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Milagre - Jesus Revive A Filha De Jairo

Revive a Filha de Jairo - (Marcos 5:22-24, 35-43; Lucas 8:41, 42, 49-56; Mateus 9:18, 19, 23-26.)
Jesus e seus acompanhantes cruzaram novamente o lago, da terra de Gadara para as imediações de Capernaum, onde ele foi recebido e aclamado por grande multidão “porque todos os estavam esperando”. Assim que desembarcou, Jesus foi abordado por Jairo, um dos príncipes da sinagoga local, que “insistentemente lhe suplicou: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva”.
O fato de este homem ter-se aproximado de Jesus com espírito de fé e súplica, é uma evidência da profunda impressão causada pelo ministério de Cristo até mesmo nos círculos sacerdotais e eclesiásticos. Muitos dos judeus, príncipes e oficiais, assim como o povo em geral, acreditavam em Jesus (João 11:45; comparar com 8:30; 10-42.), embora poucos dos que pertenciam às classes mais altas estivessem dispostos a sacrificar o prestígio e a popularidade tornando-se seus discípulos. Que Jairo, um dos príncipes da sinagoga, tenha procurado Jesus somente quando impelido pela dor da morte iminente de sua única filha, uma menina de doze anos, não é evidência de que não se tivesse tornado crente antes. Certamente, naquela ocasião, sua fé era genuína e sua confiança sincera, como provam as circunstâncias da narrativa. Aproximou-se de Jesus com a reverência devida a alguém que considerava capaz de lhe conceder o que pedia, e caiu-lhe aos pés, ou, como diz Mateus, adorou-o. Quando o homem saíra de sua casa, a menina estava prestes a expirar – e ele temia que, nesse meio tempo, ela tivesse morrido. O breve relato apresentado no primeiro Evangelho, conta que ele disse a Jesus: “Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá” (Nota 5, no final do capítulo.). Jesus acompanhou o pai suplicante, e muitos os seguiram.
A chegada a casa de Jairo foi retardada por um incidente ocorrido no caminho. Uma mulher que sofria penosa enfermidade foi curada, em circunstâncias de peculiar interesse. Consideraremos esta ocorrência em breve. Não existe qualquer menção de que Jairo tenha demonstrado impaciência ou desgosto em consequência do atraso. Ele depositara sua confiança no Mestre, e agora aguardava pacientemente. Mas enquanto Cristo se ocupava do caso da mulher doente, chegaram mensageiros vindos da casa de Jairo, com a triste notícia de que a menina havia falecido. Podemos deduzir que mesmo esta notícia infausta não destruiu sua fé – ele ainda contava com o auxílio do Senhor. Aqueles que tinham trazido a mensagem, perguntaram: “para que enfadas mais o Mestre?” Jesus ouviu o que foi dito e deu apoio à sua fé duramente testada, com uma ordem encorajadora: “Não temas, crê somente.” Jesus permitiu que apenas três de seus apóstolos entrassem na casa com ele, além do pai consternado, mas confiante. Pedro e os dois irmãos, Tiago e João, foram admitidos.
A casa não era um lugar de silêncio respeitoso e moderada quietude como agora consideramos apropriado para a presença da morte; ao contrário, era uma cena de tumulto, procedimento costumeiro nas observâncias ortodoxas do luto naquela época (Nota 6, no final do capítulo.). Carpideiras profissionais, incluindo cantores de estranhas elegias, e menestréis que faziam enorme barulho com flautas e outros instrumentos, já haviam sido convocados. Ao entrar, Jesus disse a todos: “Por que vos alvoraçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme.” Na verdade, era uma repetição da ordem pronunciada em ocasião então recente: “Acalma-te, emudece.” Suas palavras provocaram zombaria e escárnio por parte daqueles que eram pagos pelo barulho que faziam, e que, caso a afirmação do Mestre provasse ser verdadeira, perderiam esta oportunidade de prestar serviços profissionais. Ademais, eles sabiam que a menina estava morta; as preparações para o funeral, que, segundo o costume, deviam ser providenciadas imediatamente após a morte, já estavam adiantadas. Jesus fez com que todos saíssem e restabeleceu a paz na casa (Nota 7, no final do capítulo.). Entrou, então, na câmara mortuária, acompanhado somente pelos três apóstolos e os pais da menina. Tomando a morta pela mão, “disse-lhe: Talita cumi, que traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-se”. Para assombro de todos, exceto do Senhor, a menina levantou-se, abandonou o leito e andou. Jesus ordenou que lhe dessem comida, pois as necessidades corporais, suspensas pela morte, haviam retornado com a renovação da vida.
O Senhor impôs silêncio sobre o acontecido, recomendando a todos os presentes que se abstivessem de contar o que tinham visto. As razões para esta ordem não são declaradas. Em algumas outras ocasiões, foi dada instruções semelhante àqueles que tinham sido abençoados pelas administrações de Cristo, enquanto em muitos casos de cura não encontramos registro de tais ordens, sendo que em pelo menos um caso, foi dito ao homem que havia sido libertado dos demônios, que contasse a todos que grande coisa lhe tinha sido feita (Marcos 5:19-20; Lucas 8:39. Página 302 – Capítulo XX – Cristo Aquieta Demônios.) Em sua própria sabedoria, Cristo sabia quando prudentemente proibir e quando permitir a divulgação de seus feitos. Embora os pais agradecidos, a própria menina e os três apóstolos que haviam testemunhado a restauração, possam ter obedecido à ordem de silêncio do Senhor, o fato de que a menina voltara a viver não podia ser mantido em segredo, e os meios pelos quais tal maravilha se realizara certamente seriam investigados. Os menestréis e os lamentadores que haviam sido expulsos do local enquanto ali reinava ainda o luto, e que haviam rido sarcasticamente da afirmação do Mestre, de que a menina dormia e não estava morta como pensavam, sem dúvida alguma espalhariam as notícias. Não causa surpresa, portanto, ler na pequena versão da história, apresentada por Mateus, que a fama do milagre “correu por toda aquela terra”.
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, Capítulo XX, pp.303-306.

