles. Satanás quis induzir Jesus a tentar o Pai. É tão blasfema a tentativa de interferência com as prerrogativas da Divindade, estabelecendo limitações ou fixando tempo ou local em que o divino poder deve fazer-se manifesto, quanto o é tentar usurpar aquele poder. Deus, e só Deus deve decidir quando e como suas maravilhas serão operadas. Ainda uma vez, os propósitos de Satanás foram frustrados e Cristo novamente venceu.
Na terceira tentação, o demônio absteve-se de outro apelo para que Jesus pusesse à prova seus próprios poderes ou os do Pai. Duas vezes derrotado, o tentador deixou de lado aquele plano de ataque; e, abandonando qualquer tentativa de disfarçar seus propósitos, fez-lhe uma proposta explícita. Do topo de uma montanha elevada, Jesus visualizava a terra, com suas riquezas em cidades e campos, as vinhas e os pomares, os rebanhos e as manadas; e em visão, contemplou os reinos do mundo, com suas riquezas, esplendor e glória terrena. Disse-lhe, então, Satanás: “Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.” Assim escreveu Mateus; a versão de Lucas, mais extensa, é a seguinte: “E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.” Não devemos preocupar-nos com conjeturas quanto a se Satanás teria cumprido sua promessa no caso de Cristo render-lhe homenagem; certo é que Cristo poderia ter estendido as mãos e recolhido as riquezas e a glória do mundo, se desejasse fazê-lo, fracassando, assim, em sua missão messiânica. Isto Satanás compreendia plenamente. Muitos homens têm-se vendido ao diabo por um reino e por muito menos, sim, até mesmo por uns míseros centavos.
A insolência de sua oferta era em si própria diabólica. Cristo, o Criador do céu e da terra, revestido como então estava de um corpo mortal, poderia não se ter recordado de seu estado pré-existente ou do papel que desempenhara no grande Conselho dos Deuses, (Leiam-se os primeiros parágrafos do capítulo 2 deste livro, para comparação.) enquanto Satanás, espírito sem tabernáculo, - o deserdado, o filho rebelde rejeitado – procurando tentar o Ser através do qual o mundo fora criado, com a promessa de dar-lhe parte do que era inteiramente seu, ainda podia ter, e na verdade pode ainda ter uma lembrança daquelas cenas primevas. Naquele passado distante, antedatando a criação da terra, Satanás, então Lúcifer, uma filho da alva, havia sido rejeitado; e o Primogênito fora escolhido. Agora que o Escolhido estava sujeito às provações da mortalidade, Satanás tentava frustrar o propósito divino, dominando o Filho de Deus. Ele, que havia sido derrotado por Miguel e suas hostes, e expulso como um rebelde vencido, pedia ao Jeová corporificado que o adorasse. “Então lhe disse Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e eis que chegaram os anjos, e o serviram.” (Mateus 4:10,11; Êxodo 20:3; Deuteronômio 6:13; 10:20; Josué 24:14; I Samuel 7:3.)
Não se deve supor que, por ter Cristo emergido vitorioso das nuvens negras dessas três tentações específicas, ficasse isento de assaltos posteriores da parte de Satanás ou que isso o garantisse contra futuras provas de fé, confiança e perseverança. Lucas assim encerra seu relato das tentações que se seguiram aos quarenta dias de jejum: “E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo.” (Lucas 4:13.) Esta vitória sobre o demônio e seus estratagemas, este triunfo sobre os desejos da carne, sobre as dúvidas inquietantes da mente, sobre a sugestão de buscar fama e riquezas materiais foram êxitos importantes, mas não conclusivos, na luta entre Jesus, o Deus feito homem, e Satanás, o anjo de luz  caído. Que estava sujeito a tentações durante o período de sua associação com os apóstolos, Cristo o manifestou expressamente. (Lucas 22:28.) Que suas tentações se estenderam até a agonia em Getsêmani, será verificado no prosseguir deste estudo. Não nos é dado, nem foi dado a Jesus, fazer frente ao inimigo, combatê-lo e sobrepujá-lo num único encontro e para sempre. O conflito entre o espírito imortal e a carne, entre a semente de Deus de um lado, o mundo, e Satanás do outro, persiste por toda a vida.
