O Reino Telestial
É Uma Grande Prova Do
Amor De Deus
Destino
De “Muitos, Muitos Membros Da Igreja, Muitíssimos Mesmo”
O grande plano de salvação é um tema que
deveria ocupar nossa estrita atenção
e ser considerado como uma das melhores
dádivas do céu para a humanidade
Profeta Joseph Smith – Ensinamentos dos
Presidentes da Igreja, Lição 17, p.217-218.
“Aqui na mortalidade, cada um de nós tem a
oportunidade de escolher o tipo de lei que seguirá.
Estamos vivendo e seguindo leis celestiais
que nos tornarão candidatos à glória celestial
ou obedecendo a leis terrestres que nos
tornarão candidatos à (...) glória terrestre ou teleste.
O lugar que ocuparemos nos mundos eternos
será determinado por nossa obediência
às leis desses vários reinos durante o
tempo em que estivermos na mortalidade aqui na Terra.”
Presidente Harold B. Lee – Ensinamentos dos
Presidentes da Igreja, lição 24, p. 230.
I Coríntios 15:40-41; Doutrina & Convênios 76:81-90; 98-106;
109-112
Confesso, que antes deste artigo, minha visão a respeito
do Reino ou Glória Telestial, a menor dentre todas, era módica, insuficiente e
ingrata, diante da veracidade que tentarei compartilhar com você. Portanto,
este artigo é o meu sincero pedido de desculpas diante da perfeita e justa expressão
de amor do Pai Celestial em nos conceder esta glória menor para que nenhum de
nós se perca, para que “o mais fraco dos fracos” possa, se assim o desejar,
encontrar um lugar de proteção, felicidade e progresso eterno sob Seus sábios
cuidados.
Foi
através do jovem Profeta Joseph Smith que o Senhor revelou-nos mais uma verdade
eterna, a verdade como ela realmente é, o plano divino de salvação. Em sua época, esta revelação ficou conhecida
como “A Visão”. A seção 76 relata no versículo 12 – “Pelo poder do Espírito abriram-se
nossos olhos e iluminou-se nosso entendimento, de modo a vermos e
compreendermos as coisas de Deus —“ Esta revelação veio para equilibrar o entendimento confuso e
medíocre da humanidade, onde a crença mais comum era a de que existia somente o
céu ou o inferno, entretanto, outra crença que crescia em meio aos homens
daquela época, era o universalismo. O texto abaixo faz parte do livro Revelações
em Contexto, p.152, onde se descreve qual era o ambiente em que o mundo
e os santos se encontravam diante destas doutrinas incompletas.
“A doutrina da vida após a morte colocada
em “A Visão” diferia drasticamente das crenças da maioria dos cristãos, na
época. A maioria acreditava na estrita teologia de céu e inferno do mundo
vindouro: os obedientes ao evangelho de Jesus Cristo seriam salvos, mas os
iníquos seriam condenados ao castigo eterno. No entanto, havia um número
crescente que se sentia que essa ideia de céu e inferno era inconsistente com
outros ensinamentos bíblicos sobre a misericórdia, justiça e poder de Deus,
para salvar.
Por exemplo, um jovem congregacionista
chamado Caleb Rich sentiu-se incomodado quando seu ministro ensinou que o
Cristo teria alguns meros “troféus de sua missão para o mundo, enquanto seu
antagonista teria incontáveis milhões de pessoas”. Rich temia que sua própria
“situação [espiritual] parecesse mais incerta do que um bilhete de
loteria”. Ele, por fim, rejeitou a doutrina de seu ministro e abraçou o
que é conhecido como o Universalismo. Simplificando, os universalistas
acreditavam que Deus não puniria eternamente os pecadores, mas que todos, por
fim, seriam salvos no reino de Deus. O pai de Joseph Smith e seu avô Asael
Smith tinham opiniões universalistas.
A maioria dos cristãos sentia que o
universalismo havia chegado muito longe, que seu ensino da salvação universal
tirava todos os incentivos para guardar os mandamentos de Deus e levaria para
uma vida dissoluta e imoral.”