5. “Morta” ou “À Morte”. – Segundo Lucas (8:42), a filha de Jairo “estava à morte”, quando o pai procurou o auxílio do Senhor, Marcos (5:23) registra o homem afirmando que a menina estava à morte. Estes dois relatos concordam entre sim, mas Mateus (9:18) apresenta o pai dizendo: “Minha filha faleceu agora mesmo.” Críticos descrentes consideraram extensivamente o que designam de inconsistência, ou mesmo contradição nessas versões. Entretanto, ambas as versões contidas nesses três registros são absolutamente verdadeiras. A menina estava aparentemente exalando seus últimos suspiros, estava sofrendo as agonias da morte, quando o pai partiu apressado. Antes de encontrar Jesus, sentiu que o fim provavelmente chegara. Entretanto, sua fé permaneceu firme. Suas palavras atestam a confiança de que, mesmo que sua filha tivesse morrido depois que ele a deixara, o Mestre poderia fazê-la retornar à vida. Apesar do desespero que sentia, sua fé permaneceu inabalável.
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, NOTA 5 DO CAPÍTULO XX p.316.

7. “Não Está Morta, Mas Dorme”. – Que a filha de Jairo estava morta, é fato colocado fora de qualquer dúvida razoável pelo registro escriturístico. A declaração de nosso Senhor aos barulhentos lamentadores “a menina não está morta, mas dorme” esclareceu que o seu sono teria curta duração. Era costume rabínico e comum da época falar sobre a morte como um sono, e aqueles que ridicularizaram Jesus por sua afirmação, deram uma interpretação às suas palavras que o contexto certamente não justifica. Nota-se que o Senhor usou uma expressão equivalente com respeito à morte de Lázaro. “Lázaro, o nosso amigo, dorme,” disse ele, “mas vou despertá-lo do sono.” A interpretação literal dada a estas palavras pelos apóstolos, provocou a declaração clara: “Lázaro está morto.” (João 11:11, 14). No Talmude, a morte é repetidamente designada de sono – centenas de vezes, diz Lightfoot, reconhecida autoridade sobre literatura hebraica.
JAMES E. TALMAGE – Jesus O Cristo, NOTA 7 DO CAPÍTULO XX p.316.


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