Poucos eventos na história evangélica de Jesus de Nazaré deram ensejo as mais polêmicas, fantásticas teorias e hipóteses estéreis que as tentações. Todas essas conjeturas podemos ignorar. Para qualquer pessoa que creia nas Escrituras sagradas, o relato das tentações aí registrado é suficientemente explícito para que se ponham além de qualquer dúvida ou questão os fatos essenciais; ao descrente não impressionam nem o Cristo nem seu triunfo. De que nos valeira especular quanto a se Satanás apareceu a Jesus em forma visível ou esteve presente apenas como espírito invisível; se lhe falou em voz audível ou fez surgir na mente de sua vítima os pensamentos depois expressos pelas linhas escritas; se as três tentações ocorreram em sequencia imediata ou foram experimentadas a longos intervalos? Podemos, com segurança, refutar toda a teoria de mitos ou parábolas no relato das Escrituras e aceitar o registro como se apresenta; e com igual firmeza acreditamos que as tentações foram reais e que as provações a que o Senhor foi submetido constituíram um teste verdadeiro e crucial. Para se crer de outra forma, é necessário considerarem-se as Escrituras mera ficção.
Uma questão que merece ser abordada, com relação a este ponto, é a da possibilidade ou não de Cristo cometer pecado – a questão sobre se era capaz de pecar. Não houvesse possibilidade de ele ceder às seduções de Satanás, também não teria havido prova real, nem vitória genuína no resultado. Nosso Senhor foi sem pecado, ainda que pecável; tinha a capacidade, a condição de pecar, se desejasse fazê-lo. Fosse privado da capacidade de pecar e teria sido despojado de seu livre arbítrio; e para salvaguardar e assegurar o arbítrio do homem é que ele se ofereceu, antes que o mundo existisse, como sacrifício redentor. Dizer que ele não podia pecar, porque era o protótipo da retidão, não é negar seu livre arbítrio para escolher entre o bem e o mal. Um homem absolutamente sincero não pode mentir culposamente; contudo, sua garantia contra a falsidade não é a de uma compulsão externa, mas sim o refreamento interno devido a seu cultivado companheirismo com o espírito da verdade. Um homem realmente honesto não tomará, nem cobiçará os bens de seu próximo. Pode-se, na verdade, dizer que ele não consegue roubar; no entanto, ele é capaz de fazê-lo, se se resolver a tal. Sua honestidade é uma armadura contra a tentação; mas a cota de malha, o elmo, a couraça e as grevas não são mais que uma cobertura externa; o homem que neles se abriga pode ser vulnerável, se houver maneira de ser atingido.
Mas, por que prosseguir com um raciocínio elaborado, que não pode levar senão a uma conclusão, quando as próprias palavras de nosso Senhor e outras Escrituras confirma o fato? Pouco antes da traição, quando admoestava os Doze para que fossem humildes, ele disse: “E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações.” (Lucas 22:28.) Ainda que não encontremos aqui referência exclusiva às tentações que imediatamente se seguiram a seu batismo, a indicação é óbvia de que ele tinha suportado tentações e, por dedução, que elas teriam continuado através do período de seu ministério. O autor da epístola aos hebreus ensinou expressamente que Cristo poderia pecar, posto que “em tudo foi tentado”, como o resto da humanidade. Considere esta declaração explícita: “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hebreus 4:14,15).
JAMES E. TALMAGE – Jesus, O Cristo, Capítulo X, pp. 123-130.