O
Plano de Salvação (Alma 24:14; 42:5; Moisés 6:62), ou O Plano de Felicidade
(Alma 42:8, 16), ou O Plano de Misericórdia (Alma 42:15, 31), ou O Plano de
Redenção (Jacó 6:8; Alma 12:25–33) ou O Plano de Restauração (Alma 41:2) e
assim como outros possíveis nomes e/ou expressões, se fazem valer como o mesmo
plano, o Plano de Deus, o nosso Pai Eterno.
A
primeira coisa que precisamos compreender é que ninguém entrará em qualquer
parte de qualquer reino ou glória que estejam disponíveis dentro do Plano de
Salvação, sem que, “seu joelho se dobre e sua língua confesse que Jesus é o
Cristo”; todos precisam aprender sobre o evangelho e de coração sincero,
aceitar a todas as ordenanças e convênios, para que, somente depois, possam ser
aceitos em um lugar designado pela justiça divina.
Isto quer
dizer que, o livre arbítrio continua a existir, mas as consequências das
escolhas, também. Lembre-se que ninguém pode ser salvo em ignorância, em outras
palavras, precisamos primeiramente saber, para depois, escolher; saber sobre o
plano divino e a expiação e poder dizer sim ou não para um ou outro mestre que enfim
você seguirá.
“Os que estiverem em outros reinos que não
o celestial, serão instruídos no Evangelho?
Sim, toda verdade é verdade do Evangelho; e
toda alma eventualmente terá de tomar conhecimento do plano de salvação, pelo
menos na medida que lhe for possível fazer. Lemos que todo joelho terá de
curvar-se e toda língua confessar Jesus Cristo como o Filho de Deus. Sendo isto
verídico, então toda alma terá que saber alguma coisa a respeito dele.
(...) Em todo reino, os habitantes devem
saber que foram redimidos da morte, e que receberam as bênçãos a eles
concedidas pela misericórdia de Jesus Cristo.”
Presidente Joseph Fielding Smith –
Doutrinas de Salvação, Vol. II, p.23.
Outro
fato que precisamos compreender é que, ainda que seja um reino de menor glória,
ainda há nesta esfera teleste, bênçãos e conhecimentos suficientes para
evoluirmos de forma inigualável e inimaginável diante das reais possibilidades da
vida que hora desfrutamos nesta terra. Na Seção 76:80 de Doutrina &
Convênios, o Senhor deixa isto bem claro ao dizer, que “a glória do telestial, que ultrapassa todo
entendimento;”.
A
princípio, pode parecer desanimador pertencer a este reino de glória “tão
pequena” e ainda, conviver com uma classe de seres humanos onde o pecado se fez
tão presente e comum quando estavam vivendo nesta vida mortal, no entanto, vale
lembrar que ainda é um reino de glória, ou seja, ainda há luz e ordem, proteção
divina, alegria e felicidade acima da nossa compreensão atual, o que me leva a
crer, que o nível de vida neste ambiente, em muito supera nossas melhores
expectativas de hoje.
Os
que forem designados a viverem neste reino encontrarão conhecimento suficiente
para progredirem com constância e desenvolverem atributos divinos, que jamais
conseguiriam atingir vivendo nesta vida mortal. Haverão de sentirem-se gratos
pela bondade e misericórdia celestial, por ainda alcançarem um reino que é um
refúgio, não só de proteção, mas também fonte pura de glorioso saber.
Haverá tanto
para se aprender e desenvolver nesta esfera teleste, que uma eternidade vos
parecerá não ser o suficiente para atingir a todas as divisões. Creiam-me, há
muito mais trabalho a ser realizado após esta vida do que possamos imaginar,
considerando hoje a mente finita que possuímos.
O
fato de que nesta esfera de glória teleste existam inúmeras divisões ou graus,
nos revela que o amor e a justiça de Deus prevalecem ao separar seus filhos de
forma mais compatível e justa. Pois, as oportunidades de crescimento e
liderança se manterão e se disponibilizarão aos que se portarem-se fiéis e dignos
de receberem mais e mais à medida que obedeçam e conheçam profundamente Sua
glória divina.
Neste caso,
por meio da fidelidade e da obediência pessoal, muitos poderão acelerar seu
progresso ao serem elevados a graus ou níveis maiores, sempre e somente dentro deste
próprio reino ou esfera, ou seja, o reino teleste.
