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(NÃO MEXER)

Filho do Homem

Na promessa e predição feita por Cristo a Natanael, encontramos o significativo título – O Filho do Homem – mencionado pela primeira vez, cronologicamente falando, no Novo Testamento. Ele reaparece, no entanto, cerca de quarenta vezes, excluindo-se repetições em relatos paralelos, nos diversos Evangelhos. Em cada uma dessas passagens, é empregado pelo Salvador distintamente para designar a si próprio. Em três outras circunstâncias, o título aparece no Novo Testamento, fora dos Evangelhos; e em cada um dos casos, aplica-se ao Cristo com referência específica a seus elevados atributos de Senhor e Deus. (Atos 7:56; Apocalipse 1:13; 14-14.)
No velho Testamento, a frase “filho do homem” aparece em uso comum, denotando qualquer filho humano; (Jó 25:6; Salmos 144; 3; 146:3; ver também 8:4 e comparar com Helamã 2:6-9.) e aparece mais de noventa vezes como apelativo pelo qual Jeová se dirige a Ezequiel, conquanto nunca aplicado pelo profeta a si mesmo. (Ezequiel 2:1, 3, 6, 8; 3:1, 3, 4; 4:1; etc.) O contexto das passagens, nas quais Ezequiel é denominado “filho do homem”, indica o divino intento de realçar a condição humana do profeta, em contraste com a divindade de Jeová.
O título é empregado no registro da visão de Daniel, (Daniel 7:13.) na qual se revelou a consumação, ainda futura, quando Adão -  O Ancião de Dias – se sentará para julgar sua posteridade; (Doutrina & Convênios 27:11; 78:15, 16; 107:54-57; 116.) nessa grande ocasião, o Filho do Homem deverá aparecer e receber um domínio que será eterno, transcendentalmente superior ao do Ancião de Dias, abrangendo todo povo e nação, os quais servirão todos o Senhor, Jesus Cristo, o Filho do Homem. (Doutrina & Convênios 49:6; 65:5; 122:8. Observe-se que nas revelações modernas, o título é usado apenas com referência ao Cristo em seu estado ressurreto e glorificado.)
Aplicando a designação a si mesmo, o Senhor invariavelmente usa o artigo definido. “O Filho do Homem” foi e é, especifica e exclusivamente, Jesus Cristo. Conquanto seja objeto de solene certeza ter sido ele o único ser humano desde adão a não nascer de um homem mortal, Jesus empregava o título de forma a demonstrar conclusivamente que o mesmo era característica e exclusivamente seu. É evidente que a expressão contém um significado, além daquele transmitido pelas palavras em seu uso comum. A eminente designação tem sido interpretada por muitos como indicativa do humilde estado de nosso Senhor como mortal, contendo a implicação de que ele simboliza a humanidade, possuindo uma relação particular e única com toda a família humana. Existe, entretanto, um significado mais profundo ligado ao emprego do título “O Filho do Homem” pelo Senhor; e reside no fato de que ele sabia ser seu Pai o único Homem supremamente exaltado, (Nota 5, no final do capítulo.) de quem Jesus era Filho tanto em espírito como em corpo – o Primogênito de todos os filhos espirituais do pai, o Unigênito na carne – e portanto, num sentido aplicado apenas a si próprio, ele era e é o Filho do “Homem de Santidade”, Eloim, (Capítulo 4.) o Pai Eterno. Em seus títulos característicos de filiação, Jesus expressou sua descendência física e espiritual e sua submissão filial àquele Pai exaltado.
Conforme foi revelado a Enoque, o vidente, “Homem de Santidade” é um dos nomes pelos quais Deus, o Pai Eterno, é conhecido; “e o nome do seu Unigênito é o Filho do Homem, mesmo Jesus Cristo.” Inteiramo-nos, além disso, de que o Pai de Jesus Cristo assim se proclamou a Enoque: “Eis que eu sou Deus; Homem de Santidade é o meu nome; Homem de Conselho é o meu nome; e Infinito e Eterno é o meu nome também.” (Pérola de Grande Valor, Moisés 6:57; 7:35; ver também 7:24, 47, 54, 59, 65. Observe que Satanás se dirigiu a Moisés como “filho do homem”, numa blasfema tentativa de forçar Moisés a adorá-lo, dando ênfase à fraqueza mortal e à inferioridade do homem em contraste com sua própria e falsa pretensão de divindade.  Moisés 1:12.) “O Filho do Homem” é em grande extensão sinônimo de “O Filho de Deus”, como título indicativo de divindade, glória e exaltação; pois o “Homem de Santidade”, de quem Jesus Cristo reverentemente reconhece ser Filho, é Deus o Pai Eterno.
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, Capítulo XI,  pp.138-139.






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