4. A Ordem em que as Tentações foram Apresentadas. – Apenas dois evangelistas especificam as tentações a que Cristo foi submetido imediatamente após seu batismo; Marcos menciona apenas o fato de que Jesus foi tentado. Mateus e Lucas colocam em primeiro lugar a tentação de que Jesus provesse alimento para si, criando pão milagrosamente; a sequência das demais provações não é a mesma nos dois registros. A ordem seguida neste texto é a de Mateus.
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, Notas do Capítulo X, p.132.

5. O “Se” de Satanás. – Note-se o escárnio diabólico com que o “se” foi empregado, quando Cristo pendia da cruz. Os príncipes dos judeus, escarnecendo de Jesus crucificado, em sua agonia, disseram: “Salve-se a si mesmo, se este é o Cristo.” E o soldado, lendo a inscrição à cabeça da cruz, mofou do Deus agonizante, dizendo: “Se tu és o Rei dos Judeus salva-te a ti mesmo.” E, mais tarde, o malfeitor impenitente a seu lado, gritava: “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.” (Lucas 23:35-39.) Quão literalmente aqueles escarnecedores e vilipendiadores citaram as próprias palavras do demônio! (ver João 8:44). Veja-se ainda página 658, deste.
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, Notas do Capítulo X, p.132.

Nenhuma época da vida passa sem que nosso corpo sofra tentações, provações ou tormentos. Mas à medida que desenvolvemos fervorosamente o autodomínio, os desejos da carne podem ser subjugados.
ÉLDER RUSSELL M. NELSON – A Liahona ago / 04 p.25.

É nosso privilégio armazenar em nossa memória bons e grandes pensamentos e trazê-los ao palco de nossa mente sempre que quisermos. Quando o Senhor enfrentou suas três grandes tentações no deserto, imediatamente refutou o demônio com escrituras apropriadas que Ele havia armazenado em sua memória.
PRESIDENTE EZRA TAFT BENSON – Guia de Estudo Pessoal do Sacerdócio de Melquisedeque – 1 – Lição 2 p.6.

Os pecados considerados insignificantes, formam o alicerce para pecados maiores, e expõem os homens a serem tentados e esbofeteados por satanás.
PRESIDENTE BRIGHAM YOUNG – Discursos de Brigham Young p.72.

Meu avô costumava dizer a sua família: “Há uma linha demarcatória bem definida entre o território do Senhor e o do demônio. Se vocês permanecerem no lado do Senhor. Estão sob sua influência e não terão desejo de fazer coisas erradas; mas se atravessarem a divisa, indo um passo que seja para o lado do diabo, estarão sob o poder do tentador e, se ele tiver sucesso, vocês não terão sequer condições de pensar ou raciocinar adequadamente, pois terão perdido o espírito do Senhor. Quando às vezes me vejo tentado a fazer algo, pergunto a mim mesmo: “De que lado da linha me encontro?” Se vejo que estou no lado seguro, no lado do Senhor, sempre faço o que é certo. Portanto, quando vier a tentação, considerem seriamente o problema, orem, e a influência do Senhor os capacitará a decidir com sabedoria. Para nós só existe segurança dentro do território do Senhor.
PRESIDENTE GEORGE ALBERT SMITH – O Milagre do Perdão, p.223.

È necessário, a bem da natureza das coisas e em benefício dos céus, que sejamos testados e tentados em todas as coisas, para que sejamos provados e nos preparemos para gozar da vida eterna que está reservada para os justos. Tempo virá em que as pessoas não mais serão tentadas como agora – quando a tentação não mais existirá sobre a terra. O conhecimento e inteligência que será difundido entre o povo capacitálo-á a viver uma época e uma estação sem a presença do tentador. Vivemos, porém, num dia em que o poder e governo daquele princípio maligno existe mais do que nunca neste mundo.
PRESIDENTE BRIGHAM YOUNG – Discursos de Brigham Young p.80,81.

