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(NÃO MEXER)

Maria - Mãe de Jesus Cristo

5. Genealogias de José e Maria – “É quase certo agora que as genealogias de ambos os Evangelhos são genealogias de José, as quais, se podemos confiar nas tradições sobre sua consangüinidade, incluem genealogia de Maria também. A descendência davidiana de Maria está subentendida em Atos 2:30; 13:23; Romanos 1:3; Lucas 1:32, etc. Mateus dá a descendência legal de José, como herdeiro do trono de Davi, através da linhagem real de primogênitos. Lucas dá a descendência natural. Portanto, o pai verdadeiro de Salatiel era herdeiro da casa de Natan, mas Jaconias, que não teve filhos, (Jeremias 22:30) era o último representante direto da linha real de primogênitos.
A omissão de alguns nomes obscuros e a distribuição simétrica em grupos de catorze eram costumes judaicos. Não é exagero dizer que, depois das obras de Mill (On the Mythical Interpretation of the Gospel, páginas 147-217) e Lord A. C. Hervey (On the Genealogies of Our Lord, 1853), raras são as dificuldades que permanecem na reconciliação das divergências aparentes. E, assim, neste, como em muitos outros exemplos, as grandes discrepâncias que parecem ser as mais irreconciliáveis e fatais para a precisão histórica dos quatro evangelistas, constituem, em uma investigação mais cuidadosa e paciente, provas adicionais de que eles não são apenas inteiramente independentes, mas também absolutamente dignos de confiança” – Farrar, Life of Christ, página 27, nota.”
O autor do artigo “Genealogia de Jesus Cristo”, no Bible Dictionary, de Smith, diz: “O Novo Testamento dá-nos a genealogia de apenas uma pessoa, nosso Salvador (Mateus 1; Lucas 3)... As seguintes proposições explicam a verdadeira construção dessas genealogias (assim, Lord A. C. Hervey); 1. São ambas genealogias de José, isto é, de Jesus Cristo como filho admitido e legal de José e Maria. 2. A genealogia de Mateus é, como diz Grotius, a genealogia de José como sucessor legal ao trono de Davi. A de Lucas é a genealogia particular de José, exibindo seu nascimento real como filho de Davi, assim demonstrando porque era o herdeiro da coroa de Salomão. O simples fato de que um evangelista apresenta a genealogia, que continha os herdeiros sucessivos do trono de Davi e Salomão, enquanto o outro apresenta a linhagem paterna daquele que era o herdeiro, explica todas as anomalias das duas linhagens, suas concordâncias como também suas discrepâncias, além do motivo para a existência das duas. 3. Maria, a mãe de Jesus, era, provavelmente, filha de Jacó, e prima, em primeiro grau, de José, seu marido.”
Uma valiosa contribuição à literatura que trata deste assunto aparece no Journal of Transactions of the Victoria Institute, ou Philosophical Society of Great Britain, 1912, volume 44, páginas 9-36, no artigo “As genealogias de nosso Senhor”, da Sra. A. S. Lewis, e sua discussão por vários eruditos de renomada capacidade. A autora, Sra. Lewis, é uma autoridade em manuscritos siríacos e uma das duas mulheres que, em 1892, descobriram na Biblioteca do Mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai, o manuscrito palimpsesto dos quatro evangelhos.
A distinguida autora afirma que o registro de Mateus atesta a linhagem real de José e que a genealogia apresentada em Lucas prova a descendência igualmente real de Maria. A Sra. Lewis diz que: “O palimpsesto do Sinai também nos conta que José e Maria foram a Belém para se alistar, porque eram ambos da casa e linhagem de Davi.”
O Cônego Girdlestone, discutindo o artigo, diz, realçando a condição de Maria como princesa de sangue real através da descendência de Davi: “Quando o anjo estava anunciando a Maria o nascimento do Menino Santo, disse: ‘O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi’. Ora, se somente José, seu noivo, fosse descendente de Davi, Maria teria respondido: ‘Ainda não sou casada com José’. Entretanto, ela respondeu simplesmente: ‘Não sou casada’, o que sugere claramente – se eu fosse casada, uma vez que sou descendente de Davi, poderia dar meu sangue real a um filho, mas como posso ter um filho real, enquanto sou virgem?”
Depois de breve menção à lei judaica com referência à adoção, a qual dispõe (de acordo com o Código de Hamurabi, seção 188) que, se um homem ensina uma arte a seu filho adotivo, a este são confirmados, dessa maneira, todos os direitos de herança, complementa o Cônego Girdlestone: “Se a coroa de Davi fosse dada a seu sucessor nos dias de Herodes, teria sido colocada sobre a cabeça de José. E quem seria o sucessor legal de José? Jesus de Nazaré teria sido, então, o Rei dos Judeus, e o título colocado na cruz correspondia à verdade. Deus o havia levantado dentre a casa de Davi.”
JESUS, O CRISTO – p.85-86.

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