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(NÃO MEXER)

CURTAS - O Camelo E Seu Dono No Deserto



É extremamente difícil, senão impossível, que o diabo entre se a porta estiver fechada. Ele parece não ter chaves para portas trancadas. Mas se a porta estiver um pouco entreaberta, ele enfia um dedo do pé e em seguida o pé inteiro, depois a perna, o corpo e a cabeça, e finalmente está inteirinho do outro lado.
Essa situação lembra a fábula do camelo e seu dono que estavam viajando pelo deserto quando surgiu um vendaval. O viajante mais que depressa armou a barraca e abrigou-se dentro dela, fechando as pontas para proteger-se da areia fina e cortante da violenta tempestade. O camelo logicamente ficou para fora, e à medida que o forte vento lhe arremessava a areia contra o corpo, olhos e narinas, ele achou a situação insuportável e por fim implorou que o dono o deixasse entrar na barraca.
_ Há espaço apenas para mim – disse o viajante.
_ Mas talvez eu possa abrigar apenas o nariz, de modo que não precise respirar o ar todo cheio de areia? – pediu o camelo.
_ Bem acho que não há problema – replicou o viajante, e abriu uma das pontas pela qual logo entrou o nariz do animal. Quão confortável estava agora o camelo! Mas logo se cansou da areia cortante que lhe açoitava os olhos e ouvidos, e sentiu-se tentado a perguntar novamente:
_ A areia trazido pelo vento é como um ralo na minha cabeça. Será que eu poderia também abrigar a cabeça?
E mais uma vez o viajante ponderou que aquiescer não lhe causaria qualquer dano, pois a cabeça do camelo ocuparia o espaço superior da barraca, que ele mesmo não estava usando. E assim o camelo abrigou a cabeça e ficou satisfeito outra vez – mas apenas por pouco tempo.
_ Somente a parte da frente de meu corpo – ele implorou, e mais uma vez o viajante consentiu e logo os ombros e as pernas do camelo estavam dentro da barraca. Finalmente, pelo mesmo processo de súplica e aquiescência, o torso do camelo, as ancas e todo o restante do corpo estavam dentro da barraca. Mas então ficou muito apertado para os dois, e o animal jogou o viajante para fora, deixando-o a mercê do vento e da tempestade.
Como o camelo, Lúcifer prontamente se torna o senhor quando o homem sucumbe às suas primeiras lisonjas. Logo a consciência é silenciada por completo, o poder maligno tem pleno controle, e a porta da salvação é fechada até que um arrependimento total possa abri-la novamente.
SPENCER W. KIMBALL - O Milagre do Perdão, p. 207-208.


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