Aquele que é mais poderoso do que Lúcifer, que é nossa fortaleza e origem de nossas forças, pode ajudar-nos em tempos de grandes tentações. Conquanto o Senhor nunca force ninguém a se afastar do pecado ou dos braços dos tentadores, ele usa seu espírito para induzir o pecador a fazê-lo com a ajuda divina. E ao homem que cede à doce influência e súplicas do espírito, e faz tudo o que lhe é possível para conservar-se numa atitude de arrependimento, é assegurado proteção, poder, liberdade e alegria.
PRESIDENTE SPENCER W. KIMBALL – O Milagre do Perdão, p.169.

Quando vos sobrevierem as tentações, sede humildes e fiéis, profundamente determinados a vencê-las, e recebereis alívio. Continuai a ser fiéis, tendo a promessa de receber grandes bênçãos.
PRESIDENTE BRIGHAM YOUNG – Discursos de Brigham Young p.82.

A diferença entre o homem bom e o homem iníquo não é que um foi tentado e o outro não, mas sim que um procurou sempre se fortalecer e resistiu às tentações, enquanto que o outro se envolveu em lugares e condições comprometedoras, e racionalizou as situações. Torna-se óbvio, portanto, que para permanecer puro e digno tem-se que ficar positiva e irreversivelmente longe dos domínios de satanás, evitando toda e qualquer aproximação com o mal.
PRESIDENTE SPENCER W. KIMBALL – O Milagre do Perdão, p.222.

(...) Nossa vida mortal foi “amaldiçoada” com os espinhos da tentação dos prazeres materiais e com as farpas do pecado, para que sejamos testados e para que provemos ser dignos. Isso é necessário para o nosso progresso eterno. O apóstolo Paulo explicou: “E, para que não me exaltasse pela excelência (...), foi-me dado um espinho na carne”. (II Coríntios 12:7).
PRESIDENTE JAMES E FAUST – A Liahona, abril 2004, p.3.

Tão logo um homem ouve o evangelho ser pregado e se convence de sua veracidade, é tentado pelo demônio, o qual, sempre que há uma oportunidade, lhe sugere a dúvida para sua reflexão. Se ele der ouvidos a essas influências duvidosas, não demorará muito e começará a crer que a verdade é uma questão de conjetura, uma coisa relativa. Outra pessoa pode receber o evangelho, viajar e prega-lo fielmente, sendo levada a exclamar com toda sinceridade de seu coração: “Glória a Deus nas alturas”, não procurando ter outro objetivo na vida maior do que fazer o bem a seu próximo. Com o passar do tempo, ela é inspirada a pensar consigo mesma: “Não tenho muita certeza de que realmente estava agindo certo”. Esta única dúvida é, talvez, o começo de sua apostasia na Igreja.
PRESIDENTE BRIGHAM YOUNG – Discursos de Brigham Young p.81-82.

O homem pode ponderar e desculpar a si mesmo até que esteja tão profundamente envolvido que só conseguirá livrar-se com extrema dificuldade. Mas as tentações vem a todos. A diferença entre o depravado e o digno, é que aquele cedeu e este resistiu. E se aquele que cedeu continuar cedendo, poderá finalmente atingir o ponto de onde “não há retorno”.
PRESIDENTE SPENCER W. KIMBALL – O Milagre do Perdão, p.89.

Tendo sido criado numa fazenda, aprendi que quando os porcos fugiam, eu devia primeiro procurar os buracos através dos quais eles haviam fugido anteriormente. Quando as vacas escapavam para o campo, procurando pastagens mais verdes alhures, eu sabia onde primeiro procurar o local da fuga. Era quase certo ser onde elas haviam pulado a cerca antes, ou onde a cerca fora quebrada. Do mesmo modo o diabo sabe onde tentar, onde aplicar seus poderosos golpes. Ele em geral encontra o ponto vulnerável. Onde se era fraco antes, será muito mais fácil ser tentado novamente.
PRESIDENTE SPENCER W. KIMBALL – O Milagre do Perdão, p.164.