Diante
das dificuldades e tristes provações a que somos submetidos nesta terra, muitos
vivenciando horrores, sofrendo perseguições, suportando fome, sede, enfim, toda
sorte de maldades e crescente superstições, deveríamos ver as promessas
contidas e disponíveis para nós no reino telestial com relativa gratidão, enxergando-as
como algo digno de um rei.
Não indo muito
longe, a vida que muitos de nós, brasileiros, possuímos nos dias de hoje, é
razoavelmente boa, tendo em vista o sofrimento alheio em vários países, onde a
fome leva à morte tanto crianças quanto a adultos; também, onde a escravidão e
o autoritarismo de seus governantes massacram e mutilam qualquer esperança de
um viver digno e solidário.
Estes
infelizes dariam tudo para estar em nosso lugar. Esses desafortunados desejam
apenas, ter a vida que temos aqui, nesta nossa parte da terra. No entanto,
volto a dizer, que a glória teleste nos concederá muito mais do que o nosso
coração pode imaginar. Seremos instruídos por seres enviados do alto para nos
ensinar e nos guiar e teremos ainda o privilégio da visita do Espírito Santo,
que é também, um Deus. Desfrutaremos de paz, segurança e não mais sentiremos
dores, tormentos, medo e tristezas conforme as deste mundo. Habitaremos em uma
sociedade mais justa e solidária.
Não
é atoa que este reino de glória esteja dentro dos limites que pertencem ao Pai
Eterno, e como seus servos, receberão D’Ele, nem que sejam “suas migalhas”, o
que na prática, ainda serão banquetes reais, tendo em vista a vida que aqui
vivemos.
“E serão servos do Altíssimo; mas onde Deus
e Cristo habitam não poderão vir para todo o sempre.”
Doutrina & Convênios 76:112.
Precisamos
lembrar que o destino de cada um na eternidade está totalmente ligado a nossas
escolhas nesta vida terrena. É a nossa capacidade e disposição de amar e de
obedecer a Deus que nos elegerá a um, ou, a outro local de glória. A palavra
chave é: Obediência.
“As mais
excelentes bênçãos de Deus estão claramente condicionadas à obediência às leis
e aos mandamentos de Deus. O ensino-chave encontra-se na revelação moderna:
“Há uma lei,
irrevogavelmente decretada no céu antes da fundação deste mundo, na qual todas
as bênçãos se baseiam — E quando recebemos uma bênção de Deus, é por obediência
à lei na qual ela se baseia” (D&C 130:20–21).
Esse grande
princípio nos ajuda a entender o porquê de muitas coisas, tais como a justiça e a
misericórdia compensadas pela Expiação. Explica também por que Deus não
impedirá o exercício do livre-arbítrio por Seus filhos. O livre-arbítrio —
nossa capacidade de escolher — é fundamental para o plano do evangelho que nos
trouxe à Terra. Deus não intervém para impedir as consequências das escolhas de
alguns, a fim de proteger o bem-estar de outros — mesmo quando matam, ferem ou
oprimem uns aos outros — isso destruiria Seu plano para nosso progresso eterno. Ele nos abençoará, para que suportemos
as consequências das escolhas dos outros, porém não impedirá essas escolhas.”
Élder
Dallin H. Oaks - Do Quórum dos Doze Apóstolos – O Amor E A Lei – A
Liahona, 2009.
Lembrem-se
sempre, que não é o meu objetivo tecer em vossa mente um conformismo em aceitar,
desde já, um lugar no reino telestial; mas sim que, devemos continuar buscando
um aperfeiçoamento natural e constante através do evangelho restaurado para
desfrutarmos de glórias maiores onde alcançaremos a plenitude possível de nossa
alma.
O desafio
individual é que honremos o sacrifício expiatório do Mestre, através de um
viver saudável e pleno ao limite de nossos esforços sinceros e assim, quando
nos apresentarmos diante da Deidade, possamos com poder, dizer que, sim,
fizemos o nosso melhor em favor e honra diante da graça e misericórdia recebida
do Salvador.
O
meu desejo é demonstrar a bondade e a misericórdia de Deus em buscar a salvação
ou a exaltação ao máximo de seus filhos.
Todas as
oportunidades foram, ou ainda serão criadas, para favorecer a cada um que
deseja livremente seguir os conselhos divinos e vir a desfrutar das bênçãos
prometidas, tanto nesta vida, como na vida eterna.
