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(NÃO MEXER)

Maria Madalena - Amiga de Jesus Cristo

O nome da mulher que assim se aproximou de Cristo, (Lucas 7:36-50.) e cujo arrependimento foi tão sincero que levou à sua alma contrita e grata a certeza da remissão, não está registrado. Não existe qualquer evidência de que ela figure em outro incidente narrado nas Escrituras. Ela tem sido apontada por certos escritores como Maria da Betânia, aquela que, pouco antes de Cristo ser traído, ungiu sua cabeça com unguento; (Mateus 26:6; 7; Marcos 14:3; João 11:2.) mas esta suposição é totalmente infundada, (Nota 10, no final do capítulo.) e constitui um reflexo injustificável sobre a vida pregressa de Maria, a devota e amável irmã de Marta e Lázaro. Igualmente incorreta é a tentativa feita por outros de identificar esta pecadora arrependida e perdoada com Maria Madalena, cuja vida, em período algum, foi marcada pelo pecado da impureza, tanto quanto o afirmam as Escrituras. A importância de nos precavermos contra erros sobre a identidade dessas mulheres torna aconselhável o comentário que se segue a respeito do assunto.
No capítulo que segue aquele em que estão registrados os incidentes que acabamos de considerar, Lucas (Lucas 8:1-3.) afirma que Jesus atravessou a região, visitando todas as cidades e aldeias, para pregar o Evangelho do reino e anunciar suas alegres novas. Os Doze estavam com ele nesta viagem, e também “algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com os seus bens.” Referência adicional é feita a algumas dessas nobres damas, por ocasião da morte, sepultamento e ressurreição de nosso Senhor, aparecendo menção especial a Maria Madalena. (Mateus 27:55, 56, 61; 28:1, 5; Marcos 15:40, 47; 16:1, 9; Lucas 23:49, 55; 24:10, 22; João 19:25; 20:1, 13, 18.) Maria Madalena, cujo segundo nome provavelmente deriva de sua cidade natal, Magdala, foi curada por Jesus de males físicos e mentais, sendo os últimos associados a espíritos malignos que a possuíam. É-nos dito que Cristo expulsou dela sete demônios, (Marcos 16:9; Lucas 8:2.) porém mesmo uma aflição tão deplorável não constitui base para se afirmar que a mulher não fosse virtuosa ou casta.
Maria Madalena tornou-se, entre as mulheres, uma das maiores amigas de Jesus; sua devoção àquele que a curara e a quem adorava como o Cristo, era inabalável; ela permaneceu junto à cruz, enquanto outras mulheres esperavam de longe, por ocasião de sua agonia mortal; estava entre os primeiros junto ao sepulcro na manhã da ressurreição, e foi o primeiro mortal a ver e reconhecer um ser ressuscitado – o Senhor que ela amava com todo o fervor da adoração espiritual. Afirmar que esta mulher, escolhida entre tantas outras como merecedora de tão grandes honras, havia sido uma criatura decaída, com a alma crestada pelo calor da luxúria profana, é contribuir para a perpetuação de um erro para o qual não existe escusa. E, no entanto a falsa tradição nascida de uma hipótese antiga e injustificável de que esta nobre mulher, destacada amiga do Senhor, é a mesma que, confessando-se pecadora, lavou e ungiu seus pés na casa de Simão, o fariseu, e recebeu o benefício de ser perdoada através de seu arrependimento, tão tenazmente se fixou na ideia popular através dos séculos, que o nome, Madalena, passou a uma designação genérica das mulheres que perdem a virtude e mais tarde se regeneram. Não estamos considerando se a misericórdia de Cristo poderia ter-se estendido a uma pecadora como Maria Madalena possui, erroneamente, a reputação de ter sido. O homem não pode medir a importância, nem penetrar a profundidade do perdão divino. E se fosse verdade que esta Maria e a pecadora arrependida, que serviu a Jesus quando este se assentava à mesa do fariseu, são a mesma pessoa, a questão seria respondida afirmativamente, pois aquela mulher que havia sido pecadora fora perdoada. Estamos tratando do registro escriturístico como história, e nele nada confirma a imputação realmente repulsiva, embora comum, de impureza à alma devota de Maria Madalena.
JESUS, O CRISTO – James E. Talmage, Capítulo XVIII, pp.255-257.

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