O Senhor ensinou que Satanás não tem poder para tentar as criancinhas “até que comecem a se tornar responsáveis perante [Ele]”. (D&C 29:47) Vejamos agora outra declaração significativa: “Para que grandes coisas sejam requeridas das mãos de seus pais”. (D&C 29:48) Torna-se evidente que muito se espera dos pais. Por que o Senhor não permite que Satanás tente as crianças antes de elas atingirem a idade da responsabilidade? A fim de que os pais tenham a oportunidade de ouro de semear no coração das criancinhas as coisas vitais antes que seja tarde demais.
O pai, a mãe e os professores têm a grandiosa [missão] de formar almas humanas. É verdade que Satanás não pode tentar as criancinhas antes de elas chegarem à idade da responsabilidade, mas faz tudo a seu alcance para que nós — a quem foi confiado o cuidado delas — sejamos negligentes e desatentos e permitamos que elas desenvolvam pequenas tendências que venham a desencaminhá-las e privá-las de grandes responsabilidades na luta contra Satanás, para que elas deixem de vestir a armadura de Deus quando chegarem à idade da responsabilidade.
PRESIDENTE HAROLD BINGHAM LEE – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, lição 13, p. 122.

Sei que as nuvens serão dispersas e o reino de Satanás jazerá em ruínas, com todos os seus malignos desígnios; e que os santos surgirão como ouro refinado sete vezes no fogo, tendo-se tornado perfeitos por sofrimentos e tentações, e que as bênçãos do céu e da Terra se multiplicarão sobre a cabeça deles; as quais Deus concederá por causa de Cristo.
PROFETA JOSEPH SMITH – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, lição 19, p.245.

Jó 13:7-28. Confiar em Deus
Embora não entendendo por que Deus permitia que fosse tão afligido, Jó não julgou o Senhor nem perdeu a fé nele. “Calai-vos perante mim,” diz ele aos amigos, “e venha sobre mim o que vier.” (Vers. 13.) Deus era a sua salvação, e Jó confiava unicamente nele; encarava suas aflições com a devida visão. Conforme diz o Presidente Spencer W. Kimball: “Se encararmos a mortalidade como sendo toda a nossa existência, então dor, pesar, fracasso e vida curta seriam uma calamidade. Mas, vendo a vida como algo eterno que vem de um remoto passado pré-mortal e se estende num eterno futuro pós-mortal, então todos os acontecimentos podem ser colocados em sua devida perspectiva.” (Faith Precedes the Miracle, p.97.)
Os amigos de Jó questionaram a sabedoria de Deus e consideravam o sofrimento de Jó uma punição por Ele enviada. Mas Jó tinha um entendimento mais amplo. Sabia que Deus não o abandonara, apesar de suas preces por alívio não estarem sendo atendidas como desejava. Fosse seu sofrimento realmente causado por pecado pessoal, rogava que o Senhor o fizesse sabê-lo, para que pudesse arrepender-se (vers. 23).
Mas o sofrimento nem sempre é conseqüência de pecado; ele tem um objetivo maior, parte do qual é educativo. Diz o Presidente Kimball:
“Não lhe parece haver sabedoria no fato de o Senhor nos dar obstáculos para que possamos sobrepujá-los, responsabilidade para que possamos progredir, trabalho para fortalecer nossos músculos, tristezas para por a prova nossa alma? Não somos expostos às tentações, a fim de provarmos nossa força, às doenças para aprendermos a cultivar a paciência, e à morte para podermos ser imortalizados e glorificados?
“Se fossem curados todos os doentes por quem oramos, se fossem protegidos todos os justos e destruídos os iníquos, todo o programa do Pai ficaria anulado e terminaria o livre arbítrio, principio fundamental do evangelho. Nenhum homem teria de viver pela fé.
“Se alegria, paz e recompensas fossem dadas instantaneamente àquele que pratica o bem, não haveria o mal – todos fariam somente o bem, mas não por causa da retidão de fazê-lo. Não haveria nenhuma prova de força, nenhum desenvolvimento de caráter, nenhum aumento de poder, nenhum livre arbítrio, apenas controle satânico.
“Fossem todas as orações atendidas imediatamente, de acordo com nossos desejos egoístas e compreensão limitada, haveria pouquíssimo ou nenhum sofrimento, tristeza, desapontamentos ou mesmo a morte; e se essas coisas não existissem, também não haveria nenhuma alegria, sucesso, ressurreição, nem vida eterna e divindade.” (Guia de Estudo Individual para os Quóruns do Sacerdócio de Melquisedeque, “Um Sacerdócio Real”, 1976-77, pp. 45-46.)
O VELHO TESTAMENTO – Manual do Aluno, I Reis a Malaquias, p.29.