OS REINOS SUPERIORES MINISTRAM AOS
INFERIORES. Todavia, através de sua abundante misericórdia, o Senhor fará o
máximo que puder ser feito e, portanto, dará a todos um lugar em alguma parte –
se não dentro das portas da Cidade Santa, então fora dela – (Apocalipse 21:27;
22:14-15.) onde os que não tem direito à plenitude das bênçãos poderão ser
ministrados pelos que possuem glória maior. Pois nesta visão que fala das glórias,
lemos também que aqueles que habitam no reino celestial, ministrarão àqueles do
reino terrestre; os do reino terrestre hão de ministrar àqueles do reino
teleste.
O Filho poderá ir ao terrestre, mas os que
entrarem nesse reino não receberão a plenitude do Pai; não verão a grandeza de
sua glória. Ele lhos recusará. Jamais voltam à plenitude de sua presença. Os
que entram no reino teleste não receberão a plenitude do Pai ou do Filho. Estes
não irão lá, mas enviarão mensageiros para visitar e instruir os habitantes
dessa glória.
Os do reino terrestre hão de visitar os do
reino teleste; e os do celeste visitarão os do reino terrestre. Estes não
poderão ir aonde o Pai está, pois disse o Senhor: “Onde Deus e Cristo habitam,
não poderão vir, mundos sem fim”, (D&C 76:112.) Entretanto, na mesma seção
está escrito que, a despeito desse fato, os que entram ali terão bênçãos tão
grandes, que ultrapassam todo o entendimento. (D&C 76:86-89.) Tamanha é a
misericórdia do Senhor. Ele se empenhará em salvar todos os seus filhos, e
exaltar o máximo possível deles.
Presidente Joseph Fielding Smith –
Doutrinas de Salvação, Vol. II, pp. 5-6.
Agora,
gostaria de discorrer sobre o porquê que estas pessoas estarão designadas a
habitarem eternamente na glória telestial. Eles escolheram viver as leis
telestes enquanto estavam na vida mortal; se sujeitaram aos apelos do mundo, buscaram
viver de forma intensa, geralmente experimentando tudo o que seu coração
desejou.
Ao
aceitarem o viver comum dos da maioria desta terra, expressaram a sua
desobediência e assim, rejeitaram as oportunidades de serem preparados com
corpos terrestres ou celestes, portanto, recebem um lugar no reino teleste.
No
entanto,
muito ainda terão que passar até chegar o dia da ressurreição destes. Os desobedientes que receberão a glória da esfera telestial,
não serão levantados para ressurreição de seus corpos até que o Milênio acabe e
venha “o dia do grande e terrível tribunal de Jeová”. Até lá, os habitantes
deste reino, terão de suportar os tormentos e aflições necessários para
saldarem suas dívidas e serem preparados para receber o lugar designado para
cada um, em uma das mansões já dantes preparada pelo Senhor.
Lemos na revelação moderna: “A todos os reinos se deu uma lei” (D&C
88:36). Por exemplo:
“Porque aquele que não consegue viver a lei de um reino celestial não
consegue suportar uma glória celestial.
E aquele que não consegue viver a lei de um reino terrestre não consegue
suportar uma glória terrestre.
E aquele que não consegue viver a lei de um reino telestial não consegue
suportar uma glória telestial” (D&C 88:22–24).
Em outras palavras, o reino de glória a que o Julgamento Final nos designar
não é determinado pelo amor, mas pela lei que Deus invocou em Seu plano a fim
de nos qualificar para a vida eterna, “o maior de todos os dons de Deus”
(D&C 14:7).
Élder
Dallin H. Oaks - Do Quórum dos Doze Apóstolos – O Amor E A Lei – A
Liahona, 2009.
Devido
à gravidade e constância de pecados, todos estes precisam saldar suas dívidas
diante da desobediência vivida nesta vida mortal, para tal, serão enviados, e
permitido que estejam sob tormento, para que paguem ali até o seu último
ceitil. Se tal coisa não fosse feita, e se tal possibilidade (a de saldar as
dívidas da desobediência e encontrar-se em um sentimento verdadeiro de
arrependimento por terem maculado e desprezado o sacrifício do Santo de Israel)
não existisse, deveriam perpetuar no inferno, e dali não mais serem libertados.
