João – O Amado – Apóstolo - NT

Tiago e João, irmãos por nascimento, sócios nos negócios como pescadores, irmãos no ministério, foram associados no chamado apostólico, juntamente com Pedro. O Senhor conferiu ao par um título em comum – Boanerges, ou Filhos do Trovão (Marcos 3:17.) – possivelmente referindo-se ao zelo que desenvolveram em seu serviço e que, na verdade, ás vezes precisava se refreado, como na ocasião em desejavam chamar fogo dos céus para destruir os aldeões samaritanos, que haviam recusado hospitalidade ao Mestre. (Lucas 9:54; ver também Marcos 9:38, para exemplo do zelo impulsivo de João.) Eles e sua mãe aspiravam às mais altas honras do reino e pediram que lhes fosse concedido um lugar à direita e outro à esquerda de Cristo em sua glória. Esta ambição foi brandamente reprovada pelo Senhor, e a solicitação ofendeu os outros apóstolos. (Marcos 10:35-41; comparar com Mateus 20:20-24.) Juntamente com Pedro, estes dois irmãos foram testemunhas de muitos dos mais importantes incidentes na vida de Jesus; os três foram os únicos apóstolos a quem foi permitido testemunhar a volta da filha de Jairo da morte para a vida; (Marcos 5:37; Lucas 8:51.) foram os únicos membros dos Doze presentes na hora da transfiguração de Cristo; (Mateus 17:1-2; Lucas 9:28-29.) foram os que estavam mais próximos do Senhor durante o período de sua agonia mortal em Getsêmani; (Mateus 26:36-37.) e, como já mencionamos aqui, exerceram seu ministério nos dias de hoje, na restauração do Santo Apostolado, com toda a sua autoridade de outros tempos e poder de abençoar. (D. & C. 27:12. Página 746 deste livro – Capítulo XLI, O Sacerdócio de Melquisedeque conferido por Pedro, Tiago e João.) Na literatura teológica, Tiago é comumente designado por Tiago I, para distingui-lo do outro apóstolo que leva  mesmo nome. Tiago, filho de Zebedeu foi o primeiro dos apóstolos a sofrer a morte violenta de um mártir, decapitado por ordem do rei Herodes Agripa. (Atos 12:1-2.) João havia sido discípulo do Batista e demonstrara sua confiança no testemunho do mesmo sobre Jesus, abandonando prontamente o precursor e seguindo o Mestre. (João 1:35-40; ver página 136 deste livro – Capítulo XI.) Tornou-se um servo devotado e repetidas vezes refere-se a si próprio como discípulo “a quem Jesus amava”. (João 13:23; 19:26; 20:2.) Na última ceia, João sentou-se perto de Jesus, reclinando a cabeça no peito do mestre; (João 13:23,25.) e no dia seguinte, junto à cruz, recebeu do Cristo agonizante a incumbência especial de cuidar da mãe do Senhor, (João 19:25-27.) o que atendeu prontamente, conduzindo Maria em prantos à sua própria casa. Ele foi o primeiro a reconhecer o Senhor ressuscitado nas praias da Galiléia e recebeu de seus lábios imortais a esperança de que seu desejo seria atendido, continuando na carne para ministrar entre os homens, até que o Cristo retornasse em SUA GLÓRIA. (João 21:7. 21-23.) A realização dessa esperança foi confirmada por revelação nos dias atuais. (D. & C.; comparar com 3 Néfi 28:1-12.)
JESUS, O CRISTO – James E. Talmage, Capítulo XVI, pp.212-214.