Devemos ser cuidadosos no mundo em que vivemos. As tentações são tremendas. Nós as conhecemos. As pequenas decisões podem ser cruciais e ter conseqüências de importância eterna.
PRESIDENTE GORDON B. HINCKLEY – A Liahona, janeiro de 1995, pp.51.

Quando chegar a tentação, você pode inventar uma tecla imaginária para apagá-la da mente, talvez a letra de um hino favorito. É sua mente que está no comando. O seu corpo é apenas seu instrumento. Quando um pensamento indigno forçar caminho para dentro da mente, substitua-o usando a tecla de apagar. A música digna é muito poderosa e pode ajudá-lo a controlar seus pensamentos.
PRESIDENTE BOYD K. PACKER – Presidente do Quorum dos Doze Apóstolos – A Liahona, Nov 2009, p. 46.

Jovens, escutai com atenção! Antes que eu diga algo mais a respeito da revelação pessoal, devo explicar de maneira que não vos seja possível deixar de compreender: “… Há muitos falsos espíritos …”32. Pode haver revelações falsas, sussurros do diabo, tentações! Enquanto viverdes, de uma maneira ou outra o adversário tentará fazer com que vos desvieis do caminho.

“… Porque é desta forma que o diabo age, pois não persuade quem quer que seja a fazer o bem; não, ninguém; tampouco o fazem seus anjos; nem o fazem os que a ele se sujeitam.”33

O Profeta Joseph Smith disse que “… nada prejudica mais os filhos dos homens do que estar sob a influência de um falso espírito, crendo ser possuídos pelo Espírito de Deus”.34

O sétimo capítulo de Morôni no Livro de Mórmon explica como testar os sussurros espirituais. Lede-o repetidas vezes com cuidado.

Por meio da tentativa e de alguns erros podereis aprender a ouvir tais sussurros.

Se fordes compelidos a fazer algo que vos faça sentir apreensivos, algo que saibais em vossa mente ser errado e contrário aos princípios da retidão, não atendais.

ÉLDER BOYD K. PACKER - Presidente Interino do Quórum dos Doze Apóstolos - A Liahona, Nov.1994 – Sessão Matutina de Domingo.

O Élder Ezra Taft Benson disse que dois princípios são essenciais para a segurança e paz: “Em primeiro lugar, confiem em Deus e, em segundo, estejam determinados a guardar os mandamentos, a servir ao Senhor, a fazer o que é certo (...) O Senhor deixou bem claro em Suas revelações que mesmo que a situação fique perigosa, mesmo que estejamos rodeados de tentações e pecados, mesmo que haja uma sensação de insegurança, mesmo que falte coragem aos homens e eles sejam tomados pela ansiedade, se simplesmente confiarmos em Deus e guardarmos Seus mandamentos, não teremos nada a temer”. [Conference Report (Relatório da Conferência Geral), outubro de 1950, p. 146.]
VELHO TESTAMENTO – Manual Do Professor – Classe Doutrina Do Evangelho – Lição 18,  p.85.

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