A graça e o amor
de Deus superam o nosso entendimento, visto é que, não desejando abandonar a qualquer
dos seus filhos, estabeleceu dentro da lei e da justiça, este recurso para que
sejam compungidos de seus pecados, para que ao sentirem o desejo honesto e
sincero de encontrar o arrependimento por terem desprezado o que é santo,
possam ter esta possibilidade, de ainda alcançar um lugar dentro dos domínios
de um Pai amoroso e justo.
Bom lembrar que Deus não é o autor das
“desgraças” que castigam os homens, mas são estas, resultado do mau uso do nosso
privilégio pessoal do livre arbítrio; as escrituras mencionam dois tipos de
inferno, aquele que é também conhecido como perdição ou trevas exteriores, que
é o destino de Lúcifer e seus anjos; assim como também, menciona um inferno
existente dentro do mundo espiritual, este último, chamado de prisão, onde todos
tem a oportunidade de saldar suas dívidas; este inferno em particular, é mais
propriamente um estado do que um lugar em si; o tormento ali sofrido, advém dos
sentimentos pessoais ao reconhecerem que desperdiçaram seus dias terrenos e não
construíram sua salvação em Cristo, mas sim, viveram com intensidade na busca
de realizações pessoais que não os prepararam para receberem bênçãos e glórias
maiores.
Observe que tanto
nas escrituras como na citação logo abaixo, nos é prometido como morada na
eternidade, uma das mansões já antes preparada pelo Salvador.
O Profeta Joseph Smith
teve a seguinte visão, que mais tarde foi registrada em Doutrina e Convênios
76:81–85, 100–106, 110–112: “E também vimos a glória do teleste, cuja glória é
a do menor, assim como a glória das estrelas difere da glória da lua no
firmamento.
Estes são os que não
receberam o evangelho de Cristo nem o testemunho de Jesus. Estes são os que não
negam o Santo Espírito. Estes são os que são lançados no inferno. Estes são os
que não serão redimidos do diabo até a última ressurreição, até que o Senhor,
sim, Cristo, o Cordeiro, tenha consumado sua obra. (...)
Estes são os que dizem que são alguns de um
e alguns de outro — alguns de Cristo e alguns de João e alguns de Moisés e
alguns de Elias e alguns de Esaías e alguns de Isaías e alguns de Enoque; mas
não receberam o evangelho nem o testemunho de Jesus nem os profetas nem o
convênio eterno.
Por fim, todos estes são os que não serão
reunidos com os santos para serem arrebatados para a igreja do Primogênito e
recebidos na nuvem.
Estes são os que são mentirosos e
feiticeiros e adúlteros e libertinos; e todo aquele que ama e inventa mentiras.
Estes são os que sofrem a ira de Deus na Terra. Estes são os que sofrem a
vingança do fogo eterno. Estes são os que são lançados no inferno e sofrem a
ira de Deus Todo-Poderoso, até a plenitude dos tempos, quando Cristo tiver
subjugado todos os inimigos sob seus pés e tiver aperfeiçoado sua obra. (...)
E ouvimos a voz do Senhor, dizendo: Todos
estes dobrarão os joelhos e toda língua confessará àquele que se assenta no
trono para todo o sempre; pois eles serão julgados de acordo com suas obras; e
cada homem receberá, de acordo com suas próprias obras, seu próprio domínio nas
mansões que estão preparadas; e serão servos do Altíssimo; mas onde Deus e
Cristo habitam não poderão vir para todo o sempre.”
Profeta Joseph Smith – Ensinamentos dos
Presidentes da Igreja, Lição 18, p.233-234.
“Todos os que entrarem no reino telestial,
onde suas glórias diferem como a magnitude das estrelas do firmamento e que são
inumeráveis como as areias da praia, são os ímpios, os sórdidos que sofrem a
ira de Deus na terra, que são lançados ao inferno onde terão de pagar até o
último ceitil antes de obterem a redenção. São os que não recebem o Evangelho
de Cristo e consequentemente não podem negar o Santo Espírito, enquanto vivem
na Terra.
