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(NÃO MEXER)

Milagre - Jesus Cura Endemoniado

Em Capernaum - Jesus dirigiu-se para Capernaum, (Nota 5, no final do capítulo.) que se tornou para ele lugar de moradia, como outros que tivera na Galiléia. Lá ensinou, particularmente nos dias de sábado; e o povo estava maravilhado com sua doutrina, pois ele falava com autoridade e poder. (Lucas 4:32; comparar Mateus 7:28; 13:54; Marcos 1:22.) Na sinagoga, em uma dessas ocasiões, achava-se um homem que era vítima de possessão e sujeito às assolações de um mau espírito, ou, como o texto poderosamente afirma, um homem “que tinha um espírito de um demônio imundo.” É significativo o fato de que este mau espírito, que havia ganho tal poder sobre o homem a ponto de controlar suas ações e fala, tenha ficado aterrorizado diante de nosso Senhor e gritado em alta voz, embora suplicantemente: “Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.” Jesus repreendeu o espírito impuro, ordenando-lhe que se calasse e deixasse o homem; o demônio obedeceu ao Mestre e depois de lançar a vítima em violenta, embora inofensiva convulsão, deixou-a. Tal milagre fez com que os espectadores se maravilhassem ainda mais, exclamando: “Que palavra é esta que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder e eles saem?” E a sua fama divulgava-se por todos os lugares, em redor daquela comarca.” (Lucas 4:33-37; e Marcos 1:23-28. Ver também nota 6, no final do capítulo.)
Na noite do mesmo dia, quando o sol se havia posto, e, portanto, depois que o sábado havia passado, (O Sábado dos judeus começava ao pôr do sol de sexta-feira e terminava com o pôr do sol de sábado.) o povo o rodeou, trazendo seus amigos e parentes enfermos; e a estes Jesus curou de várias doenças, quer do corpo, quer da mente. Entre os assim aliviados havia muitos possuídos por demônios, e estes clamavam, testificando, forçosamente, a autoridade divina do Mestre: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus.” (Lucas 4:51; comparar Marcos 1:34; 3:11-12; 5:1-18; Mateus 8:28-34.)
Nestas como em outras ocasiões, encontramos maus espíritos expressando pela boca de suas vítimas o conhecimento que tinham de que Jesus era o Cristo; e em todas essas passagens, o Senhor silenciou-os com uma palavra; pois não queria testemunho como o deles para atestar sua Divindade. Aqueles espíritos eram do séquito do demônio, membros das hostes rebeldes e vencidas, que haviam sido expulsos pelo poder da mesma criatura cuja autoridade e poder agora reconheciam em seu frenesi demoníaco. Juntamente com o próprio Satanás, seu chefe derrotado, permanecendo sem corpos, pois a todos eles, os privilégios do segundo estado ou estado mortal foram negados; (Páginas 2,3.) a lembrança que tinham das cenas que culminaram com sua expulsão dos céus foi ativada pela presença do Cristo, embora estivesse ele em um corpo de carne.
Muitos escritores modernos tentam explicar o fenômeno da possessão demoníaca; e ao lado destes, há muitos que negam a possibilidade de domínio real da vítima por personagens espirituais. Entretanto, as Escrituras são explícitas ao evidenciarem o contrário. Nosso Senhor fez distinção entre tal tipo de enfermidade e a simples doença corporal em suas instruções aos Doze; “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios.” (Mateus 10:8; ver versículo 1; comparar 4:24; Marcos 1:32; 16:17,18; Lucas 9:1.) No relato dos incidentes que agora consideramos, o evangelista Marcos observa a mesma distinção: “Trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos, e os endemoninhados.” Em várias ocasiões Cristo, ao repreender demônios, dirigiu-se a eles como a indivíduos distintos do ser humano afligido (Mateus 8:32; Marcos 1:25; Lucas 4:35.), e, em uma dessas vezes, ordenou ao demônio: “Sai dele, e não entres mais nele.” (Marcos 9:25.)
Neste assunto, como em outros, a explicação mais simples é a verdade correspondente; as teorias baseadas em outros fundamentos que não as Escrituras são duvidosas. Cristo associou os demônios com Satanás, de maneira inequívoca, especificamente em seu comentário sobre o relato dos Setenta, a quem dera autoridade e enviara adiante, e que testificaram, ao retornar, que até mesmo os demônios se lhes tinham sujeitado através do seu nome; e àqueles servos fiéis, ele disse: “E via Satanás, como raio, cair do céu.” (Lucas 10:17, 18; comparar Apocalipse 12:7-9.) Os demônios que tomavam posse dos homens, anulando seu livre-arbítrio e compelindo-os a obedecerem a ordens satânicas, são os anjos do demônio, sem corpos, cujo triunfo é afligir os mortais e, se possível, impeli-los ao pecado. Para alcançarem a satisfação de ocupar um corpo de carne, esses demônios anseiam até mesmo por corpos de animais. (Mateus 8:29-33; Marcos 5:11-14; Lucas 8:32-34.)
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, Capítulo XIII, pp.175-177.

5. Capernaum – “O nome Capernaum significa, segundo algumas autoridades, ‘a vila de Naum’, segundo outras, ‘a vila da Consolação’. Seguindo a história de Jesus, descobriremos que em Capernaum, foram realizadas muitas de suas obras poderosas, e proferidas muitas de suas mais impressionantes palavras. A infidelidade dos habitantes depois de todos os discursos e obras maravilhosas que fizera entre eles, motivou as palavras de Jesus: “E tu, Capernaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos;’ (Mateus 11:23). Tão completamente foi cumprida esta profecia, que não resta o menor vestígio da cidade, sendo que sua própria localização é objeto de conjecturas, não havendo nem mesmo tradição eclesiástica sobre o local. Atualmente, há dois lugares que fazem reivindicações insistentes, ambos apresentando argumentos baseados em probabilidades, de maneira que torna a questão das mais difíceis na topografia sagrada... Provavelmente, jamais chegaremos a conhecer o fato real. Jesus condenou-a ao esquecimento e lá ela jaz. Contentar-nos-emos com as notícias do Novo Testamento em sua relação com a obra de Jesus.
“Lemos que ficava em algum lugar nos confins de Zabulon e Naftali; à margem oeste do Mar da Galiléia (comparar Mateus 4:13, com João 6:24). Era perto ou na própria ‘terra de Genesaré’ (comparar Mateus 14:34, com João 6:17, 20, 24), uma planície de aproximadamente 4500 metros de comprimento e 1500 de largura que, segundo Josefo, era um dos mais prósperos e populosos distritos da Palestina. Ficava, provavelmente, na grande estrada que levava de Damasco ao sul, ‘pelo caminho do mar’ (Mateus 4:15). Houve grande sabedoria na escolha desse lugar para início de um grande ministério público. Era ocupado por uma população ativa. A extrema riqueza da maravilhosa planície de Genesaré sustentava a massa de habitantes que atraía. Josefo (B. J. iii, 10:8) faz uma esplêndida descrição desta terra.” – Deems, Light of the Nations, pp. 167, 168.
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, NOTA 5 DO CAPÍTULO XIII p.181.

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