Eles não tem parte na primeira ressurreição
e não são redimidos do demônio e seus anjos até a última ressurreição, por
causa de sua vida iníqua e atos malignos. Não obstante, até mesmos esses são
herdeiros da salvação; porém, antes de serem redimidos e entrarem em seu reino,
precisam arrepender-se de seus pecados, receber o Evangelho, dobrar o joelho e
reconhecer que Jesus é o Cristo, o Redentor do mundo. (D&C 76:81-90,
98-113.)
Tanto na glória do terrestre como do
teleste, os habitantes serão limitados em seus poderes, oportunidades e
progresso, porque, à semelhança dos filhos da perdição, “não se mostraram
inclinados a gozar daquilo que poderiam ter recebido”. ( D&C 88:32.)
Presidente Joseph Fielding Smith –
Doutrinas de Salvação, Vol. II, p.22.
Algo
que precisamos entender, para que possamos melhorar nossas escolhas, e assim
nos aperfeiçoarmos, enquanto não vem “o grande e terrível dia do julgamento
final”, é que todas as leis, regras e mandamentos contidos no plano de
salvação, foram a todos nós apresentados enquanto vivíamos no Lar Celestial
junto com nossos Pais Celestes; estávamos cientes de todos os pontos necessários,
sejam bênçãos prometidas e/ou garantidas, assim como, a punição e a justiça
empreendida para que em nada houvesse injustiça.
A
prova de que esta apresentação realmente aconteceu e de que houve um justo
julgamento, baseado nas escolhas, dentro do livre arbítrio dado a cada um, foi
a grande reunião de todos os filhos do Pai Eterno, onde ao final, Lúcifer, se
levantou em rebelião contra Deus, seus planos e propósitos, e ainda conseguiu o
apoio de uma terça parte dos seres presentes.
Ele, Lúcifer,
declarou: “Eis-me aqui, envia-me; serei teu filho e redimirei a
humanidade toda, de modo que nenhuma alma se perca; e sem dúvida eu o
farei; portanto, dá-me a tua honra.” Moisés 4:1. Ele, prometeu o que
não poderia ser feito, exaltar a todos incondicionalmente, pois, para atingir a
este propósito, deveria salvar a todos, ou em pecados, ou retirando destes, o
livre arbítrio para forçá-los a realizarem toda a sua vontade.
Houve,
portanto, um convênio sagrado, no qual nenhuma das partes poderia quebrá-lo por
se tratar de um assunto tão precioso, que era a busca da salvação e exaltação,
concedida de forma justa e perfeita a todos que aceitassem participar do plano
e passassem para o segundo estado.
Fomos
instruídos sobre o grau elevado de dificuldades ao qual seríamos submetidos,
mas a ninguém seria permitido sofrer um injusto julgamento sem que houvesse
oportunidades de arrependimento e orientação divina quanto ao caminho pelo qual
deveríamos prosseguir.
Também, houve a promessa de que a todos que se
submetessem ao plano, guardando o primeiro estado, um lugar ou uma mansão em um
dos reinos ou glória do Pai eterno, a eles seria concedido e por fim,
alcançariam o que foi negado eternamente a Lúcifer e sua legião, o direito
eterno de possuir um corpo e avançar no progresso pessoal de forma eterna e
inigualável.
“O plano (de salvação)
seria um convênio, o que deixa implícito um contrato para ser celebrado por
mais de uma pessoa. Deveria ser um padrão para os eleitos do Senhor e
beneficiar todas as pessoas do mundo. Seu propósito era atender às necessidades
de todos os homens e preparar o mundo para a segunda vinda do Senhor.
Os participantes da
elaboração deste plano no mundo pré-mortal foram todos os filhos espirituais de
nosso Pai Celestial. Nossas mais antigas escrituras, os escritos dos antigos
profetas Abraão e Jeremias, afirmam que Deus, ou Eloim, lá estava; Seu
Primogênito, Jeová; Abraão; Jeremias e muitos outros de grande importância
também estavam.
Todas as inteligências que
foram organizadas antes de o mundo existir, que se tinham tornado espíritos, lá
estavam, incluindo muitos grandes e nobres cujo desempenho e conduta na esfera
pré-mortal os qualificava para tornarem-se governantes e líderes para levar
avante esse plano eterno. (…)
Sob a instrução do Pai e a
direção de Jeová, a Terra e tudo o mais relacionado a ela foram organizados e
formados. Eles “ordenaram”, “vigiaram” e “prepararam” a Terra. Eles
“aconselharam-se entre si” no que dizia respeito à criação de todas as formas
de vida e de todas as coisas, incluindo o homem, e prepararam-na para a
realização do plano, que podemos comparar a uma planta arquitetônica, por meio
do qual todos os filhos de Deus poderiam ser ensinados e treinados em tudo o
que fosse necessário para o divino propósito de levar a efeito, “na glória de
Deus”, a oportunidade de propiciar a todas as almas a “imortalidade e vida
eterna”.
Presidente Harold B. Lee –
Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, lição 01, p. 3-4.
De
todas as partes existentes neste maravilhoso e assombroso evangelho de
salvação, nenhuma é tão significante para nós do que a possibilidade que temos
de nos arrependermos e começarmos pelo caminho da obediência e do seleto
discipulado. Sem esta condição, já estaríamos em estado de maldição, sofrendo
os horrores e terrores nas mãos do legislador deste mundo.
Contudo, foi somente pelo amor divino de nosso
Pai Celestial, ao ceder a presença misericordiosa de Jeová, para que então, um
ser perfeito, oferecesse um sacrifício perfeito, e assim, pudesse romper toda e
qualquer possibilidade de escravidão eterna, salvo, se assim o desejarmos, e
não seguirmos o caminho do mal ofendendo aos méritos de Cristo.
“Não existe maior evidência do poder e da
perfeição infinitos do amor de Deus do que as palavras do Apóstolo João:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” (João
3:16). Outro Apóstolo escreveu que Deus “nem mesmo a seu próprio Filho poupou,
antes o entregou por todos nós” (Romanos 8:32). Pensem em como deve ter
afligido nosso Pai Celestial enviar Seu Filho para suportar por nossos pecados
um sofrimento incompreensível. Essa é a maior evidência de Seu amor a cada um
de nós!”
Élder
Dallin H. Oaks - Do Quórum dos Doze Apóstolos – O Amor E A Lei – A
Liahona, 2009.
Presidente
Boyd K. Packer, do Quórum dos Doze:
“O plano tem
três partes. Vocês estão na segunda parte, a parte intermediária em que serão
provados por meio das tentações, provações e, talvez, das tragédias. (…)
Lembrem-se
disso! A frase ‘e viveram felizes para sempre’ nunca se encontra no segundo ato
[de uma peça]. Encontra-se no terceiro, quando todos os mistérios são
desvendados e tudo fica esclarecido. (…)
Enquanto a sua
perspectiva da natureza eterna do [plano] não for ampla, conseguirão entender
bem pouco das injustiças da vida. Umas pessoas nascem com tão pouco, outras com
tanto! Umas nascem pobres, com deficiências, dores e sofrimentos. Há quem morra
prematuramente, até crianças inocentes. Existem as forças brutais e implacáveis
da natureza e a brutalidade entre os homens.
Ultimamente
estamos presenciando muito disso.
Não pensem que
Deus causa essas coisas. Ele as permite para alcançar os Seus próprios
desígnios. Quando conhecerem o plano e o propósito de tudo, até essas coisas
passarão a ser prova do amor do Pai Celestial.” [The Play and the
Plan,(transmissão via satélite de 7 de maio de 1995), pp. 1–2.]
Alma, amorosamente ensinou a seu filho Coriânton de
uma forma simples, mas perfeita, as variáveis de nossa escolha pessoal enquanto
estivermos vivos nesta vida terrena e que nossa alegria e felicidade vindoura
estarão sempre livremente em nossas próprias mãos.
Alma 42:27-30 - Mandamentos de
Alma a seu filho Coriânton.
“Portanto, ó
meu filho, todo aquele que quiser vir poderá vir e
beber livremente das águas da vida; e aquele que não quiser vir não será
obrigado a vir, mas no último dia ser-lhe-á restituído de acordo com suas ações.
Se desejou
praticar o mal e não se arrependeu durante seus dias,
eis que receberá o mal, de acordo com a restauração de Deus.
E agora, meu
filho, eu desejo que não te preocupes mais com essas coisas e que deixes apenas
teus pecados te preocuparem, com aquela preocupação que te levará ao arrependimento.
Oh! meu filho,
desejo que não negues mais a justiça de Deus. Não procures, mesmo nas mínimas
coisas, desculpar-te de teus pecados, negando a justiça de Deus: mas deixa que
a justiça de Deus e sua misericórdia e sua longanimidade governem plenamente
teu coração; e deixa que te humilhem até o pó.”
O fato de sermos membros da Igreja, de estarmos
frequentando as reuniões com certa regularidade e até mesmo servindo em
pequenos chamados e/ou responsabilidades, em nada nos isenta de nossos pecados.
Pior ainda, o fato de sermos membros da Igreja, de estarmos cientes de nossos
deveres e responsabilidades, de realizar convênios e ordenanças conforme
requerido neste evangelho, e mesmo depois de tudo isso, não vivermos a verdadeira
essência que de nós é requerida, ou seja, a caridade e o puro amor de Cristo
nos tornam mais responsáveis por eles.
Muitos estão apenas frequentando as reuniões, fazendo uma coisa
ali e outra aqui, mas o seu coração “só honra o Senhor com os lábios”, por isso
não socorrem os feridos, não oram e nem jejuam pelos aflitos e necessitados,
não visitam as viúvas, nem os órfãos ou mesmo as famílias designadas, não
atendem o chamado e nem prestam auxílio ao seu próximo, mas são diligentes, com
certa intensidade, para prover para si e aos seus, mais do que realmente
necessitam e assim não depositam valores nem virtudes à sua própria alma para
que possam no último dia, serem chamados e serem participantes da glória
celestial.
“Existem
muitas pessoas, na Igreja de hoje, que pensam que estão vivas, mas na verdade
estão mortas para as coisas espirituais. Creio mesmo que existem algumas que
fingem que estão ativas, mas também estão espiritualmente mortas. O serviço que
prestam é mais da carne que do espírito.”
Presidente
Spencer W. Kimball – Manual do Aluno – Novo Testamento – Curso de Religião do
Instituto, p.503.
“Quantos
cristãos têm uma profunda ligação com sua Igreja, mas intimamente se afastaram
de Jesus Cristo?...
Podemos ter um
compromisso firme com a Igreja e manifestá-los em nossas atitudes cotidianas.
Podemos assistir fielmente às reuniões, cumprir fielmente os deveres que temos
em nossos chamados, ir seguidamente ao templo, enviar nossos filhos em missão e
trabalhar em projetos de bem-estar e, apesar de tudo, não termos o nosso coração
inteiramente voltado ao Salvador.”
Presidente
Spencer W. Kimball – Manual do Aluno – O Livro de Mórmon – Curso de Religião do
Instituto, p.53.
Nós temos nosso arbítrio; e muitos, muitos
membros da Igreja, muitíssimos mesmo, quando chegar o julgamento e forem
julgados segundo suas obras, hão de ser consignados ao reino telestial; outros
para o reino terrestrial; porque esta é a lei a que quiseram obedecer; e
seremos recompensados de acordo com a lei a que obedecemos.
Presidente Joseph Fielding Smith – Doutrinas
de Salvação, Vol. II, pp. 27-28.
E você, o que
tem feito para merecer um lugar melhor para viver na eternidade?
O
dia de hoje faz parte da eternidade.
Presidente Gordon B. Hinckley – A Liahona,
janeiro de 1995, pp.51.
“O Presidente Hinckley sempre nos lembra de
“fazer o melhor possível”. Ele não disse “façam o que der”, mas salientou
“façam o melhor possível”.
Élder L. Tom Perry – Do Quórum dos Doze
Apóstolos – Primeira Reunião Mundial de Treinamento de Liderança – 11/01/2003,
p. 9.
Cássio B. Piazzarolo
2 comentários:
O mundo telestial mostra a grande compaixão que o Pai Celestial por nós. Ele na sua grande sabedoria, sabendo que muitos não alcançariam o maior grau de glória preparou um grau menor para que todos possam alcançar recompensa melhor de acordo com nossas escolhas. Este tema só traz mais gratidão por saber que os justos teram receberá sua glória.
Perfeita e grata sua visão sobre os propósitos e o grande amor de nosso Pai Eterno.
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